sábado, 19 de abril de 2025

 


PROTOCOLOS DE SEGURANÇA PESSOAL (AUTOPRESERVAÇÃO).

 

A proteção do cidadão é um dever fundamental do Estado, como estabelecido em diversos documentos e princípios legais. O Estado, por meio de seus órgãos e instituições, tem a responsabilidade de garantir a segurança pública, os direitos humanos e a dignidade da pessoa humana. Está previsto na Constituição Federal, veja em seu artigo n.º 144, que cita que a “SEGURANÇA PÚBLICA é dever do Estado”.

 E a nossa obrigação, qual é? A resposta também está escrita neste mesmo artigo, no final da frase, com ênfase no seguinte termo: “direito e responsabilidade de todos”. É bastante simples esse entendimento, cada ser humano deve gerenciar de forma satisfatória os seus riscos à sua volta.

 

Então devemos saber aqui o significado da palavra “autoproteção”, em termos gerais significa, é a capacidade de gerenciar riscos e, que todo ser humano tem de se prevenir proteção contra a destruição ou lesão de para e/ou contra si mesmo, tendência natural ou instintiva para agir em função de preservar a própria existência. Algo que pode ser natural é natural para alguns da nossa espécie, ou pode e deve ser cultivada, irrigada para florescer em outros seres humanos.

 

Dados estatísticos:

 

No Brasil, quase dois celulares são roubados ou furtados por minuto. Quase um milhão de ocorrências foram registradas em delegacias de todo o país em 2023. Os dados são do 18º Anuário Brasileiro de Segurança Pública, divulgado nesta quinta-feira (18), pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Os dados mostram que, pela primeira vez, o número de furtos, ou seja, a subtração dos aparelhos sem o uso da violência, superou o de roubos de aparelhos, com 494.295 contra 442.999 casos, respectivamente, ao longo de 2023. No total, foram 937.294 ocorrências nas delegacias brasileiras. Em uma pesquisa do jornal “Datafolha”, datada de 13/08/2024, faz uma projeção alarmante, baseada na proporção de entrevistados e o tamanho da população, de que 14,7 milhões de pessoas tenham sido vítimas desses crimes que citei no primeiro parágrafo, durante o período desta pesquisa realizada ainda em 2024, o que equivale a 1.680 celulares levados por ladrões a cada hora no país. A projeção aponta ainda que os roubos e furtos de celular causaram um prejuízo de R$ 22,7 bilhões às vítimas. Fatos estes que, mesmo baseados em uma projeção, são fatos incontestáveis. E as cifras são astronômicas. Além disso, a pesquisa aponta que existe uma subnotificação desse tipo de crime, uma vez que 45% dos entrevistados responderam que não registraram o boletim de ocorrência após o roubo ou furto.

Dicas de autopreservação:

 

Ao sair de casa, procure portar e/ou transportar somente os equipamentos e documentos que são de fato indispensáveis no seu dia a dia. Nada de carregar artefatos demais ou carregar e expor objetos de valor de forma desnecessária. Lembre-se: hoje observamos e também somos observados a todo instante.

 

Ao sair de casa para se exercitar, fazer aquela corrida matinal e/ou vespertina, evite usar os famosos fones de ouvido e celulares, pois podem propiciar distrações desnecessárias ao longo do seu trajeto. Mantenha-se alerta o tempo todo e com foco em sua segurança pessoal também.  

 

Ao escolher o itinerário de saída e para retornar à sua casa, seja cauteloso, não utilize atalhos, becos e/ou vielas, pois estes locais são os mais utilizados e os preferidos pelos delinquentes para realizar e executar as famosas emboscadas, e nestes locais o seu poder de reação com certeza está reduzido. Evite surpresas desagradáveis!  

 

Joias e bijuterias são ótimas, nos trazem uma sensação muito aprazível. Porém, também chama muito a atenção dos cidadãos infratores. Seja discreto. Evite chamar a atenção ou ser o centro das atenções.

 

Evite usar o aparelho celular em vias públicas ou em locais com grande concentração e/ou fluxo de pessoas sem a devida necessidade, se possível procure um ambiente e/ou local seguro para efetuar suas chamadas telefônicas, em ambientes com ausência ou precariedade de sistemas de monitoramento eletrônico (Sistema de CFTV), ou mesmo ambientes sem a presença de vigilância particular. Esses locais também são os mais escolhidos pelos delinquentes e os grupos de cidadãos infratores para prática de ilícitos, pois isso dificulta a prisão em flagrante, e os possibilita uma fuga rápida. No mundo atual e na nossa realidade, sempre tem alguém monitorando as nossas ações cotidianas. Isso é um fato!

 

Essas dicas, no momento, podem aparentar uma coisa muito sem importância. Mas este  tipo de experiência pode ser traumatizante, em se tratando de “assalto a mão armada” e/ou um “sequestro relâmpago”, os momentos de pânico e desespero ficam ecoando em nossa mente por um longo período.  

 

O processo de mitigação de riscos, deve e pode ser aplicado no dia a dia, em todos os locais, é como andar de bicicleta ou dirigir um automóvel, depois que o processo cognição todo fica no subconsciente, ela nunca mais será esquecido, a tendência natural é ser aprimorado pelo nosso cérebro.

 

André Luiz Padilha Ferreira: graduado para atuar como Tecnólogo em Gestão de Segurança Privada (Gestor) e Analista de Riscos Empresarias e Corporativos pela Faculdade de Tecnologia da Amazônia (FAZ), Técnico de Segurança do Trabalho e Técnico de Meio Ambiente, Técnico em Transações Imobiliárias e Técnico em Comércio com certificação emitida pela Sectet – Secretária Estadual de Ciência e Tecnologia que coordena os Cursos Técnicos na Rede de Escolas Técnicas do Estado do Pará, e com MBA em Formação de Consultores em Gestão de recursos Humanos pela Faculdade da Amazônia (FAAM), e atualmente pós-graduando no Curso de Formação de Professores do Ensino Superior, com ênfase em Educação Profissional e Tecnológica (DocenEPT) na instituição Federal de Ciência e Tecnologia do Estado do Pará (IFPA). Com habilitação e registro para ministrar treinamentos de Formação e Reciclagem de Brigada de Incêndio, atualmente sou Professor e/ou Instrutor no Curso de Formação de Bombeiro Civil e no Curso de Formação de Vigilantes, com especialização na área de gerenciamento de segurança patrimonial com ênfase em elaboração de diagnóstico situacional para empresas e condomínios verticais e horizontais, e em licitações e contratos administrativos.

 

 

 

 


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Quem sou eu

Belém, Pará, Brazil
Técnico de Segurança do Trabalho (Bombeiro Civil), Analista de Segurança em Riscos Empresariais e Corporativos, Graduado a nível de Tecnólogo em Gestão de Segurança Privada com Pós-Graduação em Recursos Humanos.

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