quarta-feira, 30 de julho de 2014

ANIMAIS PEÇONHENTOS E VENENOSOS. QUAL A DIFERENÇA?


1) Introdução:

Biologicamente existe uma pequena diferença entre animais peçonhentos e animais venenosos, que será devidamente explicado neste momento:

Animais peçonhentos: são aqueles que possuem glândulas de veneno que se comunicam com os dentes ocos, ou ferrões, ou aguilhões, por onde o veneno passa ativamente. Ex.: serpentes, aranhas, escorpiões, abelhas, arraias.


Acidentes com “animais peçonhentos e venenosos” que habitualmente aconteciam em área rural, agora são mais frequentes nas áreas urbanas. Por este motivo, saber como lidar com essa situação atípica é extremamente importante, principalmente para os profissionais da área de Segurança do Trabalho.

2) Cobras Peçonhentas:

A ação do veneno das cobras corais no organismo é muito rápida, os sinais e sintomas aparecem em questão de minutos. O envenenamento é denominado de elapídico.

Elapídico (Corais): Pequena reação no local da picada. Poucas horas após, ocorre a "visão dupla", associada à queda das pálpebras; a vítima também fica com "cara de bêbada". Outro sinal é a falta de ar, que pode, em poucas horas, causar a morte do paciente. Responsável por 1% dos acidentes.

 Foto 1 - cobra coral


A cascavel, conhecida também como boicininga ou maracambóia. O envenenamento causado pela cascavel é chamado de crotálico.

Crotálico (Cascavel): Quase não se vê o sinal da picada, e também há pouco inchaço no local. Algumas horas após o acidente, se observa a dificuldade que o paciente tem de abrir os olhos, acompanhada de visão "dupla" (vê os objetos duplicados). O paciente fica com "cara de bêbado". Outro sinal é o escurecimento da urina, após 6 e 12 horas da picada, caracterizando pela cor de coca-cola. Responsável por 9% dos acidentes.

 Foto 2 - cobra cascavel 




A surucucu, também chamada de pico de jaca ou surucutinga. Essas cobras causam o chamado envenenamento laquético.

As manifestações clínicas são semelhantes às do envenenamento botrópico. Nesse sentido, os doentes picados por essas serpentes costumam apresentar, momentos após, intensa sintomatologia no local da picada. A dor, o edema, o calor e o rubor são semelhantes ao do acidente botrópico, podendo ser confundido com este. O tempo de coagulação pode alterar-se, contribuindo para as hemorragias sistêmicas muitas vezes observadas. Além disso, o doente pode apresentar sintomas de excitação vagal, tais como bradicardia, diarréia, hipotensão arterial e choque. As complicações observadas neste tipo de acidente são as mesmas do acidente botrópico.

Estas serpentes inoculam grande quantidade de veneno; por isso preconiza-se o uso de 10 a 20 ampolas de soro antilaquético ou antibotrópico-laquético, pela via endovenosa. O tratamento complementar e os cuidados que devem ser tomados são os mesmos da terapia antibotrópica.





Foto 3 - cobra surucucu

3) Aranhas Peçonhentas:

Aranhas: Este é um animal tão comumente encontrado que nem mesmo nos damos conta do perigo que ele pode representar. Isto acontece porque nem todas as aranhas representam perigo de vida. 


Os tipos de aranhas que representam maiores perigos são:

A armadeira quando surpreendida coloca-se em posição de ataque, apoiando-se nas pernas traseiras, ergue as dianteiras e procura picar. A picada causa dor imediata, inchaço local, formigamento, sudorese no local da picada. Deve-se combater a dor com analgésicos e observação rigorosa de sintomas.

A preocupação deve ser com o surgimento de vômitos, aumento da pressão arterial, dificuldade respiratória, tremores, espasmos musculares, caracterizando acidente grave. Assim, há necessidade de internação hospitalar e soroterapia.

 Foto 4 - aranha armadeira

A aranha marrom provoca menos acidentes, sendo pouco agressiva. Na hora da picada a dor é fraca e despercebida, após 12 a 24 horas, dor local com inchaço, náuseas, mal estar geral, manchas, bolhas e até necrose local. Nos casos graves, a urina fica cor de coca-cola. Orienta-se procurar atendimento médico para avaliação.


 Foto 5 - aranha marrom 



A tarântula (aranha que vive em gramados ou jardins) pode provocar pequena dor local, podendo evoluir para necrose. Utiliza-se analgésicos para tratamento da dor e não há soroterapia específica, assim como para as caranguejeiras.



Foto 6 - aranha tarântula
4) Escorpiões:

Os acidentes com escorpiões são pouco frequentes. Os escorpiões são pouco agressivos e têm hábitos noturnos. Encontram-se em pilhas de madeiras, cercas, tijolos, cupinzeiros. Sapatos e botas são ótimos esconderijos. O veneno escorpiônico ataca o sistema nervoso (neuro-tóxico). É um veneno potente e pode provocar a morte de indivíduos subnutridos e de pequeno porte, como é o caso das crianças, conforme explicitado logo abaixo. 

Nos casos graves, há fortes dores no local da picada, com tendência a se espalhar para regiões vizinhas. A temperatura do corpo cai, e o suor torna-se excessivo, pode haver um aumento da pressão, enjoo e vômitos. Há risco de vida nas primeiras 24 horas, principalmente em crianças.

Os escorpiões, dentre os aracnídeos, são os que mais frequentemente causam acidentes. Os mais comuns no Brasil são:



Foto 7 - Tytius serrulatus (escorpião amarelo) 


Foto 8 - Tytius bahiensis (escorpião preto) 


Em todos os casos acima mencionados os animais para se defender de uma ataque ou se valendo do poder da sua peçonha para neutralizar suas vítimas. Quando acontece uma situação deste tipo a vítima deve se deslocada o mais rápido possível para uma unidade de saúde mais próxima.




5) Medidas preventivas para se evitar acidentes com animais

peçonhentos:


No ambiente de trabalho, algumas normas e procedimentos que devem ser seguidas, a fim de evitar ocorrências desta natureza, principalmente em locais ou localidades onde a incidência com animais peçonhentos e venenosos tem grande probabilidade de acontecer. Exemplos: Lavouras, plantações, áreas cobertas por densa vegetação, mesmo que em área urbana, construções antigas e abandonas entre outros. 

Em casos bem específicos, principalmente em atividades rurais como explicita a NR 31 (Segurança e Saúde do Trabalho na Agricultura, Pecuária, Silvicultura e Exploração Florestal), no item 31.20.2.

 Usar os Equipamentos de Proteção Individual (EPI), botas de couro de cano longo, perneiras, chapéu, macacão entre outros, de acordo com o risco de cada atividade laboral.


 Luva de Raspa


 Bota cano longo


Perneira de raspa

6) Medidas preventivas de caráter geral para se evitar acidentes com animais peçonhentos ou venenosos:

·         Manter o ambiente limpo de lixo orgânico (restos de comida) que podem atrair os roedores, ratos, camundongos, catitas e etc., pois estes animais servem de alimento para as cobras;

·         Não acumular lixo de construção (tijolos, pedras, telhas) ou mesmos outros tipos de entulhos as proximidades da residência, pois estes locais servem de abrigo para uma serie de animais peçonhentos e venenosos;

·         Manter o terreno sempre limpo e com a grama aparada, livre do acumulo de folhas, galhos de arvores;

·         Se possível instalar telas protetoras nas portas e janelas, para evitar ou dificultar o acesso destes animais a área interna da residência;
·         No inverno (período chuvoso) manter as portas de armários, guarda roupas sempre fechadas;

·         Antes de calçar qualquer tipo de calçado fechados como: botas, botinas ou mesmo sapatos que ficam expostos no lado de fora da residência, fazer uma inspeção minuciosa antes;

·         Não meter a mão em buracos escuros e úmidos sem luvas de proteção e camisa de manga longa;

·         Terrenos baldios, construções abandonadas, e inicio de obras de construção podem ter estes tipos de animais peçonhentos escondidos ou encobertos pela vegetação;

·         Sempre que remover entulhos de forma geral usar luvas de proteção;

·         Não se locomover em áreas de mato denso, fazendas, quintais e jardins descalços, principalmente as crianças.

  7 ) Primeiros Socorros para as vitimas de mordeduras de cobras peçonhentas:
  •           Sempre que possível capturar o animal vivo para facilitar a identificação, e ministrar o soro antiofídico adequado;

  •      Não fornecer para vitima, bebidas alcoólicas;

  •      Impedir que a vítima entre em desespero, manter a pessoa o mais calma possível retarda assim que o veneno seja espalhado rapidamente pela circulação sanguínea;

  •    Não amarrar ou fazer torniquetes, a falta de circulação de sangue no membro ou parte afetada do corpo pode ocasionar gangrena ou necrose;

  •    No caso de picada localizada nos membros inferiores ou superiores, realizar a elevação do membro para diminuir a circulação sanguínea; 

  •          Não cortar, pressionar ou chupar o local onde a pessoa foi picada, se não pode ocasionar a absorção do veneno;

  •      Não colocar qualquer tipo de substância, produto ou folha sobre o local da picada;

·       
              Após estas medidas deslocar a vitima o mais rápido possível para o hospital mais próximo para receber o tratamento adequado, conforme já citado anteriormente.


8) Animais venenosos:

São aqueles que produzem veneno, mas não possuem um aparelho inoculador (dentes, ferrões) provocando envenenamento passivo por contato (taturana), por compressão (sapo) ou por ingestão (peixe baiacu).

Sapo:
No caso dos sapos, vale a pena lembrar que aquele líquido que este animal esguicha numa situação de perigo e stress não é veneno. O que ele faz é  esvaziar a bexiga sobre o agressor na intenção de assustá-lo, mas a urina não é tóxica. Os sapos não liberam veneno a menos que este seja pressionado. Mas ele é esperto: quando está em perigo, infla os pulmões e isso faz com que as glândulas de veneno fiquem mais expostas, com isso, caso um predador encoste, o veneno será liberado! Abaixo serão colocadas fotos ilustrativas para que possa visualizar onde fica esta glândula que produz o veneno. Porém ele não inoculado na vítima.
 Foto 8


Foto 9 
Foto 10

Lacraias:


O veneno das lacraias é muito pouco tóxico para o homem. Embora existam muitas lendas a respeito desse animal, não há, no Brasil, relatos comprovados de morte nem de envenenamentos graves em acidentes com lacraias.


Foto 11 



Taturanas ou Lagartas:

As taturanas ou lagartas que podem causar acidentes são formas larvais de mariposas que possuem cerdas pontiagudas contendo as glândulas do veneno. É comum o acidente ocorrer quando a pessoa encosta a mão nas árvores onde habitam as lagartas.

O acidente é relativamente benigno na grande maioria dos casos. O contato leva a dor em queimação local, com inchaço e vermelhidão discretos. Somente o gênero Lonomia pode causar envenenamento com hemorragias à distância e complicações como insuficiência renal.


Foto 12

Foto 13 

Caso aconteça algum topo de acidente com este tipo de animal, ter cuidado com as pessoas que possuem hipersensibilidade. Geralmente por se tratar de animais menos agressivos, os sintomas podem ser variados:

  • Irritação e inchaço no local afetado;
  • Dor intensa;
  • Calafrio;
  • Temores;
  • Suor intenso;
  • Febre;
  • Agitação, principalmente em crianças.


Esses sintomas podem variar de pessoa para pessoa, devido ao peso, idade e altura (fisiologia). E dependem da intensidade e extensão da área afetada. Neste os primeiros socorros para este tipo de situação são os mais simples possíveis, porém podem surtir grande efeito quando empregado no momento certo:




  • Não deixar que a vítima passe a mão no local afetado;
  • Não fornecer nenhum tipo de bebida alcoólica;
  • Lavar o local com bastante água fria;
  • Aplicar compressas de água fria na região afetada;
  • Deslocar a vitima para o hospital mais próximo para receber o tratamento adequado.

Os acidentes envolvendo animais peçonhentos e venenosos são mais comuns do que pensamos em algumas regiões do Brasil. Principalmente na Região Norte do país.

Para saber lidar de forma correta nesta situação, é preciso estar habilitado e qualificado para agir de forma rápida e evitar maiores consequências para a vítima. Por este motivo é bom ter um Kit de Primeiros Socorros em nossas residências.
10) Kit de primeiros socorros:

Além dos Riscos Ambientais (risco químico, físico e biológico) que estão elencados na Norma Regulamentadora nº 9, os Riscos de Acidentes também são uma eterna fonte de preocupação para o Técnico de Segurança do Trabalho. Por este motivo, as empresas devem possuir um Kit de Primeiros Socorros à disposição em caso de qualquer eventualidade.






Segundo a Norma Regulamentadora nº 7, item 7.5.1, todo o estabelecimento deve estar equipado com material necessário à prestação de primeiros socorros. Importante lembrar que nesse conjunto de materiais não podem constar medicamentos
   A Empresa deve disponibilizar aos trabalhadores, caixa de emergência equipada com o material necessário à prestação dos Primeiros Socorros; manter esse material guardado em local adequado, aos cuidados de um Trabalhador Treinado para esse fim.


·         O Kit de Primeiros Socorros, e seu conteúdo, pode variar, devido ao Grau de Risco, atividade econômica desenvolvida pela empresa e localização da organização.

·         Segue abaixo uma pequena lista básica de materiais para compor um Kit de Primeiros Socorros:
  • 5 rolos de atadura de crepom de 10 cm de largura;
  • 5 rolos de atadura de crepom de 15 cm de largura;
  • 1 caixa de curativo autoadesivo;
  • 10 pacotes de gaze esterilizada;
  • 1 tesoura pequena;
  • 1 pacote de algodão;
  • 2 pares de luvas cirúrgicas número 8;
  • 2 sacos plásticos transparentes de 1 litro;
  • 1 rolo de esparadrapo grande;
  • 1 sabão líquido anti-bactericida.

Muito obrigado a todos.

Atenciosamente.

André Padilha.
Bombeiro Civil.
Técnico de Segurança do Trabalho.
Analista de Riscos em Segurança Empresarial e Corporativa.
Tecnólogo em Gestão de Segurança Privada.
MB em Recursos Humanos.










terça-feira, 22 de julho de 2014

Instrução no Curso de Form. de Vigilante.



Curso de Formação de Vigilante.
Instrução no Curso Fortaleza (Belém-Pará).

Disciplina (s):

Gerenciamento de Crise.
Uso Progressivo da Força.

Disciplinas que foram aprovadas no ano de 2012, quando houve uma revisão da grade curricular no Curso de Formação de Vigilante


Historicamente no Brasil, a profissão de vigilante teve inicio com a promulgação da Lei nº 7.102/1983. Abaixo segue a atualização das Portarias emitidas pelo Departamento de Polícia Federal (Ministério da Justiça) que faz o controle da atividade de Segurança Privada no Brasil:





Portaria nº 3.559-DG/DPF altera a Portaria nº 3.233/12-DG/DPF: 
Altera o prazo de exigência da qualificação do vigilante no curso de extensão em grandes eventos.

Portaria nº 30.633-2013-CGCSP: 
Homologação do Curso de Instrutor em Segurança para Grandes Eventos.

Portaria nº 30.569/2013 - CGCSP/DIREX: 
Dispõe sobre os novos modelos e a forma de confecção, controle e emissão de Certificado de Segurança, Portaria de Aprovação de Plano de Segurança, Certificado de Vistoria e de Guia de Autorização de Transporte de Armas, Munições e Apetrechos de Recarga.

PORTARIA Nº 30.544/2013 - GAB/CGCSP:
Dispõe sobre a forma e prazo de prorrogação da validade do protocolo de requerimento de expedição da Carteira Nacional de Vigilante.


PORTARIA Nº 30.491/2013 - GAB/CGCSP: 
Dispõe sobre as normas relacionadas à forma de emprego dos meios de comunicação entre as empresas de segurança privada e seus veículos, e entre os vigilantes que atuam na atividade de transporte de valores. Alterada pela Portaria 32.541/13 - CGSCP.

PORTARIA Nº 3.233/2012-DG/DPF, DE 10 DE DEZEMBRO DE 2012:
A presente portaria disciplina, em todo o território nacional, as atividades de segurança privada, armada ou desarmada, desenvolvidas pelas empresas especializadas, pelas que possuem serviço orgânico de segurança e pelos profissionais que que nelas atuam, bem como regula a fiscalização dos planos de segurança dos estabelecimentos financeiros.

Portaria 346/06 - DG/DPF:
Institui o Sistema de Gestão Eletrônica de Segurança Privada – GESP e dá outras providências. atualizado em 25/08/2010.


Portaria nº 32.451/13 - CGCSP: Altera a Portaria 30.491/13.

Portaria nº 3948-2013-DG-DPF:
Altera, excepcionalmente, para o ano de 2013, o prazo final de apresentação de renovação do plano de segurança tratado no art. 103, caput, da Portaria nº 3.233/12-DG/DPF.

PORTARIA Nº 30.491/2013 - GAB/CGCSP:
Dispõe sobre as normas relacionadas à forma de emprego dos meios de comunicação entre as empresas de segurança privada e seus veículos, e entre os vigilantes que atuam na atividade de transporte de valores. Alterada pela Portaria 32.451/13.

PORTARIA Nº 32.943/2014 - GAB/CGCSP: 
Publicação da Portaria nº. 32.943 (DOU Seção 1, 21/3/2014), que alterou o art. 7º da Portaria nº. 30.491-2013-CGCSP. 

PORTARIA No 12.620/12 CGCSP/DIREX:

Alterada pela Portaria nº 30.536-13 e pela Portaria 32.981-14-CGCSP: Dispõe sobre as normas relacionadas ao credenciamento de instrutores dos cursos voltados à formação, reciclagem e especialização dos profissionais de segurança privada (Alterada pela Portaria nº 30.536 - CGCSP, de 07 de fevereiro de 2013, publicada no D.O.U em 08/02/2013 e pela Portaria 32.981-2014, publicada no DOU de 25/03/2014).

PORTARIA Nº 32.981/2014 - CGCSP:

Altera o texto da Portaria 12.620-2012: Dispõe sobre as normas relacionadas ao credenciamento de instrutores dos cursos voltados à formação, reciclagem e especialização dos profissionais de segurança privada ( Portaria , publicada no D.O.U em 25/03/2014).










Instrutor  Habilitado e Qualificado para ministrar as disciplinas que envolvem a formação do profissional da área de segurança patrimonial (Vigilante Patrimonial). Tanto na área de Prevenção Contra Incêndios (SCI), Primeiros Socorros (PS) e demais disciplinas. Formandos profissionais capacitados para enfrentar a realidade de mercado.





Quem sou eu

Belém, Pará, Brazil
Técnico de Segurança do Trabalho (Bombeiro Civil), Analista de Segurança em Riscos Empresariais e Corporativos, Graduado a nível de Tecnólogo em Gestão de Segurança Privada com Pós-Graduação em Recursos Humanos.

Colaboradores & Seguidores