quinta-feira, 5 de junho de 2025

ÍNDICES ALARMANTES COM RELAÇÃO À ACIDENTES DE TRÂNSITO ENVOLVENDO MOTOCICLISTAS NO BRASIL.

 





Não há notícias sobre o governo ter aumentado taxas para compra de motos devido aos acidentes no trânsito. No entanto, o governo tem implementado medidas para melhorar a segurança no trânsito e lidar com os custos dos acidentes, incluindo a volta da cobrança do DPVAT (Seguro Obrigatório de Veículos Automotores). Além disso, o governo e os sistemas de saúde têm relatado custos elevados com atendimentos a vítimas de acidentes de motoO anuário registrou 34,9 mil acidentes de trânsito envolvendo morte em 2023. No ano anterior foram 33,9 mil. Na série apresentada pelo Atlas da Violência, o ano com mais casos foi 2014, com quase 43,8 mil.

Já em relação ao número de acidentes com óbito que envolveram motocicletas, 2023 teve quase 13,5 mil, ante 12 mil no ano anterior. Em 2014 foram registrados 12,6 mil, pico do período de 2013 a 2023.

As informações de 2023 indicam que as motos estão envolvidas em 38,6% dos acidentes com mortes no trânsito. Essa proporção varia enormemente quando se analisam dados dos estados. 

Em sete deles, os acidentes com motocicletas são mais da metade:

  • Piauí: 69,4%
  • Ceará: 59,5%
  • Alagoas: 58,4%
  • Sergipe: 57,8%
  • Amazonas: 57,3%
  • Pernambuco: 54,4%
  • Maranhão: 52,2%

As unidades da federação com menor proporção são:

  • Rio de Janeiro: 21,4%
  • Amapá: 24,1%
  • Rio Grande do Sul: 24,5%
  • Distrito Federal: 24,5%
  • Minas Gerais: 25,9%
  • Paraná: 30,7%

Conforme o pesquisador do Ipea Carlos Henrique Carvalho, o crescimento do número de mortes no trânsito em acidentes de moto é consequência direta do aumento da frota e uso desses veículos no Brasil. O aumento de acidentes envolvendo motocicletas no Brasil é um problema complexo com múltiplas causas, sendo o principal fator o aumento da frota de motos nas ruas e o uso crescente como meio de transporte. Outros fatores importantes incluem: 

Condições de trabalho: muitos motociclistas trabalham com entregas e, em alguns casos, são pressionados a cumprir prazos, aumentando o risco de acidentes. 

Falta de fiscalização: ausência de fiscalização e a má qualidade das vias contribuem para o aumento de acidentes. 

Comportamento dos condutores: excesso de velocidade, direção sob o efeito de álcool ou drogas, não uso de capacete e desrespeito à sinalização são fatores que aumentam o risco de acidentes. 

Estrutura e condições da estrada: estradas mal iluminadas, curvas mal marcadas e/ou sinalizadas, e outras condições da via que são desfavoráveis para os condutores de motocicletas podem aumentar a probabilidade de acidentes. 

Falta de equipamentos de segurança: falta de equipamentos de segurança adequados (EPI’S), como calçados e vestimentas adequadas, também pode potencializar a probabilidade dos riscos de acidentes de trânsito envolvendo as motocicletas. 

Internações: entre março de 2020 e julho de 2021, mais da metade das internações por acidentes de trânsito no Brasil foram acidentes com motos. É claro que está estatística está muito desatualizada. Porém, reflete bem a realidade das ruas, dos acidentes e as consequências diretas (internações).

Registro de óbitos: os índices de mortalidade em acidentes de moto no Brasil é preocupante, com mais de 33 motociclistas morrendo por dia. 

Faixa etária: a grande maioria das vítimas são jovens entre 20 e 39 anos, que estão no ápice da produtividade em sua carreira profissional e/ou laboral. E devido ao acidente de trânsito vão ter que passar por uma etapa dolorida e sofrida de cirurgias, longos periodos de internação, e tratamento envolvendo fisioterapia.  

Impacto econômico: os acidentes com motos geram custos elevados para o sistema de saúde, com internações e reabilitação, além da perda de vidas e da produtividade do país. 

Atividade profissional: grande parcela dos motociclistas no Brasil são entregadores, e as condições de trabalho são degradantes e injustas, como jornadas extenuantes e falta de equipamentos de segurança, contribuem para o aumento dos acidentes. 

Fatores de risco e suas complexidades conjunturais: excesso de velocidade, não uso de capacete, dirigir sob influência de álcool e/ou drogas, falta de manutenção preventiva e/ou corretiva adequada das motocicletas, entre outros motivos podem contribuir e alavancar estes números de acidentes de trânsito envolvendo os motociclistas. 

 

Em resumo, o aumento da frota de motos, as condições de trabalho precárias dos motoboys, a falta de fiscalização do poder público, e o comportamento de risco destes condutores de veículos leves, entre outras causas primárias, de fato podem contribuir de forma significativa para a elevação dos índices dos acidentes envolvendo motocicletas no Brasil. Este aumento dos acidentes com motos no Brasil é um problema muito complexo, com causas multifatoriais, e exige ações conjuntas para melhorar a segurança no trânsito e proteger os motociclistas. A prevenção e a educação são fundamentais para reduzir o número de vítimas e o impacto social e econômico dos acidentes. 

 

 

At.te

 

André Luiz Padilha Ferreira.

Técnico de Segurança do Trabalho & Meio Ambiente.

E-mail: consultorpadilha@gmail.com

Instagram: https://www.instagram.com/padilhatecsegdotrabalho/

Blog Spot: https://www.blogger.com/blog/posts/7599589176722792547

 

Fonte: https://agenciabrasil.ebc.com.br/direitos-humanos/noticia/2025-05/taxa-de-mortes-em-acidentes-de-motocicletas-cresce-125-no-pais#:~:text=De%20acordo%20com%20o%20pesquisador,uso%20desses%20ve%C3%ADculos%20no%20Brasil.

 

 

 


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Quem sou eu

Belém, Pará, Brazil
Técnico de Segurança do Trabalho (Bombeiro Civil), Analista de Segurança em Riscos Empresariais e Corporativos, Graduado a nível de Tecnólogo em Gestão de Segurança Privada com Pós-Graduação em Recursos Humanos.

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