quarta-feira, 27 de julho de 2016

BOMBEIRO CIVIL RISCOS DA PROFISSÃO.


1) RISCOS X PROFISSÃO.

Riscos Ocupacionais são todos os tipos de agentes ambientais nocivos presentes no ambiente laboral que em grandes concentrações ou em níveis acima do permitido em lei (Portaria n° 3.214/2978/Norma Regulamentadora n° 09) podem gerar/causar algum tipo de PREJUÍZO À SAÚDE DO TRABALHADOR (Doença Ocupacional ou Doença do Trabalho).

Risco Físico;

Risco químico;
Risco Biológico;
Risco de Acidentes;
Risco Ergonômico.


2) HISTÓRICO DA LEGISLAÇÃO.

Muito se avançou no Brasil com o advento do Decreto-Lei n° 5.542/1943 (CLT). Em 2009 foi criada a PROFISSÃO DE BOMBEIRO CIVIL com a Promulgação da Lei Federal n° 11.901, que em seu Artigo 6°, Inciso III - já inclui o Adicional de Pericusidade de 30% devido ao Risco oriundo de Incêndio e Explosão, conforme também cita a NR 16 -Atividades e Operações Perigosas da Portaria n° 3.214/1978, que foi alterada em 16/07/2014 pela Portaria n° 1.078 do Ministério do Trabalho e Emprego e Previdência Social.


3) ACIDENTE FATAL.

Na tarde do dia 21/12/2015 um INCÊNDIO provocado por problemas na fiação elétrica no MUSEU DA LÍNGUA PORTUGUESA na CENTRAL DA LUZ (São Paulo) ceifou a vida do BOMBEIRO CIVIL RONALDO PEREIRA DA CRUZ.
Um fato lamentável que mostram a todos os membros da Sociedade o quanto é PERIGOSO labutar nesta área de SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO (SCI).


Foto 01 - Bombeiro Civil Ronaldo Pereira da Cruz que foi vitima de Acidente fatal no exercício da profissão.

Foto 02 - Ronaldo e sua esposa.





Foto 03 - Funeral do Bombeiro Civil Ronaldo Pereira da Cruz (São Paulo).




Foto 04 - Incêndio no Museu da Linguagem na Estação da Luz em São Paulo.

Foto 05 - Indícios confirmados pela Perícia do Corpo de Bombeiros de São Paulo levam a crer que o incêndio foi originado por problemas na parte elétrica do prédio.


4) LEGISLAÇÃO PREVIDENCIÁRIA.

A Lei n° 8.213/1991 do INSS em Artigo n° 18 cita que são os segurados do RGPS e os TIPOS DE BENEFÍCIOS aos SEGURADOS e seus DEPENDENTES. No caso de ACIDENTE FATAL como ocorreu com o colega BOMBEIRO CIVIL RONALDO PEREIRA DA CRUZ a FAMÍLIA tem DIREITO ao SEGURO COLETIVO feito pela empresa onde o mesmo trabalhava e também tem DIREITO a PENSÃO POR MORTE. e no Artigo n° 20 defini o que é um ACIDENTE DO TRABALHO.

5) CONSIDERAÇÕES FINAIS.

É necessário que todo TRABALHADOR tenha a plena ciência dos Riscos ao qual esta exposto em seu local de trabalho e os que derivam de sua atividade laboral (Profissão).
Portanto o principal papel de um multiplicador de informações, tipo: SINDICATO, CONSELHOS DE CLASSE, ASSOCIAÇÕES,  entre outros que compõem toda a base da SOCIEDADE CIVIL ORGANIZADA é de ORIENTAR o TRABALHADOR quando um ACIDENTE DO TRABALHO ocorre e até mesmo quando necessário orienta no PROCESSO DE ABERTURA de um COMUNICADO DE ACIDENTE DO TRABALHO (CAT) que pode ser feito até mesmo pela família do acidentado.


Ass.: André Padilha (Bombeiro Civil/Técnico de Segurança do Trabalho).


PROCESSO DE DECISÃO: ASSERTIVIDADE.





RESUMO

O poder de decisão é um fator comum na vida do Ser Humano, hoje mais do quem no passado esse tipo de situação corriqueira e seus possíveis desdobramentos, positivos e/ou negativos são uma parte muito importante, não só na vida pessoal mais também na vida profissional do homem e da mulher que estão à frente de grandes corporações, conglomerados e/ou instituições, e até mesmo no seio familiar. Hoje as decisões têm um grande peso na vida e no cotidiano das pessoas, da sociedade em que vivemos e os impactos dessas decisões podem perdurar por décadas e ou até mesmo séculos e ultrapassam os limites temporais das futuras gerações de nossas famílias.

ABSTRACT

The power of decision is a      common factor in the life of the human being , today more than those in the past this kind of common situation and its possible consequences , positive and / or negative are a very important part , not only in their personal lives more in the life professional man and woman standing in front of large corporations, conglomerates and / or institutions and even within the family . Today decisions have a large weight in life and in daily life , the society we live in and the impact of these decisions can last for decades and even centuries and or exceed the time limits of future generations of our families.


Palavras chaves: poder, decisão, habilidades e competências organizacionais.  


     1) INTRODUÇÃO.


O Ser humano em diversas fases de sua vida precisa tomar decisões que exigem sobre tudo de sua capacidade intelectual. Para “Gomes e Almeida” (2002; p. 12-13): “tomar decisões complexas é, de modo geral, uma das mais difíceis tarefas enfrentadas individualmente ou por grupos de indivíduos, pois quase sempre tais decisões devem atender a múltiplos objetivos, e frequentemente seus impactos não podem ser corretamente identificados e ou analisados por completo”.
Para uma tomada de decisão estratégica se faz necessário entender o contexto do problema, procurando e analisando a[1] real extensão do problema, sempre levantando hipóteses e as soluções cabíveis para a situação atual em questão.

     2) TOMADA DE DECISÃO. RESPONSABILIDADES A SEREM ASSUMIDAS.


Sendo que toda tomada de decisão “é baseado em um conjunto de premissas que determinam como uma decisão deve ser tomada e não como a decisão é tomada”. Tradução: O que fazer? Quando fazer? E como fazer? Sempre procurando minimizar a área de impacto e seus efeitos negativos. Pois toda decisão tem seu lado positivo e outro negativo. Isso é fato. Saber atenuar todos esses fatores de uma única vez e ao mesmo tempo é uma das mais requeridas competências organizacionais que as organizações públicas e principalmente as empresas procuram em um trabalhador. Assumir toda essa responsabilidade e gerir todas essas premissas é um fardo que muitos se esquivam e poucos se ofertam de forma espontânea na vida empresarial.



     3) O RESULTADO FINAL.


O resultado final (decisão) pode ser semelhante em muitos casos, mas os meios da decisão serão em sua maioria diferenciados por cada pessoa e ou grupo. Cada fase de tomada de determinada decisão constitui por si mesma processo complexo (SIMON 1972). Nem sempre o resultado final é de fato coincide com que esperávamos. Sentimentos de decepção, frustação e até mesmo medo tomam conta do nosso espirito. E a todo instante esse peso recai de forma assombrosa sobre os ombros. A preparação psicológica para vencer e também para aceitar a derrota/perda neste momento do pós-processo decisório também é crucial neste momento. Saber ouvir as críticas (positivas e negativas) e ter discernimento para descartar o que não vale ser analisado é um fator de extrema importância para todos aqueles que tomam as decisões em tempos de crise ou não. Não se perturbar ou perder tempo com algo que tenha a relevância.

As experiências vivenciadas determinam em parte o que o  individuo irá decidir e a forma de conduzir essa decisão, levando em consideração, à sociedade e a seus múltiplos interesses envolvidos e com base nas atividades pessoais e profissionais do cotidiano da nossa vida moderna.

     4) CHA: CONHECIMENTO, HABILIDADES E COMPETÊNCIAS ORGANIZACIONAIS.


Atualmente o individuo investe pesadamente em coleta, pesquisa, faz o seu próprio processo de decisão com base nas informações coletadas no meio externo, bem como as empresas também o fazem, pois investem milhões em sistemas de operação para controlar as informações internas e externas da empresa. Para manusear estes sistemas os profissionais necessitam de treinamentos de capacitação que podem ser adquiridos através de treinamentos específicos na área de atuação desejada ou por setor, fornecida pela própria empresa ou empresas terceirizadas que são parceiras.

Todos neste universo de informações fomentam a tomada de decisão de um individuo ou de um grupo. São decisões importantes sendo tomadas a todo instante, representando vida ou morte de uma pessoa, informações estratégicas circulam e que representam crescimento e lucros ou retração e depois falência. E nesse contexto o ser humano a frente destas decisões, das escolhas e das múltiplas necessidades envolvidas nos processos decisórios. Seja para o bem ou para o mal. Algumas teorias simplificam e dão visibilidades para algumas das mais importantes habilidades e competências pessoais e corporativas. “CHA: Conhecimento, habilidades e competências”.

A letra “C” significa conhecimento sobre um determinado assunto. Faz menção à pessoa dominar um determinado Know-how a respeito de algo que tenha valor para empresa e para ela mesma. É o saber acumulado. A letra “H” significa habilidade para produzir resultados com o conhecimento que se possui. Diz respeito à pessoa conseguir fazer algum uso real do conhecimento que têm, produzindo algo efetivamente. É o saber fazer. A letra “A” significa atitude assertiva e pró ativa iniciativa. Diz respeito ao indivíduo não esperar as coisas acontecerem ou alguém ter que dar ordens, e fazer o que percebe que deve ser feito por conta própria. É o querer fazer.

A maior dificuldade hoje para as pessoas, seus grupos e também para as organizações, no entanto, tem sido em relação à “atitude”, pois não se trata de agir de forma certa ou errada, e sim, agir de forma assertiva. Uma decisão para cada situação analisada, as decisões hoje em dia não são mais receitas de bolo que podem ser empregadas paras todas as situações de forma genérica, isso hoje em dia é inaceitável e imperdoável em todos os níveis de gestão operacional, técnica, tático e principalmente a nível estratégico. 

     
     5) CONSIDERAÇÕES FINAIS.


Isso porque não se pode ensinar alguém a ter atitudes somente através da transmissão de informações que gera uma gama de conhecimentos pura e simplesmente. É preciso criar todo um contexto motivacional que envolva as pessoas e faça com que realmente se empenhem nas tarefas que tem a realizar. O que se constitui num dos principais desafios da gestão de pessoas na atualidade. O processo de decisão faz parte do cotidiano do ser humano. A todo o momento estamos envolvidos em processos de decisão na vida pessoal, religiosa, social e principalmente na área profissional, em muitos casos não damos a devida importância a sua existência. Chiavenato (1997, p. 710) elucida ao definir decisão como “o processo de análise e escolha entre várias alternativas disponíveis do curso de ação que a pessoa deverá seguir”.

As situações e vivencias tornaram-se bem mais completas nos dias atuais, pois exigem mais conhecimento e um alto grau de visão holística por parte do tomador de decisão. Hoje existem múltiplos fatores que influenciam no processo de tomada de decisão que não existiam antigamente. E os cenários, expectativas e os riscos são bem mais sofisticados que no passado não tão distante. Hoje nenhuma decisão é “ad etern”, tradução que vem do latim arcaico: ira perdurar para sempre. E os verdadeiros líderes podem ser criados e ou forjados? Alguns autores renomados dizem que um líder pode sim, ser forjado, porém em meio ao caos pode perder o autocontrole por falta de experiência e de certas habilidades naturais. Outra corrente doutrinaria diz que alguns líderes têm em suas habilidades naturais o grande trunfo para liderar e adotar a postura correta para cada situação e gerenciar de forma positiva as consequências negativas advindas de uma tomada de decisão.

O que de fato sabemos é que as decisões estão a todo instante em nossas vidas. Sejam elas simples ou complexas e  nunca serão desassociadas da responsabilidade, e tampouco das habilidades e competências de cada ser humano. Portanto o mais assertivo a ser feito e se preparar, pois cada vez mais as incertezas e as variações temporais, politicas,  sociais e religiosas tornam a vida dos gestores (pais e mães de família, presidentes, diretores, gerente e mesmos de supervisores) cada vez mais difícil frente a processo de decisão.  

     6) GLOSSÁRIO.

*Delegação de Poder – descrição de atividade discricionária atribuída a uma determinada função e ou cargo dentro de organização, conglomerado, instituição, empresa (publica e/ou privada), ou mesmo organização macro social e religiosa como a “família” (pátrio poder). Intrinsecamente o poder está ligado/atrelado ou correlacionado com a hierarquia/subordinação. 

*Decisão – ato de decidir, direcionar ou de definição forçada para atender uma expectativa comum ou para pender e atender as expectativas e anseios para um dos lados de uma lide (disputa) por assunto individual ou coletivo.

*Competência –conjunto de conhecimentos, habilidades e atitudes que, quando integrados e utilizados estrategicamente, permite atingir com sucesso os resultados que dela são esperados na organização.” Essa é a definição encontrada no livro de Benedito Milioni, Dicionário de Termos de Recursos Humanos, para a palavra competência.





     7) REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.

SIMON, H. A. A capacidade de decisão e de liderança. Rio de Janeiro: Editora Fundo de Cultura, 2. ed, 1972.
CHIAVENATO, Idalberto. Introdução à teoria geral da administração. 6 ed. Rio de Janeiro: Campus, 2000.   
GOMES, F. A. M.; GOMES, C. F. S.; ALMEIDA, A. T. de. Tomada de Decisão Gerencial: Enfoque Multicritério. São Paulo: Editora Atlas, 2002.



[1] Autor: André Luiz Padilha Ferreira. Técnico de Segurança do Trabalho. Tecnólogo em Gestão de Segurança Privada. MBA Avançada em Formação de Consultores e Executivos na Área de Gestão de Pessoas. E-mail: anpadilha.ferreira@gmail.com

segunda-feira, 11 de julho de 2016

TCC - SEGURANÇA EM CONDOMÍNIO: A IMPORTÂNCIA DO CONTROLE DE ACESSO




Outro brilhante Trabalho de Conclusão de Curso dos alunos do Curso do eixo Tecnólogico  das Faculdades Integradas Ipiranga (Belém/Pará) onde a Metodologia empregada foi o Artigo Cientifico com base em revisão bibliográfica de outros autores. O tema abordado foi a Segurança em Condomínios. Um tema bastante atual  e que está de forma corriqueira na mídia, expondo as fragilidades dos condomínios.

Mais uma vez fica aqui os meus eternos agradecimentos por mais esta oportunidade de ser o orientador de vocês e pela ajuda que nos dada pela professor André Maia (Metodologia Cientifica).

Parabéns.

Atenciosamente.


André Luiz Padilha Ferreira.

Orientador de Trabalho de Conclusão de Curso.

Faculdades Integradas Ipiranga. 



                SEGURANÇA EM CONDOMÍNIO: a importância do controle de acesso¹


Edson Macedo Dias²
Fábio Tavares  Cardoso³
João Danival dos S. Gonçalves4
André Luiz Padilha Ferreira5

RESUMO

Este artigo de revisão descreve A SEGURANÇA EM CONDOMÍNIO: a importância do controle de acesso. O objetivo do estudo é promover a sensação de segurança nos condomínios e suas adjacências refletindo as atribuições do gestor de segurança e/ou sindico, ofertando condições seguras que promovam o controle de entradas e saídas que favoreçam a todos os moradores e usuários que convivem dentro das instalações físicas. Dessa forma, os equipamentos eletrônicos e mecânicos influenciam de forma direta no controle de acessos ao condomínio, auxiliando os agentes de portaria, criando ótimas condições de trabalho no ambiente condominial que viram obter melhores resultados e estimular o bem estar. A pesquisa foi desenvolvida por meio de um levantamento bibliográfico, apresentando fontes como: livros, artigos on line, revistas especializadas dentre outros. Os autores principais pesquisados foram: Dias (2013), Godoy (2005), Holl (2015), Romero (2014, 2009), Pradella (2015). Recomenda-se necessário um levantamento crítico (análise de risco) da localização do condomínio feito por um gestor de segurança,administrando conflitos e assumindo responsabilidades com práticas qualitativas e dinâmicas em segurança condominial, formando profissionais capacitados para combater a violência interna e externa. Contudo, o gestor de segurança privada deve desenvolver projetos inovadores e buscar soluções que possam minimizar riscos durante sua gestão que garanta estratégias inteligentes, inserindo uma segurança de qualidade. Dado o exposto, faz-se necessário a presença de um profissional de segurança, no meio social para garantir a sensação de tranquilidade no ambiente condominial.


PALAVRA CHAVE: Segurança condominial. Controle. Acesso.
           


ABSTRACT


This review article describes SAFETY IN CONDOMINIUM: the importance of access control. The objective is to promote a sense of security in the condominium and its surroundings reflecting the tasks of the security manager and / or trustee, offering safe conditions that promote the control inputs and outputs to encourage all residents and users who live within physical facilities. Thus, the electronics and mechanical influence directly in control of access to the condominium, helping concierge agents, creating optimal working conditions in the condominium environment that saw better results and encourage well-being. The research was developed through a literature, presenting sources such as books, online articles, journals and others. The main authors surveyed were: Days (2013), Godoy (2005), Holl (2015), Romero (2014, 2009), Pradella (2015). a critical survey recommended if necessary (risk analysis) of the condo location made by a security manager, managing conflicts and assuming responsibilities with qualitative and dynamic practices in condominium security, forming trained professionals to combat internal and external violence. However, the private security manager should develop innovative projects and seek solutions that can minimize risks for their management to ensure smart strategies by inserting a quality security. Given the above, it is necessary the presence of a security professional in the social environment to ensure the feeling of tranquility in the condominium environment.
           
KEYWORDS: Condominium security. Control. Access.
_______________________
¹Artigo de revisão bibliográfica apresentado as Faculdades Integradas Ipiranga para obtenção do grau Tecnológico em Gestão de Segurança Privada, 2016.              
²Discente do curso de graduação tecnológica em Gestão de Segurança Privada, das Faculdades Integradas Ipiranga. E-mail: edsondias_2608@hotmai.com
³Discente do curso de graduação tecnológica em Gestão de Segurança Privada, das Faculdades Integradas Ipiranga. E-mail: fabiocardoso.10@bol.com.br
4Discente do curso de graduação tecnológica em Gestão de Segurança Privada, das Faculdades Integradas Ipiranga. E-mail: goncalvesojaram@hotmail.com
5Docente,orientador dos cursos de graduação Tecnológica em Gestão de Segurança Privada das Faculdades Integradas Ipiranga. E-mail: anpadilha.ferreira@gmail.com

1 INTRODUÇÃO

  Este artigo de revisão bibliográfica busca abordar a SEGURANÇA EM CONDOMÍNIO: a importância do controle de acesso nos condomínios residenciais fechados, tendo como suporte para esse objetivo o trabalho sistêmico entre profissionais qualificados, tecnologias e condôminos. Com essa interação a eficácia do controle de acesso será satisfatória, proporcionando a tão almejada sensação de segurança.

Tendo em vista que a moradia em residenciais está relacionada diretamente com segurança e tranquilidade pelo fato de seus moradores estarem cercados por barreiras físicas, equipamentos eletrônicos, porteiros, vigilantes entre outros; porém é importante ressaltar que não é possível eximir a parcela de responsabilidade da comunidade condominial para que o processo de segurança venha surtir o efeito desejado.  

Como explana Godoy (2005, p. 26):

O mais importante é saber que dentro do esquema de segurança do condomínio existe uma engrenagem, e cada peça dessa máquina deve estar consciente de sua importância. O trinômio sindico/administrador-condôminos-empregados deve estar sempre bem entrosados.



  Estatísticas demonstram que cerca de 90% das entradas ou invasões a condomínios residenciais ocorrem pela portaria, ou seja, devido a falta de “sintonia” entre agentes de portaria, equipamentos tecnológicos e moradores. Pois são os principais pontos de vulnerabilidade no esquema de segurança condominial, observado por intruso e quadrilhas especializadas em furtos e assaltos em espaços privativos (DIAS, 2013).

  Romero (2014, p. 28) evidencia que:

De acordo com as estatísticas, o volume de assalto, seqüestro e invasões em edifícios, vem crescendo assustadoramente. Os bandidos estão se planejando muito bem para isso, o que não deixa de ser, de certa forma, fácil, pois eles estão notando as falhas dos condomínios.



 Enfatiza-se que os locais são analisados pelos meliantes, para detectarem quais as vulnerabilidades para suas investidas criminosas. Pois constata-se que a portaria vem sendo um grande atrativo para essas ações, embora permaneça vigilância diuturnamente, ainda falta preparo profissional tanto para os funcionários como para os condôminos, que tornam-se alvos em potenciais aos marginais.  

Godoy (2005, p. 18) tem sua afirmação a esse respeito:


[...] foi constatado que, na grande maioria das vezes, a entrada se deu pela portaria principal do prédio, em razão de os porteiros, por desatenção ou mesmo inexperiência, terem sido enganados pelos meliantes; outro tanto se deu pelo descuido dos moradores.


Percebe-se que determinadas falhas ocorrem e poderiam ser evitadas havendo informações básicas ou estratégicas. “Isso geralmente acontece por falta de informações que o condômino deve ter e que deve ser passada pelos administradores, síndicos e pela prestadora de serviços de segurança e portaria, através de informativos constantes” (ROMERO, 2014, p.15).

  Tendo em vista e ratificando os posicionamentos dos autores, nota-se que para a segurança dos residenciais é de extrema relevância a qualificação profissional dos responsáveis pelo acesso condominial, assim como, a publicidade das normas e procedimentos de segurança privada no que tange ao controle de acesso e envolvimento de moradores, visitantes, funcionários e prestadores de serviço (comunidade condominial).

  Romero (2014) a esse respeito indaga se haveria mágica para acabar com isso? E ao mesmo tempo responde que não, mas existiria sim vários meios para diminuir esse percentual que vem em uma crescente diária, havendo interesse da grande maioria dos moradores em se interar, integrar e interagir com a segurança do prédio, podendo esse índice chegar à zero.  

 Dias (2013, p.16), ressalta que:

[...] Esta mais do que comprovado que, a segurança condominial hoje é um problema coletivo. E que você deve ser parte fundamental para uma melhor funcionalidade [...] No entanto a falta da obrigatoriedade no cumprimento dos procedimentos por parte dos moradores e visitantes e outros, é um fator muito preocupante. Que além de deixar o sistema muito vulnerável, pode aumentar consideravelmente o risco de ameaça para a coletividade condominial.



 O controle de acesso é o fator preponderante mais simples para galgar a sensação de segurança nos lares residenciais, pois, será a implementação e implantação de um controle de acesso (identificando, restringindo ou liberando pessoas, veículos e insumos), que possibilitará a segurança de todos. Desde que funcione como engrenagem de um sistema envolvendo a comunidade condominial.
 Para Munis (2006), esses controles destinam-se a regulamentar o acesso e a circulação de pessoas, veículos e cargas as dependências de condomínios comerciais e residenciais, indústrias, pólos de tecnologia e de todo tipo de atividade que requeira e tenha a necessidades de organizar a entrada e saída em seus estabelecimentos e/ou empresas, identificando todos os usuários que acessem e circulem no local.

 Barbosa (2015, p. 01), explicita que:
A eficiência do controle de acesso de um condomínio passa por três etapas essenciais: equipamentos adequados à situação, uma equipe de segurança bem treinada e rígida e moradores conscientes que respeitem as regras. Uma coisa está interligada a outra e não é possível que o sistema funcione plenamente se alguma dessas partes não funcionar.



 Então, partindo-se do fato que a qualificação profissional e o processo de conscientização da comunidade condominial são essenciais para um bom serviço de segurança em condomínio, ainda temos outro aspecto de suma importância que é a implementação de barreiras físicas e de todo um aparato tecnológico que nas proporções adequadas fazem o complemento desejável para qualquer gestor de Segurança Privada.

 Romero (2009, p. 22), afirma:

O simples fato da implantação de um bom Circuito Fechado de Televisão (CFTV), por empresa qualificada, em locais estratégicos dos residenciais já inibe bastante as ações de infratores, em virtude da distribuição das câmeras em determinados pontos sensíveis dos condomínios.



  Absorve-se que para o desenvolvimento de um serviço de qualidade aceitável, são de fundamental importância a qualificação profissional, o comprometimento da comunidade condominial, o emprego de barreiras físicas e os implementos eletrônicos.     Assim, como também o acompanhamento e a busca por inovações do mercado de segurança, procurando manter-se sempre a frente da incansável astúcia criminosa.

  O estudo foi desenvolvido a partir de revisão bibliográfica, tendo-se como principais instrumentos de pesquisa: livros, artigos online, revistas entre outros recursos, os principais autores de referência foram: Romero (2009, 2014), Dias (2013), Munis (2006), Barbosa (2015), dentre outros que abordam o presente tema em questão.

 O estudo bibliográfico destaca a seguinte problemática: Em vista as notórias tomadas de assaltos e furtos a condomínios residenciais, surge a necessidade de medidas para conter tais atitudes delituosas. Como implementar o controle de acesso a essas condicionantes em favor da segurança condominial?

 Diante do argumento surgem as seguintes questões norteadoras: existe qualificação profissional específica para que se possa implementar de forma consistente as medidas de segurança condominial ao controle de acesso? Os equipamentos de segurança onde citamos os seguintes exemplo: câmera nos ambientes internos e externos, catraca eletrônica, cancela eletrônica, cartões tipo smart card ou mesmo controle de acesso com emprego da biometria dentre outros tipos de recursos em que efetivamente  contribuem para segurança condominial? De que maneira o envolvimento da comunidade condominial em prol da segurança favoreceria a mitigação de delitos?

 O presente artigo apresenta como objetivo geral: Analisar medidas de segurança condominial, a partir do controle de acesso e envolvimento dos segmentos da comunidade condominial. Enquanto objetivos específicos pretendem-se: discutir a qualificação profissional para implementação de medidas de segurança patrimonial relacionadas ao controle de acesso; descrever os equipamentos que favorecem a segurança condominial; caracterizar o envolvimento da comunidade condominial em prol da segurança e efetiva mitigação dos delitos.

 O estudo da revisão bibliográfica foi estruturado da seguinte maneira: inicialmente a contextualização histórica sobre qualificação profissional em segurança condominial; na sequência discutiu-se com ênfase sobre os equipamentos eletrônicos, que em tese e na prática do dia dia favorecem a segurança patrimonial. E finalmente o envolvimento da comunidade condominial em prol da segurança e nos atos de mitigação dos atos antissociais (delitos) descritos no Código Penal Brasileiro (CPB de 1943).

 A partir dessas questões serão aprofundadas discussões no sentido de buscar meios e métodos para refletir sobre a importância do controle de acesso nos condomínios residenciais, tomando por base o referencial teórico. Diante o contexto, compreender a real importância e eficácia do sistema de controle de acesso condominial.

2 REFERÊNCIAL TEÓRICO

2.1 CONTEXTUALIZAÇÕES HISTÓRICA SOBRE A QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL EM SEGURANÇA CONDOMINIAL

 A princípio as construções com essa configuração atual que verifica-se de condomínios, surgiram com o simples objetivo de fornecer abrigo, moradia ao povo, sem estabelecer relevância as outras necessidades, como por exemplo a segurança no acesso desses locais. Muitas vezes sem a presença física de alguém para fazer o controle na entrada e saída de condôminos, visitantes, funcionários, veículos entre outros.
 Observa-se em Contreras e Dolci (2007, p. 09):

[...] povo romano e a dificuldade na época em adquirir moradias completamente independentes em suas comunidades, que não dispunham de grandes espaços para construções [...] Na cidade de Grénoble, na França em 1720, a idéia de construir pequenos edifícios para acomodar várias famílias foi usada para abrigar cerca de oito mil moradores que perderam as casas em um incêndio.



  Algum tempo depois da implantação desse novo modelo de moradia, observou-se que algo deveria ser desenvolvido para se ter um melhor controle de quem realmente fazia parte da comunidade e uma maior sensação de segurança. Pois percebeu-se a grande circulação de pessoas estranhas a comunidade e a subtração de pequenos objetos (furtos) e até animais; pois faltava uma gestão focada com conhecimento específico no processo de controle de acesso para prover uma triagem a comunidade.

 Chega a uma época em que, já não há segurança de fato e nem tão pouco, a sensação, como em outra época existira. Dias (2013, p. 84) descreve esse fato destacando dois aspectos: “antigamente para nos sentirmos seguro não necessitávamos tanto da segurança pública; e a especialização das práticas criminosas voltadas para esse setor”. Observa-se que os fatores citados são indicadores que apontam essa insegurança.

 Logo, percebe-se que há a extrema necessidade de controlar, restringir, até mesmo por motivo de segurança o acesso de determinadas pessoas, tipos de serviços ou mesmo produtos a essas comunidades em horários e datas específicas. Então são empossados determinados porteiros ou vigias: amigos, parentes, moradores, ou seja, qualquer um para desenvolver a função, pois se tinha a visão que o fato de uma pessoa estar no local já seria o suficiente para se ter a sensação de segurança.

 Romero (2009, p. 11) cria a seguinte situação: “Um morador, ao atender a porta do apartamento, vê-se de frente com um estranho que não fora autorizado por ele, pois o porteiro não informou, por algum motivo ou problema”. Observa-se a falta de qualificação profissional e/ou ausência de normas e procedimentos.

 Constata-se que a inexistência de uma política de segurança formatada a realidade do local, ausência de normas e procedimento operacionais para as situações de rotina do condomínio, em suma o planejamento de segurança foi mal elaborado, pelo fato de não haver no condomínio um profissional especializado em segurança empresarial, junto ao despreparo de funcionários culminam em vulnerabilidade, expondo ao risco o próprio agente de portaria, assim como toda a comunidade que ali reside. 

 Verifica-se que no decorrer do tempo com a crescente da violência, furtos e assaltos a residenciais, fica evidente que o simples “vigia” já não é mais sinônimo de segurança e torna-se necessário o emprego da mão de obra especializada (orgânica ou terceirizada) e normatizações de procedimentos no que tange ao controle de acesso.

 A posição de Dias (2013, p. 35) a esse respeito é enfático ao afirmar:


[...] a presença de alguém que se apresentasse com um distintivo a fim de representar uma empresa prestadora de serviços de segurança. Isso batava para representar um estado de sensação de segurança. Mas hoje estamos em outra realidade onde a atuação deve ser de forma diversificada depende das ações reais e efetivas. [...] E sim os profissionais de segurança precisam viver intensamente, ou seja, ser parte desse processo.



 Enfatiza-se neste artigo acadêmico que as empresas e os porteiros não especializados começam a perder aceitação no mercado de trabalho, pois torna-se mais criteriosa a contratação dessa mão de obra para os residenciais. Tendo em vista o aumento da criminalidade e as falhas cometidas no acesso e decesso dos condomínios por esses funcionários, que desencadeava em ações onerosas e constrangedoras para os moradores, que por sua vez, exigem um melhor profissionalismo técnico dos prestadores de serviço.

 Segundo Romero (2014, p. 29):

Um dos itens principais de uma prestadora de serviços de portaria é o treinamento, ela deve ter uma grade de cursos para seus porteiros, seja no próprio condomínio, seja na sede da empresa. Uma administradora ou seu auditor devem se ater a esse assunto, pois treinamento hoje é primordial, é uma exigência mínima que as administradoras devem cobrar.



 Com base no parágrafo e na citação acima se evidencia um fato de extrema relevância, é inconcebível a desqualificação profissional dos agentes de segurança patrimonial/empresarial, incluindo gestores, supervisores, inspetores, zeladores e agentes de portaria, pois são os responsáveis direto pelo processo de triagem que ocorrem “milhões” de vezes ao dia no acesso condominial.

 Aponta-se também a importância das medidas qualitativas e atualizações constante nos meios auxiliares (físico, tecnológico e normativo), como fonte de preocupação e inibição para evitar o cometimento de atos delituosos pelo cidadão infrator, pois, o planejamento de segurança é pautado em cima de ações preventivas. A inovação constante desses meios para a prevenção de delitos, de certa forma impõe aos profissionais da área, uma qualificação no tangente ao perfeito manuseio de equipamentos e execução de normas.

 Para Dias (2013, p.13) as medidas qualitativas são fundamentais, visto que:

Entende-se que as implantações dessas medidas qualitativas se constituem como pertinentes a este período. Tendo em vista o momento delicado que o setor condominial tem passado. Que se tornaram verdadeiros atrativos para os freqüentes ataques dos criminosos agressores ao patrimônio condominial. [...] Por causa das enormes vulnerabilidades que foram surgindo ao longo de décadas.


 Ressalta-se, que a implantação de um aparato tecnológico agregado a uma portaria condominial, é inegável que são ferramentas que possibilitaram maior qualidade de serviço e eficiência para o gerenciador de portaria. Sendo que, é de fundamental importância o pleno manuseio dos equipamentos pelo funcionário responsável, ou pelo contrário, será apenas um equipamento decorativo.

Pradella (2015, p.79) tem o seguinte ponto de vista:

Sistemas de segurança, por mais sofisticados que sejam, inibem, mas não evitam ações como estas. Tudo isso é paliativo e nada funcionará se os funcionários não agirem com maior eficácia, ou seja, bem preparados e motivados, sejam funcionários do condomínio ou terceirizados. Isso não importa.               
        
 Atualmente analisa-se de forma mais profissional, ou seja, o trabalho preventivo, sendo exigido à qualificação profissional do funcionário para a autogestão (busca pessoal para aprimoração) da função para que o mesmo fora contratado, isso também implica em decisões mais assertivas frente a situações mais complexas do cotidiano. Levando-se em consideração a astúcia dos bandos especializados, que muito se aproveitaram das falhas dos agentes de portaria pela falta desse profissionalismo qualificado.

   Para Dias (2013, p. 14), os benefícios da formação e qualificação, “é o ganho de profissionais proativos e mais o fato de se poder contar com pessoas preparadas e com habilidade para executar a função com as distintas situações do cotidiano”. São alguns dos argumentos que justificam o investimento e a cobrança do treinamento específico para a equipe de portaria.

    Dias (2013, p. 14), ainda ratifica que:

Com capacidade de desenvolver técnicas que possam detectar os fatores causadores das vulnerabilidades. E ao mesmo tempo com medidas alternativas com ações que minimizam ou neutralizam. Este processo deixará os profissionais aptos para gerenciar e solucionar situações inesperadas. O alcance deste objetivo representa uma grande evolução neste novo ciclo da segurança. [...] Que envolvem as questões rotineiras da coletividade.



    Então fica compreendida da seguinte forma, a qualificação profissional no que diz respeito a controle de acesso condominial, surge pela imposição da criminalidade, ou seja, pela especialização do crime, desde a época em que se adentravam aos residenciais para furtar um simples objeto, até os dias atuais onde são planejadas de forma estratégicas e supervisionadas de forma minuciosa estas operações criminosas, para tomarem de assalto essas residências e auferir vantagens de forma ilícita.
    Para Romero (2009, p. 21-2):

[...] atualmente com o grande índice de invasões em edifícios, esses profissionais passaram a ser alvo dos bandidos. Sabedores da falta de conhecimento que eles tem em relação a roubos, furtos, assaltos e seqüestros, pois são, só atendente de público. [...] os porteiros tem que receber instruções e informações de como se portar, diante de um ladrão que através de várias artimanhas, tentam enganá-los.



    Consequentemente verifica-se que os profissionais da área de segurança visualizaram essa necessidade de aperfeiçoamento como uma necessidade para a manutenção da empregabilidade e para que esse profissional possa ser um dos principais obstáculos frente as ações criminosas. Fazendo uso correto de todos os equipamentos e processos de segurança, com intuito de inibir e/ou dissuadir as ações delituosas e também manter um relacionamento profissional e ético com moradores, visitantes entre outros.

    Após essa breve abordagem histórica referente ao princípio da formação de condomínios e da qualificação profissional condominial, o estudo em sequência irá discutir sobre os principais equipamentos que favorecem a segurança condominial, onde se faz necessário a presença do profissional qualificado. Por se tratar de diversos meios auxiliares com pequenas e até grande complexidade de manuseio.

2.2 PRINCIPAIS EQUIPAMENTOS QUE FAVORECEM A SEGURANÇA CONDOMINIAL
A gestão de segurança privada, discutida frente à insegurança generalizada, que hoje assola a sociedade em que vivemos, busca meios humano, mecânico e tecnológico como apoio ao combate á criminalidade, entre outros atos anti sociais previsto no Código Penal Brasileiro (CPB), haja vista, que a modalidade de segurança patrimonial preventiva empregada em condomínios que é adotada por um síndico e/ou gestor de segurança privada, está diretamente ligada à mudança de hábitos dos moradores (BRASIL, 1943).
Para intensificar a segurança em condomínios e contribuir para a inibição de crimes, mais que a implantação de recursos eletrônicos, a capacitação de porteiros e o uso de equipamentos tecnológicos adequados, corretos para cada ambiente, são itens decisivos para a eficiência de ações, evitando o desperdício de investimentos e ampliando a tranquilidade entre moradores (A SEGURANÇA...,2015, p. 01).



Segundo Holl (2015), os meios passivos e ativos usados para bloquear, impedir ou mesmo dissuadir a materialização da violência e da criminalidade são fundamentais para promover e manter a sensação de segurança dos condomínios, pois o uso de Sistemas Integrado de Segurança com equipamentos eletroeletrônicos adequados que emitem uma imagem em alta definição, bem como, os trabalhadores treinados e qualificados com emprego de normas e procedimentos de segurança patrimonial sempre padronizados.

No exercício da profissão, o gestor de segurança adota recursos preponderantes e busca apoio homogêneo no ambiente, pois conforme Segurança...(2015, p. 01):

O maior desafio da segurança de um condomínio é antever e dar soluções para situações de perigo. A responsabilidade é de todos. A maior arma utilizada pelos bandidos é o famoso fator surpresa, portanto, todos devem colaborar na prevenção.


Para Godoy (2005, p. 33), conceituando sobre a sinergia da segurança nos condomínios esclarece: “Os moradores precisam estar conscientes de que a segurança não é somente um dever do síndico ou dos empregados, mas responsabilidade de todos.”

Entretanto, constata-se que no mundo contemporâneo, o Brasil é um dos países que mais investem em segurança privada, com inovações e projetos que visam aumentar e manter a sensação de bem estar dos clientes, aprimorando conhecimentos e investindo em equipamentos diversos, ao passo que, o aquecimento de mercado apresenta produtos e serviços que aquecem a economia no país mesmo em tempos de crise, entre os mais variados equipamentos estão: programas de software, eletrônicos e tecnológicos.

Para Godoy (2005, p. 101), “atualmente existem no mercado os mais variados tipos de equipamentos eletrônicos de segurança à disposição dos usuários”. Assim, o cidadão brasileiro depende do auxilio dos equipamentos para promover a segurança privada.
Silva (2003, p. 02) conceituando segurança patrimonial explicita:

Casas, apartamentos, sobrados, zona urbana ou rural, cada um desses imóveis tem seu prol e contra; apenas uma coisa é certa: nenhum é totalmente seguro; contudo, para não ficar uma lacuna neste item, farei uma indicação: aproxime-se do exemplo ideal, um apartamento fechado, apartamento ou complexo empresarial fechado supervisionado por uma eficaz equipe de profissionais de segurança.


Com base neste cenário atual de insegurança, incertezas e da proliferação das ações delituosas, concorda-se que um dos equipamentos mais usados no auxílio a entrada e saída dos condomínios, além dos muros e portões que favorecem a segurança patrimonial,     são as câmeras de segurança, que são instaladas em lugares estratégicos e interligadas em um ou mais monitores, com as imagens que são vistas simultaneamente ou individualmente e dependendo da tecnologia instalada, poderá ser contemplada á longas distancias.

Holl (2005, p. 32) discorre:

A primeira forma de realizar a manutenção dos equipamentos de segurança é sem duvida alguma fazendo uso dos sistemas, acompanhando as gravações verificando assim o comportamento da solução no decorrer do tempo, verificando imagens tanto ao vivo como gravadas, podemos observar detalhes como se uma câmera foi reposicionada ou não, se ela foi obstruída ou não, se o sistema está gravando o tempo necessário.



Diante desses aspectos, são vários os estudos para conter o aumento da criminalidade e da violência e visando principalmente dissuadir as ações orquestradas para invadir as instalações físicas, fazendo a subtração dos bens alheio e gerando no ambiente total insegurança, e nesse caso aqui abordado os condomínios residenciais que contam com equipamento de segurança alambrado ou grades, que deverá dificultar a ações de marginais.
Para Silva (2003, p. 25), esclarece:

Geralmente são utilizados alambrados como uma barreira para impedir o trânsito indesejado de pedestres e veículos. São indicados para locais onde a visualização do exterior para o interior é necessária, como campo de futebol, estacionamento diversos e para cercar grande pátio de aeroportos, autódromo, áreas de recreação, preservação dentre outros.


Portanto, os investimentos dos síndicos e administradores de condomínios nunca devem ser contidos ou retirados da pauta de assunto nos condomínios, pois as estratégias variam e dependem de fatores como, por exemplo, a localização do condomínio que influenciam diretamente no bolso do cliente. Dessa forma, os condomínios devem conter planos de contingência que sejam elaborados por pessoas capacitadas (gestores de segurança privada).

Conforme Holl  (2015, p. 32), “existem soluções de segurança eletrônica para todos os gostos e para todos os bolsos, vai depender da real necessidade de segurança que a residência ou condomínio precisa”. Dessa forma, o sindico tem a obrigação de pesquisar os preços de mercado que mais cabem no orçamento do condomínio.

Nota-se que são variáveis os tipos de equipamentos de segurança que o mercado oferece, entre eles os mais comuns que são utilizados: sensores ou alarmes e também as cercas elétricas. Contudo, existem outros equipamentos eletrônicos que já estão no mercado, porem o alto custo acaba por inviabilizar a compra destes equipamentos de ponta.
Godoy (2005, p. 103-10) comenta:

O ideal é adquirir um sistema de alarmes sobre situações incomuns em residências ou condomínios, tais como violação de procedimentos e locais, roubos furtos alagamentos, incêndios [...]. Pode-se determinar com precisão qual o ponto dentro do perímetro da cerca que foi invadido, facilitando bastante o trabalho do corpo de vigilância para detectar e interceptar os intrusos.



  Contudo, outro tipo de equipamentos com utilidade no processo de entradas e saídas de condomínios, são os portões eletrônicos que funcionam através de um botão de controle com o objetivo de liberar e controlar a distância a entrada de usuários, além de oferecer segurança ao porteiro e facilitar o controle de acesso aos usuários que trafegam no local. evitando a exposição desnecessária do funcionário ao risco iminente de uma abordagem.
  Para Segurança... (2015, p. 01):

Para a entrada e saída de veículos, é importante utilizar um sistema de eclusa, fazendo com que o morador acesse dois portões ao chegar. O primeiro de acesso direto, podendo ser feito através de fechadura eletrônica. Já o segundo, seria aberto pelo porteiro, após visualização ampla de quantas pessoas estão no carro e identificação do veículo. O mesmo pode ser aplicado para pessoas a pé, envolvendo sistemas de circuito eletrônico para o local de entrada [...]


  A evolução dos equipamentos avança rapidamente com o auxílio da tecnologia, muitas são as novidades e tendências que surgem de tempos em tempos, entre elas citam-se: cartões de smartcard, biometria, vídeos porteiros, my home, além de cursos e treinamentos mais avançados para os porteiros que operam tais equipamentos sofisticados, dentre outros.

Segundo Souza (2010, p. 119), referindo-se sobre a tecnologia de cartão inteligente sem contato destaca:
A tecnologia de cartão inteligente sem contato (smart card contactless) pode ser uma tendência permitir a distribuição da inteligência, propiciando vantagens em termos de segurança, operação “off-line” e flexibilidade de integração de outras aplicações.


Dessa forma, considera-se que não há uma medida eficaz para zerar os riscos que virão surgir, porém, as ações preventivas e corretivas bem como os equipamentos adquiridos, juntamente com os profissionais que atuam na portaria para mitigar as invasões, ameaças de bombas, furtos, roubos, sequestros, sabotagem e todas as formas e tipos de atos delituosos e a violência que tanto ameaça a vida das pessoas, devem estar em perfeita sintonia para promover a sensação de segurança dos usuários e colaboradores do condomínio.

Posteriormente o estudo caracterizará a respeito de equipamentos que auxiliam a segurança em condomínios, de suma importância no auxílio ao combate a violência em todos os aspectos no âmbito dos condomínios, pois na sequência serão abordados materiais sobre medidas atitudinais da comunidade condominial em prol da segurança e diminuição de delitos.

2.3 MEDIDAS ATITUDINAIS DA COMUNIDADE CONDOMINIAL EM PROL DA SEGURANÇA E MITIGAÇÃO DE DELITOS

Até pouco tempo, tinha-se a cultura de responsabilizar os agentes de segurança que atuam na portaria pelo processo de controle de acesso que ocorre nos condomínios, creditando aos mesmos toda a responsabilidade pelas ações criminosas ocorridas no residencial, e esses fatores acabam por imputar a responsabilidade da gestão de segurança aos agentes, o que implica em um tipo de autotutela (poder da administração de corrigir seus atos). Pois, não se conheciam a estrutura do local de trabalho, qualificação do profissional e a real função e procedimento de cada pessoa do contexto condominial.

Conforme Responsabilidades... (2014, p. 01), em relação a segurança patrimonial adverte:
Todavia, na maioria dos locais, se fosse estabelecidas regras objetivas e preventivas, impreterivelmente escritas e divulgadas, sua eficácia tornaria-se verdadeiras prevenção de segurança patrimonial e dos que convivem naquele complexo, muitas vezes, sequer com a necessidade de equipamento.


Acredita-se que todos os condôminos devem estar em sintonia com a segurança do condomínio, principalmente quando reporta-se ao controle de acesso, segurança não é somente a sensação que os porteiros, vigilante e os sistemas de monitoramento nos proporcionam, mas sim uma parte que atua de forma uniforme com as demais nos condôminos, que por sua vez, quando as normas e os procedimentos de segurança são cumpridos no condomínio, com certeza podem ajudar a minimizar quaisquer ações criminosas.

Romero (2009, p. 52), destaca:

Um condômino interessado deve procurar saber se em sua portaria existe o manual do condomínio, caso contrário deverá também colocar em pauta numa reunião. O manual de normas e procedimentos que é baseado no estatuto do edifício.



Vale ressaltar que o síndico deve fomentar periodicamente convocações de reuniões e assembléias condominiais, onde se devem aborda e incluir novos procedimentos e diretrizes para diminuir as vulnerabilidades no controle de acesso, para que todos possam participar do melhoramento da segurança do condomínio, e seus moradores e até mesmo dos visitantes. Pois a segurança é desenvolvida com a participação em conjunto.
Para Romero (2009, p. 15), o mesmo esclarece que: “as invasões, sequestros, arrastões e roubos que ocorrem nos condomínios, na sua maioria, são justamente, a falta de conhecimento do morador com relação à segurança própria e do condomínio”.

 Observa-se que a distração na portaria dos condomínios é de certo um dos principais motivos para que os criminosos atuem sem ser notados, pois atuam em cima dos erros básicos cometidos pelas vitimas, esse erros tornam-se risco iminente (algo que está prestes a acontecer) causado muitas vezes pelo próprio morador, que cria o hábito de  conversar com os porteiros na entrada ou saída do residencial, expondo sua vida pessoal e até a de seus familiares, esquecendo do relacionamento profissional com funcionários.

Para Romero (2014, p. 15):

Os bandidos são perversos, para eles não há limites. Alguns com sua audácia conseguem criar artimanhas de comparecer no edifício e se passarem por algum entregador, pedir informações ao próprio porteiro se tal morador irá viajar em breve ou esta com alguma viagem marcada e até ligar para a empregada doméstica, motorista ou outro empregado, com a finalidade de obter essas informações. Portanto todo cuidado é pouco.


Na grande parte das situações que ocorre atraso na portaria do condomínio, com entregadores, prestadores de serviço e mesmo com visitas, causando transtorno em algumas situações. O problema é causado na maioria das vezes pelo morador, que por sua vez, não informa a portaria que irá chegar uma empresa para fazer determinado trabalho na sua residência ou os seus familiares vão chegar para fazer uma visita. Pois, essas informações devem ser detalhadas e entregue a portaria antes da chegada dos visitantes.
Romero (2009, p. 11), expõe que:


Por definição, o porteiro não tem como atribuição impedir uma ação criminosa, mas tem por obrigação da função, não deixar o edifício ser invadido por meliantes, pessoas mal intencionadas e não autorizadas, controlando a abertura dos portões e os acessos das pessoas, apesar dos poucos recursos materiais, físicos, escassos treinamentos e raros respaldos dos próprios moradores, que essa função tem.

      
Considera-se que a equipe de portaria, tem grande responsabilidade na segurança condominial, são responsáveis por autorizar ou não a entrada de pessoa que não seja morador, como prestadores de serviços, que por sua vez tem a obrigação de informar os dados da empresa e dos funcionários que efetuarão o serviço. Só assim a portaria pode liberar o acesso, e embora familiar de condôminos, a portaria só deve permitir o acesso mediante autorização do proprietário da residência, ou pelo interfone, autorizado por algum morador.

Para Queiroz (2012, p. 135), o mesmo afirma que:

De tudo se conclui que é preciso treinar e treinar os porteiros do prédio, se quisermos aumentar sua eficiência e a segurança do condomínio. O treinamento contínuo é fundamental, pois grande parte dos empregados no setor recebeu pouca instrução formal, não estando preparada para funções que exijam maiores qualificações.



Atualmente já se desenvolve uma análise mais profissional a esse respeito, isso graças aos profissionais especializados e gestores de segurança privada, que ao desenvolverem projetos e planos de segurança, análise de risco, vulnerabilidade, medidas preventivas entre outros, comprovam que a segurança nos residenciais é responsabilidade de todos na comunidade condominial, e não somente dos porteiros e seguranças.


3 MÉTODO



 No desenvolvimento dessa pesquisa bibliográfica iniciada no mês de fevereiro de 2016 e com término em junho de 2016 optou-se por abordagem sobre a relevância da temática; SEGURANÇA EM CONDOMÍNIO: a importância do controle de acesso.
 O estudo abordado no presente artigo científico com revisão bibliográfica trata-se de uma releitura dos principais e atuais bibliografias empregadas neste seguimento especializado da segurança privada, tendo como principais fontes de informações: livros, artigos online, revistas especializadas, dentre outros, os principais autores de referências foram: Romero (2014, 2009); Dias (2013); Godoy (2005); Munis (2006) e outros que tratam da temática da pesquisa em questão.

 Segundo Lakatos e Marconi (2010, p. 66):

A pesquisa bibliográfica trata-se o levantamento, seleção e documentação de toda bibliografia já publicada sobre o assunto que está sendo pesquisados, em livros, revistas, jornais, boletins, monografias, teses, dissertações, material cartográfico, com o objetivo de colocar o pesquisador em contato direto com todo material já escrito sobre o mesmo.


 Pesquisado e discorrido o levantamento bibliográfico, as informações foram analisadas e interpretadas coerentemente para que os resultados apresentados venham contribuir para a construção de um cenário de análise crítico e preventivo a cerca da problemática exposta neste artigo de revisão bibliográfica.

 Verifica-se que o gestor de segurança empresarial que atua em condomínios, deve apresentar atitudes e desenvolver atividades necessárias que evidencie uma boa relação e integração de grupos nas diversas dimensões do âmbito condominial, como por exemplo: relações humanas, profissionais, administrativas entre outras.

 Para Almeida (apud KREMER, 2015, p. 01): “O melhor resultado é alcançado pela integração humana, eletrônica e organizacional, destacando-se atitude de condôminos, porteiros e vigilantes; sendo fundamental para eficiência do controle de acesso”. É evidente a importância do gestor de segurança na condução desse processo integracional, para o êxito da segurança em condomínio.

  Mediante a qualificação profissional, ação em conjunto e a supervisão de um profissional especializado na área de segurança privada,   apresenta-se como resposta um trabalho sistêmico e harmônico de toda a comunidade condominial, proporcionando a eficiência do controle de acesso, conseqüentemente fomentando a sensação de segurança no ambiente habitacional.

4 RESULTADOS E DISCUSSÕES
 A pesquisa desenvolvida foi embasada em obras de autores com grande conhecimento e/ou proficiência e os demais especialistas nas áreas de segurança privada e pública, com intuito de galgar melhorias e propiciar maior conhecimento no que diz respeito a segurança em condomínio, ou seja, sendo direcionada especificamente ao controle de acesso condominial. Visando a sua importância e quais aspectos devem melhorar, pois nota-se que a grande maioria de ações criminosas ocorrem pelo acesso dos residenciais.
 Pensamento compartilhado por Almeida (apud KREMER, 2015, p.08):


É por ali que entram e saem todos os moradores, prestadores de serviços e visitantes. É também por ali, motivado pela falta de estrutura técnica e organizacional, que entram as ameaças [...]. As empresas entendem que o diferencial está na qualidade do serviço prestado e, por consequência, investem na formação destes profissionais.

                           

 Verifica-se a oportunidade e a necessidade de se implantar uma portaria com controle de acesso totalmente integrada com moradores, funcionários, prestadores de serviço e também com os órgãos da segurança pública. Expondo-se que para promover a sensação de segurança, depende e é responsabilidade que cada pessoa tem como parte integrante da comunidade do condomínio e não apenas das equipes responsáveis pelo acesso.
 Dias (2013, p.16) enfatiza que:       

[...] é importante compreeder que não basta esperar somente pelo profissional de segurança. Está mais do que comprovado que, a segurança condominial hoje é um problema coletivo. E que você deve ser parte fundamental para uma melhor funcionalidade na segurança condominial. [...] esta consciêcia vai muito além do dever do cumprimento de todas as normas e procedimentos da segurança interna.



Compreende-se, que os moradores se envolvam em conhecer de que maneira está sendo conduzida a Gestão de Segurança no local. Quem são os funcionários que compõem este quadro funcional da segurança em seu residencial, e como este processo de segurança funciona. Pois dessa forma pode-se familiarizar e se integrar a rotina de trabalho do controlador de acesso, vindo a comprovar a real necessidade, ou não de toda a burocracia no controle de acesso, podendo participar das reuniões com a comissão de segurança do condomínio, fazendo suas solicitações com conhecimento de causa.
 Romero (2014, p. 21), complementa:

Portanto, cada condômino deve se interessar por qual empresa seus porteiros foram contratados, pois muitas delas não possuem uma mínima estrutura para assessorá-los e treiná-los. Porteiros devem ser diferenciados dos demais empregados, pelo fato de suas atribuições serem totalmente diferente das demais, são eles que tomarão conta da segurança do prédio.



 Acredita-se que o intuito desse estudo é deixar esclarecido que a implementação de uma triagem na portaria é de fato uma “ferramenta” de suma importância para a inibição e mitigação das ações criminosas, desde que ocorra a conscientização da responsabilidade, de que todos são engrenagens de um único sistema, onde um depende da contribuição do outro para apresentar um serviço satisfatório, e por consequência, provedor da tão almejada sensação de segurança nos condomínios.


5 CONCLUSÃO

          Constata-se que, a sociedade brasileira está sendo acometida e envolvida pela segregação que é ocasiona pela insegurança ou sensação de insegurança, sendo traduzida na forma de violência: furtos, roubos, assaltos, agressões, seqüestros entre outros. Sendo exigido na atualidade com mais ênfase a presença da segurança privada, com gestores especializados, profissionais operacionais capacitados, legislações, normatizações e aparatos tecnológicos adequados; para o restabelecimento da ordem, ou seja, da sensação de segurança.

          O estudo bibliográfico em questão aborda com o objetivo de investigar a segurança em condomínio: a importância do controle de acesso. Desenvolvido com embasamento em “ponto de vistas”, parecer e pesquisa de campo de diversos autores especializados em segurança privada e até mesmo em segurança pública; as informações absorvidas permitem identificar que o controle de acesso é uma estratégia muito eficiente, entre tanto, algumas medidas necessariamente deverão ser adotadas para sua eficácia.

          Acredita-se ser inegável que a equipe profissional de controle de acesso, tem uma responsabilidade muito grande no pleno êxito do objetivo principal (sensação de segurança), pois o sucesso depende bastante de sua atenção, dedicação e procedimentos. Toda via, será a soma do controle de acesso com o desempenho de cada um da comunidade condominial, que trarão resultados satisfatórios ao residencial.

          Detecta-se que, não é o bastante possuir toda uma parafernália eletrônica como: portão eletrônico, catracas, tags, smart card, sensores biométricos, sistema de CFTV e muitos outros dispositivos acessórios de triagem de acesso, se antes de tudo, não houver investimentos na qualificação, capacitação e valorização do profissional que irá gerenciar o controle de acesso, pois, será ele possivelmente o primeiro e principal contra ponto para a desmotivação das ações de criminosos.

          Verifica-se pontos que contribuem muito para a satisfação no sistema implantado, pois o gestor de segurança e seus profissionais de operação precisam estar em “sintonia” e comprometidos no relacionamento profissional entre si, e para com os demais da comunidade habitacional. Buscando um relacionamento ético, transparente e de simpatia com os moradores, almejando a contribuição de cada um no tocante a segurança, ou seja, proporcionando a eficiência do controle de acesso no condomínio.

          Percebe-se que as dificuldades de relacionamentos entre o quadro de funcionários da portaria, com moradores, visitantes, empresas terceirizadas e funcionários, acaba sendo um dos principais pontos de vulnerabilidade para ações criminosas, juntamente com a desqualificação dos funcionários responsáveis pela triagem (manipulação de equipamentos, execução e normatizações de procedimentos).

         Para Dias (2013, p. 09):
Existem alguns fatores que podem agir de uma forma direta para o sucesso ou para o fracasso de uma idéia. Primeiro: Esta idéia deve se fazer conhecida, principalmente por aqueles que podem de alguma forma contribuir para promoção desta idéia. [...] precisa haver uma boa aceitação. Existem idéias que são excepcionais, mas, porém, não tem poder de aceitação. Desta forma torna-se difícil de ser promovida.


          Neste sentido cabe aos gestores de segurança, administradores, síndicos, zeladores e comissão de segurança do condomínio a responsabilidade e a ciência que existe uma dificuldade de relacionamento entre o controle de acesso e seus usuários. Pois, não basta apenas implantar um controle de acesso, isso é fato, mas também adotar medidas complementares que promova uma política democrática de aceitação e apoio ao sistema implantado para a segurança habitacional.

        
            REFERÊNCIAS

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SOUZA, M. B. Controle de Acesso: conceitos, tecnologias e benefícios. 1. ed. São Paulo: Sicurezza, 2010.



Quem sou eu

Belém, Pará, Brazil
Técnico de Segurança do Trabalho (Bombeiro Civil), Analista de Segurança em Riscos Empresariais e Corporativos, Graduado a nível de Tecnólogo em Gestão de Segurança Privada com Pós-Graduação em Recursos Humanos.

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