Todos os lugares públicos que visitamos sozinhos ou com nossos familiares são regidos por leis municipais, estaduais ou federais, que permitem que aquele estabelecimento tenha uma permissão legal para exercer a sua atividade econômica, por este motivo além do alvará de funcionamento emitido pelas prefeituras, também devemos prestar atenção e também cobrar outros documentos e equipamentos importantes que são imprescindíveis para qualquer estabelecimento comercial e até mesmo para os órgãos públicos. Segue abaixo algumas pautas que servem para a segurança coletiva e individual de qualquer cidadão:
1) Ao adentrar em qualquer recinto aberto ou fechado, procurar visualizar de imediato se existe EXTINTORES PORTATÉIS, nestes equipamentos deve constar uma ficha anexa, onde são colocadas informações importantes: data da recarga, tipo de agente extintor, data da próxima recarga, data do próximo teste hidrostático no vasilhame. Mesmo para as pessoas leigas no assunto este ponto é importante, pois as classes de incêndio são subdivididas em:
a) Classe A - madeira, papel, tecido entre outros, e o agente extintor adequado é a água ou extintores com a etiqueta constando o símbolo ABC;
b) Classe B – gasolina, querosene, álcool e etc, neste caso o agente extintor é o gás de CO ² ou extintores com a etiqueta onde conste a simbologia ABC;
c) Classe C – máquinas e eletrodomésticos que estão energizados (ligados), neste caso também podem usar o gás de CO² e também os extintores com a simbologia contendo ABC;
d) Classe D – substâncias pirofolicas (produtos contendo magnésio entre outros), neste caso o uso da água não é recomendado em hipótese nenhuma, o mais sensato a se fazer é usar limalha de ferro fundido, extintor a base de grafita ou areia seca como medida paliativa. Mais nunca a água;
2) Observar se neste local existe e se está em local visível um documento expedido pelo Corpo de Bombeiros que se chama “HABITE-SE”, este documento certifica que o estabelecimento foi inspecionado pelos bombeiros, e que todos os equipamentos alocados no estabelecimento para prevenção contra incêndio estão funcionando perfeitamente. Este documento e renovado anualmente, basta o proprietário requerer a inspeção ao corpo de bombeiros militar;
3) Também é importante observar se este local está corretamente sinalizado, informando onde é SAÍDA DE EMERGÊNCIA MAIS PRÓXIMA, sendo que está não pode estar trancada em hipótese alguma e as mesmas devem abrir para o sentido de fora da instalação para evitar o pisoteamento das pessoas. As placas de sinalização também servem para sinalizar onde está localizado ambiente: banheiros, locais de alimentação, telefones públicos, postos policiais, posto médico, ponto de reunião da brigada de incêndio, além de informar os números de emergência para contato imediato, entre outras informações importantes para situações de emergência;
4) Procure saber com a gerência do local se existem MEMBROS DA QUADRO FUNCIONAL REALMENTE PREPARADOS E HABILIATDOS para manusear os equipamentos de prevenção contra incêndio. É obrigação do gerente do local lhe dar estas informações;
5) Existem locais específicos que necessitam de mais de tipo de equipamento para a prevenção de incêndio (shoppings, cinemas, casa de shows, campos de futebol), estes locais devido a grande concentração de pessoas devem possuir profissionais qualificados e treinados nas praticas de Atendimento Pré-Hospitalar, enfrentamento de incêndios, no caso o “BOMBEIRO CIVIL”.
6) Em ambientes públicos com grande capacidade e fluxo de pessoas devem possuir LUZES DE EMERGÊNCIA, para nortear a saída dos populares em caso de suspensão temporária de energia elétrica, os bons gestores também procuram instalar geradores de emergência para evitar perdas e danos ao seu negócio, bem como preservar a vida de pessoas;
7) Locais públicos devem ter um PLANO DE ABANDONO DE ÁREA para facilitar a saída dos transeuntes quando houver uma situação de emergência, não esquecer de incluir neste plano de emergência as pessoas portadora de deficiência que por ventura estejam trabalhando ou freqüentando estes locais;
8) Estes locais também devem estar preparados para agir reativamente devido os problemas que são oriundos de intempéries (chuvas fortes, desmoronamento de encosta ou barrancos, alagamentos, queda de granizo, chuva ácida ou mesmo queda de arvores entre outros). Um bom PLANO DE CONTIGÊNCIA contempla todas estas SITUAÇÕES CRÍTICAS;
9) Locais públicos ou privados bem arborizados também devem passar por INSPEÇÕES E SERVIÇOS DE PODA PERIÓDICA para evitar problemas durante e depois de uma forte chuva;
10) As inspeções periódicas em todas as instalações, PONTOS SENSÍVEIS de uma instalação podem identificar de forma antecipada os problemas, e também facilita a rápida medida corretiva para cada situação detectada;
11) Todos os profissionais que compõem o quadro funcional de uma organização QUE LIDA DIARIAMENTE COM A VIDA HUMANA DEVEM ESTAR CAPACITADOS E HABILITADOS para entrar em ação quando requeridos, e mesmos estes profissionais devem renovar o seu conhecimento de forma continua, mesclando a teoria e a prática.
12) Devemos lembrar que NÃO EXISTE LOCAL 100% SEGURO, principalmente quando estamos com nossos entes queridos.
Estas recomendações não asseguram que no local onde estamos não possa acontecer algum tipo de emergência ou sinistro que venha a colocar a nossa vida ou de terceiros em risco, mais certamente pode evitar que catástrofes como aconteceu no Ed. Joelma, Ed. Andraus e na Boate Kiss, nos primeiros casos não havia fiscalização efetiva do estado sobre os particulares, e no terceiro caso, o que foi que aconteceu? Eis aqui uma pergunta que as nossas autoridades podem e devem nos responder.
Um grande abraço e saudações a todos e se possível divulguem este blog que contém informações importantes.
