PROTOCOLOS
DE SEGURANÇA PESSOAL (AUTOPRESERVAÇÃO).
A
proteção do cidadão é um dever fundamental do Estado, como estabelecido em
diversos documentos e princípios legais. O Estado, por meio de seus
órgãos e instituições, tem a responsabilidade de garantir a segurança pública,
os direitos humanos e a dignidade da pessoa humana. Está previsto na Constituição
Federal, veja em seu artigo n.º 144, que cita que a “SEGURANÇA PÚBLICA é
dever do Estado”.
E a
nossa obrigação, qual é? A resposta também está escrita neste mesmo artigo, no
final da frase, com ênfase no seguinte termo: “direito e responsabilidade de
todos”. É bastante simples esse entendimento, cada ser humano deve
gerenciar de forma satisfatória os seus riscos à sua volta.
Então
devemos saber aqui o significado da palavra “autoproteção”, em termos
gerais significa, é a capacidade de gerenciar riscos e, que todo ser humano tem
de se prevenir proteção contra a destruição ou lesão de para e/ou contra si mesmo, tendência
natural ou instintiva para agir em função de preservar a própria existência.
Algo que pode ser natural é natural para alguns da nossa espécie, ou pode e
deve ser cultivada, irrigada para florescer em outros seres humanos.
Dados
estatísticos:
No
Brasil, quase dois celulares são roubados ou furtados por minuto. Quase um
milhão de ocorrências foram registradas em delegacias de todo o país em 2023.
Os dados são do 18º Anuário Brasileiro de Segurança Pública, divulgado nesta
quinta-feira (18), pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Os dados mostram
que, pela primeira vez, o número de furtos, ou seja, a subtração dos aparelhos
sem o uso da violência, superou o de roubos de aparelhos, com 494.295 contra
442.999 casos, respectivamente, ao longo de 2023. No total, foram 937.294
ocorrências nas delegacias brasileiras. Em uma pesquisa do jornal “Datafolha”,
datada de 13/08/2024, faz uma projeção alarmante, baseada na proporção
de entrevistados e o tamanho da população, de que 14,7 milhões de pessoas
tenham sido vítimas desses crimes que citei no primeiro parágrafo, durante o
período desta pesquisa realizada ainda em 2024, o que equivale a 1.680
celulares levados por ladrões a cada hora no país. A projeção aponta ainda
que os roubos e furtos de celular causaram um prejuízo de R$ 22,7 bilhões às
vítimas. Fatos estes que, mesmo baseados em uma projeção, são fatos
incontestáveis. E as cifras são astronômicas. Além disso, a pesquisa aponta que
existe uma subnotificação desse tipo de crime, uma vez que 45% dos
entrevistados responderam que não registraram o boletim de ocorrência após o
roubo ou furto.
Dicas de
autopreservação:
Ao sair
de casa, procure portar e/ou transportar somente os equipamentos e documentos
que são de fato indispensáveis no seu dia a dia. Nada de carregar artefatos
demais ou carregar e expor objetos de valor de forma desnecessária. Lembre-se:
hoje observamos e também somos observados a todo instante.
Ao sair
de casa para se exercitar, fazer aquela corrida matinal e/ou vespertina, evite
usar os famosos fones de ouvido e celulares, pois podem propiciar distrações
desnecessárias ao longo do seu trajeto. Mantenha-se alerta o tempo todo e com
foco em sua segurança pessoal também.
Ao
escolher o itinerário de saída e para retornar à sua casa, seja cauteloso, não
utilize atalhos, becos e/ou vielas, pois estes locais são os mais utilizados e
os preferidos pelos delinquentes para realizar e executar as famosas
emboscadas, e nestes locais o seu poder de reação com certeza está reduzido.
Evite surpresas desagradáveis!
Joias e
bijuterias são ótimas, nos trazem uma sensação muito aprazível. Porém, também
chama muito a atenção dos cidadãos infratores. Seja discreto. Evite chamar a
atenção ou ser o centro das atenções.
Evite
usar o aparelho celular em vias públicas ou em locais com grande concentração
e/ou fluxo de pessoas sem a devida necessidade, se possível procure um ambiente
e/ou local seguro para efetuar suas chamadas telefônicas, em ambientes com
ausência ou precariedade de sistemas de monitoramento eletrônico (Sistema de
CFTV), ou mesmo ambientes sem a presença de vigilância particular. Esses locais
também são os mais escolhidos pelos delinquentes e os grupos de cidadãos
infratores para prática de ilícitos, pois isso dificulta a prisão em flagrante,
e os possibilita uma fuga rápida. No mundo atual e na nossa realidade, sempre
tem alguém monitorando as nossas ações cotidianas. Isso é um fato!
Essas dicas, no momento, podem aparentar uma coisa muito sem importância. Mas este tipo de experiência pode ser traumatizante, em
se tratando de “assalto a mão armada” e/ou um “sequestro relâmpago”,
os momentos de pânico e desespero ficam ecoando em nossa mente por um longo
período.
O
processo de mitigação de riscos, deve e pode ser aplicado no dia a dia, em
todos os locais, é como andar de bicicleta ou dirigir um automóvel, depois que
o processo cognição todo fica no subconsciente, ela nunca mais será esquecido,
a tendência natural é ser aprimorado pelo nosso cérebro.
André
Luiz Padilha Ferreira: graduado para atuar
como Tecnólogo em Gestão de Segurança Privada (Gestor) e Analista de Riscos
Empresarias e Corporativos pela Faculdade de Tecnologia da Amazônia (FAZ),
Técnico de Segurança do Trabalho e Técnico de Meio Ambiente, Técnico em
Transações Imobiliárias e Técnico em Comércio com certificação emitida pela
Sectet – Secretária Estadual de Ciência e Tecnologia que coordena os Cursos
Técnicos na Rede de Escolas Técnicas do Estado do Pará, e com MBA em Formação
de Consultores em Gestão de recursos Humanos pela Faculdade da Amazônia (FAAM),
e atualmente pós-graduando no Curso de Formação de Professores do Ensino
Superior, com ênfase em Educação Profissional e Tecnológica (DocenEPT) na
instituição Federal de Ciência e Tecnologia do Estado do Pará (IFPA). Com
habilitação e registro para ministrar treinamentos de Formação e Reciclagem de
Brigada de Incêndio, atualmente sou Professor e/ou Instrutor no Curso de
Formação de Bombeiro Civil e no Curso de Formação de Vigilantes, com especialização
na área de gerenciamento de segurança patrimonial com ênfase em elaboração de
diagnóstico situacional para empresas e condomínios verticais e horizontais, e
em licitações e contratos administrativos.
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