Autor:
André
Luiz Padilha Ferreira.
MBA em
Formação Avançada em Consultores na Área de Recursos Humanos. Graduado em Gestão
de Segurança Privada. Técnico de Segurança do Trabalho. Bombeiro Civil. Analista
de Segurança em Riscos Empresariais e Corporativos. Auditor Interno em Normas: NBR
19001. NBR 19000. NBR 14001. NBR OSHAS 18001. Instrutor do Curso de Formação de
Vigilante (Autorizado pelo departamento de Polícia Federal). Assessor e
Consultor e Assessor Técnico em Gestão de Segurança do Trabalho e Gestão de
Segurança Privada. Filiado ao Conselho Regional de Administração PA/AP.
1) RESUMO.
A cada
passo que a “Humanidade” consegue dar em direção ao futuro e a superação de novos
desafios que são detectados, a presença das ameaças e dos riscos, e de suas
consequências e impactos positivos e negativos na atividade fim de cada
empresa, e estes fatores são necessários nos processos de evolução do
gerenciamento contínuo das ameaças e dos riscos em nossa vida pessoal e
profissional em todos os aspectos, bem como de toda a sociedade. E também fazem
parte do processo de desenvolvimento de novas formas de planejamento, e estão
interligados diretamente aos novos processos da cadeia produtiva e na tomadas
de decisão no âmbito das empresas em seu cotidiano.
Palavras-chave:
Análise Preliminar de Riscos, Análise de Riscos, Análise de Riscos
Qualitativa e Quantitativa.
2) ABSTRACT.
At every step Humanity is able to give in to the future and overcome new
challenges that are detected, the presence of threats and risks, and their
consequences and positive and negative impacts on the end activity of each company,
and these Factors are necessary in the evolution processes of the continuous
management of threats and risks in our personal and professional life in all
aspects, as well as of the whole society. And they are also part of the process
of developing new forms of planning, and are linked directly to the new
processes of the productive chain and in the decision-making within the scope
of the companies in their daily life.
Keywords: Preliminary Risk Analysis, Risk Analysis, Qualitative and Quantitative
Risk Analysis.
3) INTRODUÇÃO.
A
humanidade historicamente vem sobrepujando todas as ameaças que encontrou ao
longo de sua história, guerras, epidemias biológicas (gripe espanhola, ebola e etc...),
e também aprendendo com as catástrofes naturais e aprendendo a reconstruir instalações
e criando novos métodos de detecção após estes eventos. Criamos e desenvolvemos
as máquinas e as tecnologias que hoje são à base de nossa cadeia produtiva. No inicio
de tudo forma empírica, na atualidade aplicamos as técnicas adequadas e
continuamos a aprender com nossos próprios erros, e valorizando cada vez mais
nos aprimorando com nossos acertos. A sobrevivência é o pilar de nosso
desenvolvimento, os riscos e as suas consequências nocivas estão de fato está
vinculado ao ser humano em suas várias fases (nascimento, desenvolvimento e
morte).
Esse
processo natural de aprender a identificar as possíveis ameaças e os riscos faz
parte do processo de aprendizagem do ser humano (processo de cognição), através
deste processo desenvolvemos técnicas de gerir as ameaças e criar mecanismos de
autoproteção.
E tudo que
aprendemos com nossos pais, em parte se aplicar em nossa vida pessoal e profissional,
gerir os ativos tangíveis e intangíveis de empresa requer parte deste
conhecimento adquirido, e é esse tipo de aptidão aliado a técnica de saber
gerenciar os riscos empresariais que as grandes, médias e pequenas empresas
estão em busca em um profissional. Alguém que de fato saiba identificar, mensurar
(quantificar de forma qualitativa e quantitativa), e principalmente usar as
técnicas para propor os mecanismos mais adequados de detecção e controle para
atenuar as consequências e os impactos negativos dos riscos sobre a atividade
fim do negócio, aí que se aplica a ferramenta de ANÁLISE DE RISCOS, que pode ser empregada em todas as empresas,
aplicada a todos os tipos de atividades econômicas, e principalmente para todos
os níveis de um processo produtivo, e para todos os níveis de planejamento de
uma empresa (nível estratégico, níveis táticos e os vários tipos de níveis operacionais).
Seja na esfera pública ou na esfera privada, gerenciar as ameaças para que não
se transformem em riscos reais é uma questão de sobrevivência no mundo
empresarial moderno. Charles Darwin,
biologista e naturalista (escreveu
sobre a teoria evolucionista,
pesquisa realizada nas ilhas Galápagos, biologia, Evolução das Espécies, livros
principais do naturalista) cita em sua tese que: a inteligência do Ser
Humano é um dos principais fatores que geram aptidões (habilidades e
competências) que favorecem a adaptabilidade do ser humano aos mais diversos
tipos de ambientes. Em suma, a inteligência sobrepõe à força.
4) AVALIAÇÃO E ANÁLISE CRÍTICA DO CENÁRIO ATUAL EM
QUE VIVEMOS.
Em um
mercado globalizado e altamente tecnológico as empresas e os seus gestores
obrigatoriamente devem ter uma visão holística e estar atualizados com relação às
tendências que surgem a todo o instante, e saber procurar e/ou rastrear onde
estão os principais riscos, as ameaças reais e também e as possíveis oportunidades,
isso se chama pro-atividade, tratar de forma antecipada alguma situação
indesejada e as suas possíveis repercussões nocivas, que de certo modo podem
afetar a sua atividade fim.
Desta
forma, as decisões estratégicas são tomadas sobre tudo com base na
racionalidade, em dados reais e não tratadas ou remedidas com base na
impulsividade momentânea que é gerada pelo sentimento medo. Na grande parte das
crises, a ameaça principal deve ser no momento atual gerenciada com toda cautela, porem são os
efeitos, as consequências é que trazem flagelos, perdas e os danos financeiros,
econômicos e materiais aos lucros de uma empresa.
Portanto,
gerenciar riscos é saber que o efeito pós-crise é o mais nocivo, pois trás o
efeito ondas ou dominó, que podem ser
muito mais prejudicial e devastadores que o próprio problema em si. Nos anos 70
a crise estava atrelada a bipolaridade entre as superpotências: EUA e USSA.
Hoje uma crise concentrada na Grécia afetou mercados no além mar. E hoje com a
globalização, processos tecnológicos interligados, mercados altamente
competitivos e voraz, aliado ao fluxo da informação continua (bolsas de valores
com evoluções alucinantes) potencializam ainda mais os efeitos negativos e
positivos ao redor do globo terrestre nas mais variados tipos de mercados,
consumidores e também influenciam na cadeia produtiva. Uma decisão equivocada
pode colocar uma empresa em uma situação financeira caótica e um cenário onde
as falhas são visualizadas como oportunidades vitais para alavancar vantagem
competitiva junto as concorrentes de mercado. É por isso que para tipo de
riscos existe a ferramenta de análise mais adequada.
5) ANÁLISE E GERENCIAMENTO DE RISCOS.
O modo
empírico de se gerenciar as ameaças está fadado a desaparecer no mundo dos
negócios, a identificação, análise e gerenciamento de riscos e ameaças devem
estar calcados e alinhados com a metodologia técnica qualitativa e ou
quantitativa, com base nas normas da ASSOCIAÇÃO
BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT),
que gera conhecimento e disponibiliza esse produto final que são as NORMAS BRASILEIRAS APROVADAS (NBR’S),
que podem auxiliar todos os profissionais e gestores no processo de ANÁLISE e GERENCIAMENTO DE RISCOS, com
base nas seguintes NBR’S:
·
ABNT ISO NBR
31000 – Gestão de Riscos;
·
ABNT ISO
NBR 31004 – Guia de Implementação da ISO NBR 31000;
·
ABNT ISSO
NBR 3101 - Gestão de Riscos – Técnicas para avaliação de riscos.
Portanto
não precisa salientar que analisar e gerenciar riscos estratégicos, táticos e
os operacionais requer um pouco mais de conhecimento técnico e visão holística
apurada para não se cometer erros primários na execução desta tarefa. E todas
as técnicas podem ser aplicadas a qualquer tipo de atividade e ou processo
(Gestão de Segurança do Trabalho. Gestão de Pessoas. Gestão de Processos
Empresariais). Gestão Estratégica. Gestão de Segurança Contra Incêndios. Gestão
de Segurança Patrimonial, em fim, tudo pode ser perfeitamente aplicado, desde
que o elaborador tenha o cuidado de fazer as adaptações necessárias para cada
tipo de cenário e ou atividade, respeitando as peculiaridades e as exigências
legais para cada ramo de atividade.
6) CLASSIFICAÇÃO DE RISCOS E AS TÉCNICAS BÁSICAS
DE ANÁLISE E GERENCIAMENTO DE RISCOS QUE PODEM SER EMPREGADAS.
As técnicas
a serem empregadas são simples, porém requer extrema atenção do ANALISTA DE RISCOS e da área de GERENCIAMENTO DE RISCOS para cada
situação em especial. E será aplicada a seguinte legenda para facilitar a
compreensão do público leitor de acordo com ISO/NBR 31010/2009:
AA – Altamente Aplicável;
A – Aplicável;
NA - Não Aplicável.
Exemplos de
alguns tipos de riscos e análise de riscos e suas aplicabilidades: Quadro Sinótico.
Alguns Tipos de Riscos
|
Técnica
|
Aplicabilidade
|
Riscos Humanos
|
Análise de Confiabilidade
Humana (HRA)
|
AA – Recomendada e empregada pela área de psicologia
para identificar possíveis falhas comportamentais.
|
Riscos Operacionais
|
APP – Análise Preliminar
de Riscos.
|
AA – Aplicada com sucesso na maioria das ocasiões por
ser uma técnica simples e rápida de detecção de riscos e suas consequências.
|
Riscos Operacionais
|
HAZOP – Estudos de Perigo
e Operabilidade.
|
AA – Aplicada com maior ênfase na parte de elaboração e
revisão de projetos.
|
Riscos Operacionais
|
AST – Análise de Segurança
de Tarefa
|
AA – Recomendada para tarefas operacionais da área de
Segurança do Trabalho em campo.
|
Riscos Mercadológicos
|
SWOT
|
AA - Mais aplicada para planejamentos e assuntos estratégicos da empresa para se
saber os Pontos Fortes e Fracos. Oportunidades e Ameaças.
|
Riscos Operacionais
|
Check-List
|
AA – Altamente recomendada para a área operacional e
tática. NA – Não recomendada para
assuntos estratégicos.
|
Riscos Gerenciais. Riscos
táticos e Operacionais.
|
Análise de Riscos
Ambientais
|
AA – Altamente recomendada para a área operacional e
tática. AA – Aplicada e recomendada para assuntos estratégicos,
táticos e operacionais pois subsidia de forma clara a tomada de decisão.
|
7) CONSIDERAÇÕES FINAIS.
As
ferramentas e técnicas a serem empregadas devem ser empregadas de acordo com o
escopo de planejamento da empresa, entendimento (habilidades e competências
adquiridas pelo profissional), atividade fim da empresa, e os riscos inerentes
a cada função/atividade, possíveis cenários, até mesmo a aplicabilidade de cada
técnica para casos concretos anteriores.
A NORMA ISO/DIS
22313:2012 (Societal Security – Business Continuity Management Systems). Que trata sobre um tema de extrema relevância
que é o PCN - Plano de Continuidade do Negócio (Continity Business Plan) com toda
certeza pode diminuir os impactos dos riscos afetos a atividade fim e reduzir
as possíveis perdas, danos e efeitos indesejados. Mais só poderá com êxito e
ser operacionalizado se estiver apoiada em base sólida que é fornecida por uma ANÁLISE DE RISCOS consistente e
realista. E feita por profissional “habilitado
e qualificado” e com visão holística e pensamento proativo. A Visão de
futuro sem esquecer os erros cometidos no passado, com a consciência de viver o
presente com ações preventivas e não com ações reativas e/ou contingenciais.
7.1) OUTRAS NORMAS ASSOCIADAS AO
GESTÃO DE RISCOS.
ABNT tem uma coletânea de Normas Técnicas - Gestão Ambiental, da Segurança e Saúde no
Trabalho e da Responsabilidade Social que podem ser empregadas na identificação e gerenciamento
de riscos.
·
ABNT/NBR 16001:2012.
·
ABNT/NBR 18001:2010.
·
ABNT NBR 140012004.
·
ABNT NBR 26000:2010.
8) REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS APLICADAS.
AMORIM,
Eduardo Lucena C. de. Apostila de Ferramentas de Análise de Risco. UNIFAL,
Alagoas, 2010. Disponível em:
https://sites.google.com/site/elcaufal/disciplinas/programacao-estruturada Acessado em 02 de Julho de 2017. AS/NZS – Standards Australia/Standards New Zealand. AS/NZS 4360:2004 Risk
https://sites.google.com/site/elcaufal/disciplinas/programacao-estruturada Acessado em 02 de Julho de 2017. AS/NZS – Standards Australia/Standards New Zealand. AS/NZS 4360:2004 Risk
Management. Sydney: AS, 2004. Disponível em:
file:///C:/Users/curitiba/Downloads/Risk%20Management%20Guidelines%20Companion%20to%20AS%20NZS%204360%202004.pdf Acessado em 02 de Julho de 2017.
file:///C:/Users/curitiba/Downloads/Risk%20Management%20Guidelines%20Companion%20to%20AS%20NZS%204360%202004.pdf Acessado em 02 de Julho de 2017.
ABNT ISO NBR 31000 – Gestão
de Riscos.
ABNT ISO NBR 31004 – Guia de
Implementação da ISO NBR 31000.
ABNT ISSO NBR 31010 - Gestão
de Riscos – Técnicas para avaliação de riscos.
André Luiz Padilha Ferreira
Consultor e Assessor Técnico
Segurança Empresarial (SE), Segurança e Saúde do Trabalhador (SST) e Segurança Contra Incêndio (SCI).
E-mail: anpdilha.ferreira@gmail.com
Fone(s): (91) 98139-6085 / (91) 99366-3921.