domingo, 2 de julho de 2017

IDENTIFICAÇÃO E GERENCIAMENTO DE RISCOS: IMPLEMENTAÇÃO DE FERRAMENTA E TÉCNICAS DE GESTÃO NAS EMPRESAS.




 Autor: André Luiz Padilha Ferreira.

MBA em Formação Avançada em Consultores na Área de Recursos Humanos. Graduado em Gestão de Segurança Privada. Técnico de Segurança do Trabalho. Bombeiro Civil. Analista de Segurança em Riscos Empresariais e Corporativos. Auditor Interno em Normas: NBR 19001. NBR 19000. NBR 14001. NBR OSHAS 18001. Instrutor do Curso de Formação de Vigilante (Autorizado pelo departamento de Polícia Federal). Assessor e Consultor e Assessor Técnico em Gestão de Segurança do Trabalho e Gestão de Segurança Privada. Filiado ao Conselho Regional de Administração PA/AP.

1) RESUMO.

A cada passo que a “Humanidade” consegue dar em direção ao futuro e a superação de novos desafios que são detectados, a presença das ameaças e dos riscos, e de suas consequências e impactos positivos e negativos na atividade fim de cada empresa, e estes fatores são necessários nos processos de evolução do gerenciamento contínuo das ameaças e dos riscos em nossa vida pessoal e profissional em todos os aspectos, bem como de toda a sociedade. E também fazem parte do processo de desenvolvimento de novas formas de planejamento, e estão interligados diretamente aos novos processos da cadeia produtiva e na tomadas de decisão no âmbito das empresas em seu cotidiano.
Palavras-chave: Análise Preliminar de Riscos, Análise de Riscos, Análise de Riscos Qualitativa e Quantitativa.


2) ABSTRACT.

At every step Humanity is able to give in to the future and overcome new challenges that are detected, the presence of threats and risks, and their consequences and positive and negative impacts on the end activity of each company, and these Factors are necessary in the evolution processes of the continuous management of threats and risks in our personal and professional life in all aspects, as well as of the whole society. And they are also part of the process of developing new forms of planning, and are linked directly to the new processes of the productive chain and in the decision-making within the scope of the companies in their daily life.

Keywords: Preliminary Risk Analysis, Risk Analysis, Qualitative and Quantitative Risk Analysis.


3) INTRODUÇÃO.

A humanidade historicamente vem sobrepujando todas as ameaças que encontrou ao longo de sua história, guerras, epidemias biológicas (gripe espanhola, ebola e etc...), e também aprendendo com as catástrofes naturais e aprendendo a reconstruir instalações e criando novos métodos de detecção após estes eventos. Criamos e desenvolvemos as máquinas e as tecnologias que hoje são à base de nossa cadeia produtiva. No inicio de tudo forma empírica, na atualidade aplicamos as técnicas adequadas e continuamos a aprender com nossos próprios erros, e valorizando cada vez mais nos aprimorando com nossos acertos. A sobrevivência é o pilar de nosso desenvolvimento, os riscos e as suas consequências nocivas estão de fato está vinculado ao ser humano em suas várias fases (nascimento, desenvolvimento e morte).

Esse processo natural de aprender a identificar as possíveis ameaças e os riscos faz parte do processo de aprendizagem do ser humano (processo de cognição), através deste processo desenvolvemos técnicas de gerir as ameaças e criar mecanismos de autoproteção.

E tudo que aprendemos com nossos pais, em parte se aplicar em nossa vida pessoal e profissional, gerir os ativos tangíveis e intangíveis de empresa requer parte deste conhecimento adquirido, e é esse tipo de aptidão aliado a técnica de saber gerenciar os riscos empresariais que as grandes, médias e pequenas empresas estão em busca em um profissional. Alguém que de fato saiba identificar, mensurar (quantificar de forma qualitativa e quantitativa), e principalmente usar as técnicas para propor os mecanismos mais adequados de detecção e controle para atenuar as consequências e os impactos negativos dos riscos sobre a atividade fim do negócio, aí que se aplica a ferramenta de ANÁLISE DE RISCOS, que pode ser empregada em todas as empresas, aplicada a todos os tipos de atividades econômicas, e principalmente para todos os níveis de um processo produtivo, e para todos os níveis de planejamento de uma empresa (nível estratégico, níveis táticos e os vários tipos de níveis operacionais). Seja na esfera pública ou na esfera privada, gerenciar as ameaças para que não se transformem em riscos reais é uma questão de sobrevivência no mundo empresarial moderno. Charles Darwin, biologista e naturalista (escreveu sobre a teoria evolucionista, pesquisa realizada nas ilhas Galápagos, biologia, Evolução das Espécies, livros principais do naturalista) cita em sua tese que: a inteligência do Ser Humano é um dos principais fatores que geram aptidões (habilidades e competências) que favorecem a adaptabilidade do ser humano aos mais diversos tipos de ambientes. Em suma, a inteligência sobrepõe à força.

4) AVALIAÇÃO E ANÁLISE CRÍTICA DO CENÁRIO ATUAL EM QUE VIVEMOS.

Em um mercado globalizado e altamente tecnológico as empresas e os seus gestores obrigatoriamente devem ter uma visão holística e estar atualizados com relação às tendências que surgem a todo o instante, e saber procurar e/ou rastrear onde estão os principais riscos, as ameaças reais e também e as possíveis oportunidades, isso se chama pro-atividade, tratar de forma antecipada alguma situação indesejada e as suas possíveis repercussões nocivas, que de certo modo podem afetar a sua atividade fim.

Desta forma, as decisões estratégicas são tomadas sobre tudo com base na racionalidade, em dados reais e não tratadas ou remedidas com base na impulsividade momentânea que é gerada pelo sentimento medo. Na grande parte das crises, a ameaça principal deve ser no momento atual  gerenciada com toda cautela, porem são os efeitos, as consequências é que trazem flagelos, perdas e os danos financeiros, econômicos e materiais aos lucros de uma empresa.

Portanto, gerenciar riscos é saber que o efeito pós-crise é o mais nocivo, pois trás o efeito ondas ou dominó, que  podem ser muito mais prejudicial e devastadores que o próprio problema em si. Nos anos 70 a crise estava atrelada a bipolaridade entre as superpotências: EUA e USSA. Hoje uma crise concentrada na Grécia afetou mercados no além mar. E hoje com a globalização, processos tecnológicos interligados, mercados altamente competitivos e voraz, aliado ao fluxo da informação continua (bolsas de valores com evoluções alucinantes) potencializam ainda mais os efeitos negativos e positivos ao redor do globo terrestre nas mais variados tipos de mercados, consumidores e também influenciam na cadeia produtiva. Uma decisão equivocada pode colocar uma empresa em uma situação financeira caótica e um cenário onde as falhas são visualizadas como oportunidades vitais para alavancar vantagem competitiva junto as concorrentes de mercado. É por isso que para tipo de riscos existe a ferramenta de análise mais adequada.

5) ANÁLISE E GERENCIAMENTO DE RISCOS.

O modo empírico de se gerenciar as ameaças está fadado a desaparecer no mundo dos negócios, a identificação, análise e gerenciamento de riscos e ameaças devem estar calcados e alinhados com a metodologia técnica qualitativa e ou quantitativa, com base nas normas da ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT), que gera conhecimento e disponibiliza esse produto final que são as NORMAS BRASILEIRAS APROVADAS (NBR’S), que podem auxiliar todos os profissionais e gestores no processo de ANÁLISE e GERENCIAMENTO DE RISCOS, com base nas seguintes NBR’S:

·         ABNT ISO NBR 31000 – Gestão de Riscos;

·         ABNT ISO NBR 31004 – Guia de Implementação da ISO NBR 31000;

·         ABNT ISSO NBR 3101 - Gestão de Riscos – Técnicas para avaliação de riscos.

Portanto não precisa salientar que analisar e gerenciar riscos estratégicos, táticos e os operacionais requer um pouco mais de conhecimento técnico e visão holística apurada para não se cometer erros primários na execução desta tarefa. E todas as técnicas podem ser aplicadas a qualquer tipo de atividade e ou processo (Gestão de Segurança do Trabalho. Gestão de Pessoas. Gestão de Processos Empresariais). Gestão Estratégica. Gestão de Segurança Contra Incêndios. Gestão de Segurança Patrimonial, em fim, tudo pode ser perfeitamente aplicado, desde que o elaborador tenha o cuidado de fazer as adaptações necessárias para cada tipo de cenário e ou atividade, respeitando as peculiaridades e as exigências legais para cada ramo de atividade.


6) CLASSIFICAÇÃO DE RISCOS E AS TÉCNICAS BÁSICAS DE ANÁLISE E GERENCIAMENTO DE RISCOS QUE PODEM SER EMPREGADAS.

As técnicas a serem empregadas são simples, porém requer extrema atenção do ANALISTA DE RISCOS e da área de GERENCIAMENTO DE RISCOS para cada situação em especial. E será aplicada a seguinte legenda para facilitar a compreensão do público leitor de acordo com ISO/NBR 31010/2009:

AA – Altamente Aplicável;

A – Aplicável;

NA - Não Aplicável.

Exemplos de alguns tipos de riscos e análise de riscos e suas aplicabilidades: Quadro Sinótico.

Alguns Tipos de Riscos
Técnica
Aplicabilidade
Riscos Humanos
Análise de Confiabilidade Humana (HRA)
AA – Recomendada e empregada pela área de psicologia para identificar possíveis falhas comportamentais.
Riscos Operacionais
APP – Análise Preliminar de Riscos.
AA – Aplicada com sucesso na maioria das ocasiões por ser uma técnica simples e rápida de detecção de riscos e suas consequências.
Riscos Operacionais
HAZOP – Estudos de Perigo e Operabilidade.
AA – Aplicada com maior ênfase na parte de elaboração e revisão de projetos.
Riscos Operacionais
AST – Análise de Segurança de Tarefa
AA – Recomendada para tarefas operacionais da área de Segurança do Trabalho em campo.
Riscos Mercadológicos
SWOT
AA - Mais aplicada para planejamentos  e assuntos estratégicos da empresa para se saber os Pontos Fortes e Fracos. Oportunidades e Ameaças.
Riscos Operacionais
Check-List
AA – Altamente recomendada para a área operacional e tática. NA – Não recomendada para assuntos estratégicos.

Riscos Gerenciais. Riscos táticos e Operacionais.  
Análise de Riscos Ambientais
AA – Altamente recomendada para a área operacional e tática. AA – Aplicada e  recomendada para assuntos estratégicos, táticos e operacionais pois subsidia de forma clara a tomada de decisão.


7) CONSIDERAÇÕES FINAIS.

As ferramentas e técnicas a serem empregadas devem ser empregadas de acordo com o escopo de planejamento da empresa, entendimento (habilidades e competências adquiridas pelo profissional), atividade fim da empresa, e os riscos inerentes a cada função/atividade, possíveis cenários, até mesmo a aplicabilidade de cada técnica para casos concretos anteriores.

A NORMA ISO/DIS 22313:2012 (Societal Security – Business Continuity Management Systems).  Que trata sobre um tema de extrema relevância que é o PCN - Plano de Continuidade do Negócio (Continity Business Plan) com toda certeza pode diminuir os impactos dos riscos afetos a atividade fim e reduzir as possíveis perdas, danos e efeitos indesejados. Mais só poderá com êxito e ser operacionalizado se estiver apoiada em base sólida que é fornecida por uma ANÁLISE DE RISCOS consistente e realista. E feita por profissional “habilitado e qualificado” e com visão holística e pensamento proativo. A Visão de futuro sem esquecer os erros cometidos no passado, com a consciência de viver o presente com ações preventivas e não com ações reativas e/ou contingenciais.  

7.1) OUTRAS NORMAS ASSOCIADAS AO GESTÃO DE RISCOS.

ABNT tem uma coletânea de Normas Técnicas - Gestão Ambiental, da Segurança e Saúde no Trabalho e da Responsabilidade Social que podem ser empregadas na identificação e gerenciamento de riscos.

·         ABNT/NBR 16001:2012.
·         ABNT/NBR 18001:2010.
·         ABNT NBR 140012004.
·         ABNT NBR 26000:2010.

8) REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS APLICADAS.

AMORIM, Eduardo Lucena C. de. Apostila de Ferramentas de Análise de Risco. UNIFAL, Alagoas, 2010. Disponível em:
https://sites.google.com/site/elcaufal/disciplinas/programacao-estruturada Acessado em 02 de Julho de 2017. AS/NZS – Standards Australia/Standards New Zealand. AS/NZS 4360:2004 Risk

Management. Sydney: AS, 2004. Disponível em:
file:///C:/Users/curitiba/Downloads/Risk%20Management%20Guidelines%20Companion%20to%20AS%20NZS%204360%202004.pdf Acessado em 02 de Julho de 2017.  

ABNT ISO NBR 31000 – Gestão de Riscos.

ABNT ISO NBR 31004 – Guia de Implementação da ISO NBR 31000.

ABNT ISSO NBR 31010 - Gestão de Riscos – Técnicas para avaliação de riscos.
                  



André Luiz Padilha Ferreira
Consultor e Assessor Técnico

Segurança Empresarial (SE), Segurança e Saúde do Trabalhador (SST) e Segurança Contra Incêndio (SCI).


Fone(s): (91) 98139-6085 / (91) 99366-3921. 

Quem sou eu

Belém, Pará, Brazil
Técnico de Segurança do Trabalho (Bombeiro Civil), Analista de Segurança em Riscos Empresariais e Corporativos, Graduado a nível de Tecnólogo em Gestão de Segurança Privada com Pós-Graduação em Recursos Humanos.

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