Outro brilhante Trabalho de Conclusão de Curso dos alunos do Curso do eixo Tecnólogico das Faculdades Integradas Ipiranga (Belém/Pará) onde a Metodologia empregada foi o Artigo Cientifico com base em revisão bibliográfica de outros autores. O tema abordado foi a Segurança em Condomínios. Um tema bastante atual e que está de forma corriqueira na mídia, expondo as fragilidades dos condomínios.
Mais uma vez fica aqui os meus eternos agradecimentos por mais esta oportunidade de ser o orientador de vocês e pela ajuda que nos dada pela professor André Maia (Metodologia Cientifica).
Parabéns.
Atenciosamente.
André Luiz Padilha Ferreira.
Orientador de Trabalho de Conclusão de Curso.
Faculdades Integradas Ipiranga.
SEGURANÇA EM CONDOMÍNIO: a importância do controle de acesso¹
Edson Macedo
Dias²
Fábio
Tavares Cardoso³
João Danival
dos S. Gonçalves4
André Luiz Padilha
Ferreira5
RESUMO
Este artigo de revisão
descreve A SEGURANÇA EM CONDOMÍNIO: a importância do controle de acesso. O
objetivo do estudo é promover a sensação de segurança nos condomínios e suas
adjacências refletindo as atribuições do gestor de segurança e/ou sindico,
ofertando condições seguras que promovam o controle de entradas e saídas que
favoreçam a todos os moradores e usuários que convivem dentro das instalações
físicas. Dessa forma, os equipamentos eletrônicos e mecânicos influenciam de
forma direta no controle de acessos ao condomínio, auxiliando os agentes de
portaria, criando ótimas condições de trabalho no ambiente condominial que
viram obter melhores resultados e estimular o bem estar. A pesquisa foi
desenvolvida por meio de um levantamento bibliográfico, apresentando fontes
como: livros, artigos on line, revistas especializadas dentre outros. Os
autores principais pesquisados foram: Dias (2013), Godoy (2005), Holl (2015),
Romero (2014, 2009), Pradella (2015). Recomenda-se necessário um levantamento
crítico (análise de risco) da localização do condomínio feito por um gestor de
segurança,administrando conflitos e assumindo responsabilidades com práticas
qualitativas e dinâmicas em segurança condominial, formando profissionais
capacitados para combater a violência interna e externa. Contudo, o gestor de
segurança privada deve desenvolver projetos inovadores e buscar soluções que
possam minimizar riscos durante sua gestão que garanta estratégias
inteligentes, inserindo uma segurança de qualidade. Dado o exposto, faz-se necessário
a presença de um profissional de segurança, no meio social para garantir a
sensação de tranquilidade no ambiente condominial.
PALAVRA
CHAVE: Segurança
condominial. Controle. Acesso.
ABSTRACT
This review article describes SAFETY IN CONDOMINIUM: the importance of access control. The
objective is to promote a sense of security in the condominium and its
surroundings reflecting the tasks of the security manager and / or trustee,
offering safe conditions that promote the control inputs and outputs to
encourage all residents and users who live within physical facilities. Thus,
the electronics and mechanical influence directly in control of access to the
condominium, helping concierge agents, creating optimal working conditions in
the condominium environment that saw better results and encourage well-being.
The research was developed through a literature, presenting sources such as
books, online articles, journals and others. The main authors surveyed were:
Days (2013), Godoy (2005), Holl (2015), Romero (2014, 2009), Pradella (2015). a
critical survey recommended if necessary (risk analysis) of the condo location
made by a security manager, managing conflicts and assuming responsibilities
with qualitative and dynamic practices in condominium security, forming trained
professionals to combat internal and external violence. However, the private
security manager should develop innovative projects and seek solutions that can
minimize risks for their management to ensure smart strategies by inserting a
quality security. Given the above, it is necessary the presence of a security
professional in the social environment to ensure the feeling of tranquility in
the condominium environment.
KEYWORDS: Condominium security. Control. Access.
_______________________
¹Artigo de revisão
bibliográfica apresentado as Faculdades Integradas Ipiranga para obtenção do
grau Tecnológico em Gestão de Segurança Privada, 2016.
²Discente do curso de
graduação tecnológica em Gestão de Segurança Privada, das Faculdades Integradas
Ipiranga. E-mail: edsondias_2608@hotmai.com
³Discente do curso de
graduação tecnológica em Gestão de Segurança Privada, das Faculdades Integradas
Ipiranga. E-mail: fabiocardoso.10@bol.com.br
4Discente do curso de
graduação tecnológica em Gestão de Segurança Privada, das Faculdades Integradas
Ipiranga. E-mail: goncalvesojaram@hotmail.com
5Docente,orientador dos
cursos de graduação Tecnológica em Gestão de Segurança Privada das Faculdades
Integradas Ipiranga. E-mail: anpadilha.ferreira@gmail.com
1 INTRODUÇÃO
Este artigo de revisão bibliográfica busca
abordar a SEGURANÇA EM CONDOMÍNIO: a
importância do controle de acesso nos condomínios residenciais fechados,
tendo como suporte para esse objetivo o trabalho sistêmico entre profissionais
qualificados, tecnologias e condôminos. Com essa interação a eficácia do
controle de acesso será satisfatória, proporcionando a tão almejada sensação de
segurança.
Tendo em
vista que a moradia em residenciais está relacionada diretamente com segurança
e tranquilidade pelo fato de seus moradores estarem cercados por barreiras
físicas, equipamentos eletrônicos, porteiros, vigilantes entre outros; porém é
importante ressaltar que não é possível eximir a parcela de responsabilidade da
comunidade condominial para que o processo de segurança venha surtir o efeito
desejado.
Como explana
Godoy (2005, p. 26):
O mais importante é
saber que dentro do esquema de segurança do condomínio existe uma engrenagem, e
cada peça dessa máquina deve estar consciente de sua importância. O trinômio
sindico/administrador-condôminos-empregados deve estar sempre bem entrosados.
Estatísticas demonstram que cerca de 90% das
entradas ou invasões a condomínios residenciais ocorrem pela portaria, ou seja,
devido a falta de “sintonia” entre agentes de portaria, equipamentos
tecnológicos e moradores. Pois são os principais pontos de vulnerabilidade no
esquema de segurança condominial, observado por intruso e quadrilhas
especializadas em furtos e assaltos em espaços privativos (DIAS, 2013).
Romero
(2014, p. 28) evidencia que:
De acordo com as
estatísticas, o volume de assalto, seqüestro e invasões em edifícios, vem crescendo
assustadoramente. Os bandidos estão se planejando muito bem para isso, o que
não deixa de ser, de certa forma, fácil, pois eles estão notando as falhas dos
condomínios.
Enfatiza-se que os locais são
analisados pelos meliantes, para detectarem quais as vulnerabilidades para suas
investidas criminosas. Pois constata-se que a portaria vem sendo um grande
atrativo para essas ações, embora permaneça vigilância diuturnamente, ainda
falta preparo profissional tanto para os funcionários como para os condôminos, que
tornam-se alvos em potenciais aos marginais.
Godoy (2005,
p. 18) tem sua afirmação a esse respeito:
[...] foi constatado
que, na grande maioria das vezes, a entrada se deu pela portaria principal do
prédio, em razão de os porteiros, por desatenção ou mesmo inexperiência, terem
sido enganados pelos meliantes; outro tanto se deu pelo descuido dos moradores.
Percebe-se
que determinadas falhas ocorrem e poderiam ser evitadas havendo informações
básicas ou estratégicas. “Isso geralmente acontece por falta de informações que
o condômino deve ter e que deve ser passada pelos administradores, síndicos e
pela prestadora de serviços de segurança e portaria, através de informativos
constantes” (ROMERO, 2014, p.15).
Tendo em vista e ratificando os posicionamentos
dos autores, nota-se que para a segurança dos residenciais é de extrema
relevância a qualificação profissional dos responsáveis pelo acesso condominial,
assim como, a publicidade das normas e procedimentos de segurança privada no
que tange ao controle de acesso e envolvimento de moradores, visitantes,
funcionários e prestadores de serviço (comunidade condominial).
Romero
(2014) a esse respeito indaga se haveria mágica para acabar com isso? E ao
mesmo tempo responde que não, mas existiria sim vários meios para diminuir esse
percentual que vem em uma crescente diária, havendo interesse da grande maioria
dos moradores em se interar, integrar e interagir com a segurança do prédio,
podendo esse índice chegar à zero.
Dias (2013, p.16), ressalta que:
[...] Esta mais do que
comprovado que, a segurança condominial hoje é um problema coletivo. E que você
deve ser parte fundamental para uma melhor funcionalidade [...] No entanto a
falta da obrigatoriedade no cumprimento dos procedimentos por parte dos
moradores e visitantes e outros, é um fator muito preocupante. Que além de
deixar o sistema muito vulnerável, pode aumentar consideravelmente o risco de
ameaça para a coletividade condominial.
O controle de acesso é o fator preponderante
mais simples para galgar a sensação de segurança nos lares residenciais, pois,
será a implementação e implantação de um controle de acesso (identificando,
restringindo ou liberando pessoas, veículos e insumos), que possibilitará a
segurança de todos. Desde que funcione como engrenagem de um sistema envolvendo
a comunidade condominial.
Para Munis (2006), esses controles destinam-se
a regulamentar o acesso e a circulação de pessoas, veículos e cargas as
dependências de condomínios comerciais e residenciais, indústrias, pólos de
tecnologia e de todo tipo de atividade que requeira e tenha a necessidades de
organizar a entrada e saída em seus estabelecimentos e/ou empresas, identificando
todos os usuários que acessem e circulem no local.
Barbosa (2015, p. 01), explicita que:
A eficiência do
controle de acesso de um condomínio passa por três etapas essenciais:
equipamentos adequados à situação, uma equipe de segurança bem treinada e
rígida e moradores conscientes que respeitem as regras. Uma coisa está
interligada a outra e não é possível que o sistema funcione plenamente se
alguma dessas partes não funcionar.
Então, partindo-se do fato que a qualificação
profissional e o processo de conscientização da comunidade condominial são essenciais
para um bom serviço de segurança em condomínio, ainda temos outro aspecto de
suma importância que é a implementação de barreiras físicas e de todo um aparato
tecnológico que nas proporções adequadas fazem o complemento desejável para
qualquer gestor de Segurança Privada.
Romero (2009, p. 22), afirma:
O
simples fato da implantação de um bom Circuito Fechado de Televisão (CFTV), por
empresa qualificada, em locais estratégicos dos residenciais já inibe bastante
as ações de infratores, em virtude da distribuição das câmeras em determinados pontos
sensíveis dos condomínios.
Absorve-se que para o desenvolvimento de um
serviço de qualidade aceitável, são de fundamental importância a qualificação
profissional, o comprometimento da comunidade condominial, o emprego de barreiras
físicas e os implementos eletrônicos. Assim, como também o acompanhamento e a
busca por inovações do mercado de segurança, procurando manter-se sempre a
frente da incansável astúcia criminosa.
O estudo foi desenvolvido a partir de revisão
bibliográfica, tendo-se como principais instrumentos de pesquisa: livros,
artigos online, revistas entre outros recursos, os principais autores de
referência foram: Romero (2009, 2014), Dias (2013), Munis (2006), Barbosa (2015),
dentre outros que abordam o presente tema em questão.
O estudo bibliográfico destaca a seguinte
problemática: Em vista as notórias tomadas de assaltos e furtos a condomínios
residenciais, surge a necessidade de medidas para conter tais atitudes
delituosas. Como implementar o controle de acesso a essas condicionantes em
favor da segurança condominial?
Diante do argumento surgem as seguintes
questões norteadoras: existe qualificação profissional específica para que se
possa implementar de forma consistente as medidas de segurança condominial ao
controle de acesso? Os equipamentos de segurança onde citamos os seguintes exemplo:
câmera nos ambientes internos e externos, catraca eletrônica, cancela
eletrônica, cartões tipo smart card
ou mesmo controle de acesso com emprego da biometria dentre outros tipos de recursos
em que efetivamente contribuem para
segurança condominial? De que maneira o envolvimento da comunidade condominial
em prol da segurança favoreceria a mitigação de delitos?
O presente artigo apresenta como objetivo
geral: Analisar medidas de segurança condominial, a partir do controle de
acesso e envolvimento dos segmentos da comunidade condominial. Enquanto
objetivos específicos pretendem-se: discutir a qualificação profissional para
implementação de medidas de segurança patrimonial relacionadas ao controle de
acesso; descrever os equipamentos que favorecem a segurança condominial;
caracterizar o envolvimento da comunidade condominial em prol da segurança e
efetiva mitigação dos delitos.
O estudo da revisão bibliográfica foi
estruturado da seguinte maneira: inicialmente a contextualização histórica sobre
qualificação profissional em segurança condominial; na sequência discutiu-se com
ênfase sobre os equipamentos eletrônicos, que em tese e na prática do dia dia
favorecem a segurança patrimonial. E finalmente o envolvimento da comunidade
condominial em prol da segurança e nos atos de mitigação dos atos antissociais
(delitos) descritos no Código Penal Brasileiro (CPB de 1943).
A partir dessas questões serão aprofundadas
discussões no sentido de buscar meios e métodos para refletir sobre a
importância do controle de acesso nos condomínios residenciais, tomando por
base o referencial teórico. Diante o contexto, compreender a real importância e
eficácia do sistema de controle de acesso condominial.
2
REFERÊNCIAL TEÓRICO
2.1 CONTEXTUALIZAÇÕES HISTÓRICA SOBRE A QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL EM
SEGURANÇA CONDOMINIAL
A princípio as construções com essa
configuração atual que verifica-se de condomínios, surgiram com o simples
objetivo de fornecer abrigo, moradia ao povo, sem estabelecer relevância as
outras necessidades, como por exemplo a segurança no acesso desses locais.
Muitas vezes sem a presença física de alguém para fazer o controle na entrada e
saída de condôminos, visitantes, funcionários, veículos entre outros.
Observa-se em Contreras e Dolci (2007, p. 09):
[...] povo romano e a
dificuldade na época em adquirir moradias completamente independentes em suas
comunidades, que não dispunham de grandes espaços para construções [...] Na
cidade de Grénoble, na França em
1720, a idéia de construir pequenos edifícios para acomodar várias famílias foi
usada para abrigar cerca de oito mil moradores que perderam as casas em um
incêndio.
Algum tempo depois da implantação desse novo
modelo de moradia, observou-se que algo deveria ser desenvolvido para se ter um
melhor controle de quem realmente fazia parte da comunidade e uma maior
sensação de segurança. Pois percebeu-se a grande circulação de pessoas
estranhas a comunidade e a subtração de pequenos objetos (furtos) e até animais;
pois faltava uma gestão focada com conhecimento específico no processo de
controle de acesso para prover uma triagem a comunidade.
Chega a uma época em que, já não há segurança
de fato e nem tão pouco, a sensação, como em outra época existira. Dias (2013,
p. 84) descreve esse fato destacando dois aspectos: “antigamente para nos
sentirmos seguro não necessitávamos tanto da segurança pública; e a
especialização das práticas criminosas voltadas para esse setor”. Observa-se
que os fatores citados são indicadores que apontam essa insegurança.
Logo, percebe-se que há a extrema necessidade
de controlar, restringir, até mesmo por motivo de segurança o acesso de
determinadas pessoas, tipos de serviços ou mesmo produtos a essas comunidades
em horários e datas específicas. Então são empossados determinados porteiros ou
vigias: amigos, parentes, moradores, ou seja, qualquer um para desenvolver a função,
pois se tinha a visão que o fato de uma pessoa estar no local já seria o suficiente
para se ter a sensação de segurança.
Romero (2009, p. 11) cria a seguinte situação:
“Um morador, ao atender a porta do apartamento, vê-se de frente com um estranho
que não fora autorizado por ele, pois o porteiro não informou, por algum motivo
ou problema”. Observa-se a falta de qualificação profissional e/ou ausência de
normas e procedimentos.
Constata-se que a inexistência de uma política
de segurança formatada a realidade do local, ausência de normas e procedimento
operacionais para as situações de rotina do condomínio, em suma o planejamento
de segurança foi mal elaborado, pelo fato de não haver no condomínio um
profissional especializado em segurança empresarial, junto ao despreparo de
funcionários culminam em vulnerabilidade, expondo ao risco o próprio agente de
portaria, assim como toda a comunidade que ali reside.
Verifica-se que no decorrer do tempo com a
crescente da violência, furtos e assaltos a residenciais, fica evidente que o
simples “vigia” já não é mais sinônimo de segurança e torna-se necessário o
emprego da mão de obra especializada (orgânica ou terceirizada) e normatizações
de procedimentos no que tange ao controle de acesso.
A posição de Dias (2013, p. 35) a esse
respeito é enfático ao afirmar:
[...] a presença de
alguém que se apresentasse com um distintivo a fim de representar uma empresa
prestadora de serviços de segurança. Isso batava para representar um estado de
sensação de segurança. Mas hoje estamos em outra realidade onde a atuação deve
ser de forma diversificada depende das ações reais e efetivas. [...] E sim os
profissionais de segurança precisam viver intensamente, ou seja, ser parte
desse processo.
Enfatiza-se neste artigo acadêmico que
as empresas e os porteiros não especializados começam a perder aceitação no
mercado de trabalho, pois torna-se mais criteriosa a contratação dessa mão de
obra para os residenciais. Tendo em vista o aumento da criminalidade e as falhas
cometidas no acesso e decesso dos condomínios por esses funcionários, que
desencadeava em ações onerosas e constrangedoras para os moradores, que por sua
vez, exigem um melhor profissionalismo técnico dos prestadores de serviço.
Segundo Romero (2014, p. 29):
Um dos itens
principais de uma prestadora de serviços de portaria é o treinamento, ela deve
ter uma grade de cursos para seus porteiros, seja no próprio condomínio, seja
na sede da empresa. Uma administradora ou seu auditor devem se ater a esse
assunto, pois treinamento hoje é primordial, é uma exigência mínima que as
administradoras devem cobrar.
Com base no parágrafo e na citação
acima se evidencia um fato de extrema relevância, é inconcebível a
desqualificação profissional dos agentes de segurança patrimonial/empresarial,
incluindo gestores, supervisores, inspetores, zeladores e agentes de portaria,
pois são os responsáveis direto pelo processo de triagem que ocorrem “milhões”
de vezes ao dia no acesso condominial.
Aponta-se também a importância das medidas
qualitativas e atualizações constante nos meios auxiliares (físico, tecnológico
e normativo), como fonte de preocupação e inibição para evitar o cometimento de
atos delituosos pelo cidadão infrator, pois, o planejamento de segurança é
pautado em cima de ações preventivas. A inovação constante desses meios para a
prevenção de delitos, de certa forma impõe aos profissionais da área, uma
qualificação no tangente ao perfeito manuseio de equipamentos e execução de
normas.
Para Dias (2013, p.13) as medidas qualitativas
são fundamentais, visto que:
Entende-se que as
implantações dessas medidas qualitativas se constituem como pertinentes a este
período. Tendo em vista o momento delicado que o setor condominial tem passado.
Que se tornaram verdadeiros atrativos para os freqüentes ataques dos criminosos
agressores ao patrimônio condominial. [...] Por causa das enormes
vulnerabilidades que foram surgindo ao longo de décadas.
Ressalta-se, que a implantação de um
aparato tecnológico agregado a uma portaria condominial, é inegável que são ferramentas
que possibilitaram maior qualidade de serviço e eficiência para o gerenciador
de portaria. Sendo que, é de fundamental importância o pleno manuseio dos
equipamentos pelo funcionário responsável, ou pelo contrário, será apenas um
equipamento decorativo.
Pradella (2015,
p.79) tem o seguinte ponto de vista:
Sistemas de segurança,
por mais sofisticados que sejam, inibem, mas não evitam ações como estas. Tudo
isso é paliativo e nada funcionará se os funcionários não agirem com maior
eficácia, ou seja, bem preparados e motivados, sejam funcionários do condomínio
ou terceirizados. Isso não importa.
Atualmente analisa-se de forma mais
profissional, ou seja, o trabalho preventivo, sendo exigido à qualificação profissional
do funcionário para a autogestão (busca pessoal para aprimoração) da função
para que o mesmo fora contratado, isso também implica em decisões mais
assertivas frente a situações mais complexas do cotidiano. Levando-se em
consideração a astúcia dos bandos especializados, que muito se aproveitaram das
falhas dos agentes de portaria pela falta desse profissionalismo qualificado.
Para Dias (2013, p. 14), os benefícios da
formação e qualificação, “é o ganho de profissionais proativos e mais o fato de
se poder contar com pessoas preparadas e com habilidade para executar a função
com as distintas situações do cotidiano”. São alguns dos argumentos que
justificam o investimento e a cobrança do treinamento específico para a equipe
de portaria.
Dias (2013, p. 14), ainda ratifica que:
Com capacidade de
desenvolver técnicas que possam detectar os fatores causadores das
vulnerabilidades. E ao mesmo tempo com medidas alternativas com ações que
minimizam ou neutralizam. Este processo deixará os profissionais aptos para
gerenciar e solucionar situações inesperadas. O alcance deste objetivo
representa uma grande evolução neste novo ciclo da segurança. [...] Que
envolvem as questões rotineiras da coletividade.
Então fica compreendida da seguinte forma,
a qualificação profissional no que diz respeito a controle de acesso
condominial, surge pela imposição da criminalidade, ou seja, pela
especialização do crime, desde a época em que se adentravam aos residenciais
para furtar um simples objeto, até os dias atuais onde são planejadas de forma
estratégicas e supervisionadas de forma minuciosa estas operações criminosas,
para tomarem de assalto essas residências e auferir vantagens de forma ilícita.
Para Romero (2009, p. 21-2):
[...] atualmente com o
grande índice de invasões em edifícios, esses profissionais passaram a ser alvo
dos bandidos. Sabedores da falta de conhecimento que eles tem em relação a
roubos, furtos, assaltos e seqüestros, pois são, só atendente de público. [...]
os porteiros tem que receber instruções e informações de como se portar, diante
de um ladrão que através de várias artimanhas, tentam enganá-los.
Consequentemente verifica-se que os
profissionais da área de segurança visualizaram essa necessidade de
aperfeiçoamento como uma necessidade para a manutenção da empregabilidade e
para que esse profissional possa ser um dos principais obstáculos frente as
ações criminosas. Fazendo uso correto de todos os equipamentos e processos de
segurança, com intuito de inibir e/ou dissuadir as ações delituosas e também
manter um relacionamento profissional e ético com moradores, visitantes entre
outros.
Após essa breve abordagem histórica
referente ao princípio da formação de condomínios e da qualificação
profissional condominial, o estudo em sequência irá discutir sobre os
principais equipamentos que favorecem a segurança condominial, onde se faz
necessário a presença do profissional qualificado. Por se tratar de diversos meios
auxiliares com pequenas e até grande complexidade de manuseio.
2.2 PRINCIPAIS EQUIPAMENTOS QUE FAVORECEM A SEGURANÇA CONDOMINIAL
A gestão de segurança privada, discutida frente
à insegurança generalizada,
que hoje assola a sociedade em que vivemos, busca meios humano, mecânico e
tecnológico como apoio ao combate á criminalidade, entre outros atos anti sociais
previsto no Código Penal Brasileiro (CPB), haja vista, que a modalidade de
segurança patrimonial preventiva empregada em condomínios que é adotada por um
síndico e/ou gestor de segurança privada, está diretamente ligada à mudança de
hábitos dos moradores (BRASIL, 1943).
Para
intensificar a segurança em condomínios e contribuir para a inibição de crimes,
mais que a implantação de recursos eletrônicos, a capacitação de porteiros e o
uso de equipamentos tecnológicos adequados, corretos para cada ambiente, são
itens decisivos para a eficiência de ações, evitando o desperdício de
investimentos e ampliando a tranquilidade entre moradores (A SEGURANÇA...,2015,
p. 01).
Segundo Holl
(2015), os meios passivos e ativos usados para bloquear, impedir ou mesmo
dissuadir a materialização da violência e da criminalidade são fundamentais
para promover e manter a sensação de segurança dos condomínios, pois o uso de
Sistemas Integrado de Segurança com equipamentos eletroeletrônicos adequados
que emitem uma imagem em alta definição, bem como, os trabalhadores treinados e
qualificados com emprego de normas e procedimentos de segurança patrimonial
sempre padronizados.
No
exercício da profissão, o gestor de segurança adota recursos preponderantes e
busca apoio homogêneo no ambiente, pois conforme Segurança...(2015, p. 01):
O maior
desafio da segurança de um condomínio é antever e dar soluções para situações
de perigo. A responsabilidade é de todos. A maior arma utilizada pelos bandidos
é o famoso fator surpresa, portanto, todos devem colaborar na prevenção.
Para
Godoy (2005, p. 33), conceituando sobre a sinergia da segurança nos condomínios
esclarece: “Os moradores precisam estar conscientes de que a segurança não é somente
um dever do síndico ou dos empregados, mas responsabilidade de todos.”
Entretanto,
constata-se que no mundo contemporâneo, o Brasil é um dos países que mais
investem em segurança privada, com inovações e projetos que visam aumentar e
manter a sensação de bem estar dos clientes, aprimorando conhecimentos e
investindo em equipamentos diversos, ao passo que, o aquecimento de mercado
apresenta produtos e serviços que aquecem a economia no país mesmo em tempos de
crise, entre os mais variados equipamentos estão: programas de software, eletrônicos e tecnológicos.
Para
Godoy (2005, p. 101), “atualmente existem no mercado os mais variados tipos de
equipamentos eletrônicos de segurança à disposição dos usuários”. Assim, o
cidadão brasileiro depende do auxilio dos equipamentos para promover a
segurança privada.
Silva
(2003, p. 02) conceituando segurança patrimonial explicita:
Casas,
apartamentos, sobrados, zona urbana ou rural, cada um desses imóveis tem seu
prol e contra; apenas uma coisa é certa: nenhum é totalmente seguro; contudo,
para não ficar uma lacuna neste item, farei uma indicação: aproxime-se do
exemplo ideal, um apartamento fechado, apartamento ou complexo empresarial
fechado supervisionado por uma eficaz equipe de profissionais de segurança.
Com base
neste cenário atual de insegurança, incertezas e da proliferação das ações
delituosas, concorda-se que um dos equipamentos mais usados no auxílio a
entrada e saída dos condomínios, além dos muros e portões que favorecem a
segurança patrimonial, são as câmeras
de segurança, que são instaladas em lugares estratégicos e interligadas em um
ou mais monitores, com as imagens que são vistas simultaneamente ou
individualmente e dependendo da tecnologia instalada, poderá ser contemplada á
longas distancias.
Holl (2005,
p. 32) discorre:
A
primeira forma de realizar a manutenção dos equipamentos de segurança é sem
duvida alguma fazendo uso dos sistemas, acompanhando as gravações verificando
assim o comportamento da solução no decorrer do tempo, verificando imagens
tanto ao vivo como gravadas, podemos observar detalhes como se uma câmera foi
reposicionada ou não, se ela foi obstruída ou não, se o sistema está gravando o
tempo necessário.
Diante desses
aspectos, são vários os estudos para conter o aumento da criminalidade e da violência
e visando principalmente dissuadir as ações orquestradas para invadir as
instalações físicas, fazendo a subtração dos bens alheio e gerando no ambiente
total insegurança, e nesse caso aqui abordado os condomínios residenciais que
contam com equipamento de segurança alambrado ou grades, que deverá dificultar
a ações de marginais.
Para
Silva (2003, p. 25), esclarece:
Geralmente
são utilizados alambrados como uma barreira para impedir o trânsito indesejado
de pedestres e veículos. São indicados para locais onde a visualização do
exterior para o interior é necessária, como campo de futebol, estacionamento
diversos e para cercar grande pátio de aeroportos, autódromo, áreas de
recreação, preservação dentre outros.
Portanto,
os investimentos dos síndicos e administradores de condomínios nunca devem ser
contidos ou retirados da pauta de assunto nos condomínios, pois as estratégias
variam e dependem de fatores como, por exemplo, a localização do condomínio que
influenciam diretamente no bolso do cliente. Dessa forma, os condomínios devem
conter planos de contingência que sejam elaborados por pessoas capacitadas
(gestores de segurança privada).
Conforme
Holl (2015, p. 32), “existem soluções de
segurança eletrônica para todos os gostos e para todos os bolsos, vai depender
da real necessidade de segurança que a residência ou condomínio precisa”. Dessa
forma, o sindico tem a obrigação de pesquisar os preços de mercado que mais cabem
no orçamento do condomínio.
Nota-se
que são variáveis os tipos de equipamentos de segurança que o mercado oferece,
entre eles os mais comuns que são utilizados: sensores ou alarmes e também as
cercas elétricas. Contudo, existem outros equipamentos eletrônicos que já estão
no mercado, porem o alto custo acaba por inviabilizar a compra destes
equipamentos de ponta.
Godoy
(2005, p. 103-10) comenta:
O ideal
é adquirir um sistema de alarmes sobre situações incomuns em residências ou
condomínios, tais como violação de procedimentos e locais, roubos furtos
alagamentos, incêndios [...]. Pode-se determinar com precisão qual o ponto
dentro do perímetro da cerca que foi invadido, facilitando bastante o trabalho
do corpo de vigilância para detectar e interceptar os intrusos.
Contudo, outro tipo de equipamentos com utilidade no
processo de entradas e saídas de condomínios, são os portões eletrônicos que
funcionam através de um botão de controle com o objetivo de liberar e controlar
a distância a entrada de usuários, além de oferecer segurança ao porteiro e
facilitar o controle de acesso aos usuários que trafegam no local. evitando a
exposição desnecessária do funcionário ao risco iminente de uma abordagem.
Para Segurança... (2015, p. 01):
Para a
entrada e saída de veículos, é importante utilizar um sistema de eclusa,
fazendo com que o morador acesse dois portões ao chegar. O primeiro de acesso
direto, podendo ser feito através de fechadura eletrônica. Já o segundo, seria
aberto pelo porteiro, após visualização ampla de quantas pessoas estão no carro
e identificação do veículo. O mesmo pode ser aplicado para pessoas a pé,
envolvendo sistemas de circuito eletrônico para o local de entrada [...]
A evolução dos equipamentos avança
rapidamente com o auxílio da tecnologia, muitas são as novidades e tendências
que surgem de tempos em tempos, entre elas citam-se: cartões de smartcard, biometria, vídeos porteiros, my home, além de cursos e treinamentos
mais avançados para os porteiros que operam tais equipamentos sofisticados,
dentre outros.
Segundo Souza
(2010, p. 119), referindo-se sobre a tecnologia de cartão inteligente sem
contato destaca:
A
tecnologia de cartão inteligente sem contato (smart card contactless) pode ser uma tendência permitir a
distribuição da inteligência, propiciando vantagens em termos de segurança,
operação “off-line” e flexibilidade
de integração de outras aplicações.
Dessa forma, considera-se que não há uma medida
eficaz para zerar os riscos que virão surgir, porém, as ações preventivas e
corretivas bem como os equipamentos adquiridos, juntamente com os profissionais
que atuam na portaria para mitigar as invasões, ameaças de bombas, furtos,
roubos, sequestros, sabotagem e todas as formas e tipos de atos delituosos e a
violência que tanto ameaça a vida das pessoas, devem estar em perfeita sintonia
para promover a sensação de segurança dos usuários e colaboradores do
condomínio.
Posteriormente o estudo caracterizará a respeito de
equipamentos que auxiliam a segurança em condomínios, de suma importância no
auxílio ao combate a violência em todos os aspectos no âmbito dos condomínios,
pois na sequência serão abordados materiais sobre medidas atitudinais da
comunidade condominial em prol da segurança e diminuição de delitos.
2.3 MEDIDAS ATITUDINAIS DA COMUNIDADE CONDOMINIAL EM PROL DA SEGURANÇA
E MITIGAÇÃO DE DELITOS
Até
pouco tempo, tinha-se a cultura de responsabilizar os agentes de
segurança que atuam na portaria pelo processo de controle de acesso que ocorre
nos condomínios, creditando aos mesmos toda a responsabilidade pelas ações
criminosas ocorridas no residencial, e esses fatores acabam por imputar a
responsabilidade da gestão de segurança aos agentes, o que implica em um tipo
de autotutela (poder da administração de corrigir seus atos). Pois, não se
conheciam a estrutura do local de trabalho, qualificação do profissional e a
real função e procedimento de cada pessoa do contexto condominial.
Conforme Responsabilidades... (2014,
p. 01), em relação a segurança patrimonial adverte:
Todavia,
na maioria dos locais, se fosse estabelecidas regras objetivas e preventivas,
impreterivelmente escritas e divulgadas, sua eficácia tornaria-se verdadeiras
prevenção de segurança patrimonial e dos que convivem naquele complexo, muitas
vezes, sequer com a necessidade de equipamento.
Acredita-se
que todos os condôminos devem estar em sintonia com a segurança do condomínio,
principalmente quando reporta-se ao controle de acesso, segurança não é somente
a sensação que os porteiros, vigilante e os sistemas de monitoramento nos
proporcionam, mas sim uma parte que atua de forma uniforme com as demais nos
condôminos, que por sua vez, quando as normas e os procedimentos de segurança
são cumpridos no condomínio, com certeza podem ajudar a minimizar quaisquer
ações criminosas.
Romero
(2009, p. 52), destaca:
Um condômino
interessado deve procurar saber se em sua portaria existe o manual do
condomínio, caso contrário deverá também colocar em pauta numa reunião. O
manual de normas e procedimentos que é baseado no estatuto do edifício.
Vale
ressaltar que o síndico deve fomentar periodicamente convocações de reuniões e
assembléias condominiais, onde se devem aborda e incluir novos procedimentos e
diretrizes para diminuir as vulnerabilidades no controle de acesso, para que
todos possam participar do melhoramento da segurança do condomínio, e seus
moradores e até mesmo dos visitantes. Pois a segurança é desenvolvida com a
participação em conjunto.
Para Romero
(2009, p. 15), o mesmo esclarece que: “as invasões, sequestros, arrastões e
roubos que ocorrem nos condomínios, na sua maioria, são justamente, a falta de
conhecimento do morador com relação à segurança própria e do condomínio”.
Observa-se que a distração na portaria dos
condomínios é de certo um dos principais motivos para que os criminosos atuem
sem ser notados, pois atuam em cima dos erros básicos cometidos pelas vitimas, esse
erros tornam-se risco iminente (algo que está prestes a acontecer) causado
muitas vezes pelo próprio morador, que cria o hábito de conversar com os porteiros na entrada ou saída
do residencial, expondo sua vida pessoal e até a de seus familiares, esquecendo
do relacionamento profissional com funcionários.
Para Romero
(2014, p. 15):
Os
bandidos são perversos, para eles não há limites. Alguns com sua audácia
conseguem criar artimanhas de comparecer no edifício e se passarem por algum
entregador, pedir informações ao próprio porteiro se tal morador irá viajar em
breve ou esta com alguma viagem marcada e até ligar para a empregada doméstica,
motorista ou outro empregado, com a finalidade de obter essas informações.
Portanto todo cuidado é pouco.
Na grande
parte das situações que ocorre atraso na portaria do condomínio, com
entregadores, prestadores de serviço e mesmo com visitas, causando transtorno
em algumas situações. O problema é causado na maioria das vezes pelo morador,
que por sua vez, não informa a portaria que irá chegar uma empresa para fazer determinado
trabalho na sua residência ou os seus familiares vão chegar para fazer uma
visita. Pois, essas informações devem ser detalhadas e entregue a portaria antes
da chegada dos visitantes.
Romero (2009,
p. 11), expõe que:
Por
definição, o porteiro não tem como atribuição impedir uma ação criminosa, mas
tem por obrigação da função, não deixar o edifício ser invadido por meliantes,
pessoas mal intencionadas e não autorizadas, controlando a abertura dos portões
e os acessos das pessoas, apesar dos poucos recursos materiais, físicos,
escassos treinamentos e raros respaldos dos próprios moradores, que essa função
tem.
Considera-se que a equipe de portaria, tem grande
responsabilidade na segurança condominial, são responsáveis por autorizar ou
não a entrada de pessoa que não seja morador, como prestadores de serviços, que
por sua vez tem a obrigação de informar os dados da empresa e dos funcionários
que efetuarão o serviço. Só assim a portaria pode liberar o acesso, e embora familiar
de condôminos, a portaria só deve permitir o acesso mediante autorização do
proprietário da residência, ou pelo interfone, autorizado por algum morador.
Para Queiroz (2012, p. 135), o mesmo afirma que:
De tudo se conclui que é preciso treinar e treinar
os porteiros do prédio, se quisermos aumentar sua eficiência e a segurança do
condomínio. O treinamento contínuo é fundamental, pois grande parte dos
empregados no setor recebeu pouca instrução formal, não estando preparada para
funções que exijam maiores qualificações.
Atualmente já se desenvolve uma
análise mais profissional a esse respeito, isso graças aos profissionais
especializados e gestores de segurança privada, que ao desenvolverem projetos e
planos de segurança, análise de risco, vulnerabilidade, medidas preventivas
entre outros, comprovam que a segurança nos residenciais é responsabilidade de
todos na comunidade condominial, e não somente dos porteiros e seguranças.
3 MÉTODO
No
desenvolvimento dessa pesquisa bibliográfica iniciada no mês de fevereiro de
2016 e com término em junho de 2016 optou-se por abordagem sobre a relevância
da temática; SEGURANÇA EM CONDOMÍNIO: a
importância do controle de acesso.
O
estudo abordado no presente artigo científico com revisão bibliográfica
trata-se de uma releitura dos principais e atuais bibliografias empregadas
neste seguimento especializado da segurança privada, tendo como principais
fontes de informações: livros, artigos
online, revistas especializadas, dentre outros, os principais autores de
referências foram: Romero (2014, 2009); Dias (2013); Godoy (2005); Munis (2006)
e outros que tratam da temática da pesquisa em questão.
Segundo Lakatos e Marconi (2010, p. 66):
A pesquisa
bibliográfica trata-se o levantamento, seleção e documentação de toda
bibliografia já publicada sobre o assunto que está sendo pesquisados, em livros,
revistas, jornais, boletins, monografias, teses, dissertações, material
cartográfico, com o objetivo de colocar o pesquisador em contato direto com
todo material já escrito sobre o mesmo.
Pesquisado
e discorrido o levantamento bibliográfico, as informações foram analisadas e
interpretadas coerentemente para que os resultados apresentados venham
contribuir para a construção de um cenário de análise crítico e preventivo a
cerca da problemática exposta neste artigo de revisão bibliográfica.
Verifica-se que o gestor de segurança empresarial
que atua em condomínios, deve apresentar atitudes e desenvolver atividades
necessárias que evidencie uma boa relação e integração de grupos nas diversas
dimensões do âmbito condominial, como por exemplo: relações humanas,
profissionais, administrativas entre outras.
Para Almeida (apud KREMER, 2015, p. 01):
“O melhor resultado é alcançado pela integração humana, eletrônica e
organizacional, destacando-se atitude de condôminos, porteiros e vigilantes;
sendo fundamental para eficiência do controle de acesso”. É evidente a importância
do gestor de segurança na condução desse processo integracional, para o êxito
da segurança em condomínio.
Mediante
a qualificação profissional, ação em conjunto e a supervisão de um profissional
especializado na área de segurança privada,
apresenta-se como resposta um trabalho sistêmico e harmônico de toda a
comunidade condominial, proporcionando a eficiência do controle de acesso,
conseqüentemente fomentando a sensação de segurança no ambiente habitacional.
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES
A
pesquisa desenvolvida foi embasada em obras de autores com grande conhecimento e/ou
proficiência e os demais especialistas nas áreas de segurança privada e pública,
com intuito de galgar melhorias e propiciar maior conhecimento no que diz
respeito a segurança em condomínio, ou seja, sendo direcionada especificamente
ao controle de acesso condominial. Visando a sua importância e quais aspectos
devem melhorar, pois nota-se que a grande maioria de ações criminosas ocorrem
pelo acesso dos residenciais.
Pensamento compartilhado por Almeida (apud KREMER, 2015, p.08):
É por ali que entram e saem todos os moradores,
prestadores de serviços e visitantes. É também por ali, motivado pela falta de
estrutura técnica e organizacional, que entram as ameaças [...]. As empresas
entendem que o diferencial está na qualidade do serviço prestado e, por
consequência, investem na formação destes profissionais.
Verifica-se a
oportunidade e a necessidade de se implantar uma portaria com controle de
acesso totalmente integrada com moradores, funcionários, prestadores de serviço
e também com
os órgãos da segurança pública.
Expondo-se que para promover a sensação de segurança, depende e é
responsabilidade que cada pessoa tem como parte integrante da comunidade do condomínio e não apenas
das equipes responsáveis pelo acesso.
Dias (2013, p.16)
enfatiza que:
[...] é importante compreeder que não basta esperar somente pelo
profissional de segurança. Está mais do que comprovado que, a segurança
condominial hoje é um problema coletivo. E que você deve ser parte fundamental
para uma melhor funcionalidade na segurança condominial. [...] esta consciêcia
vai muito além do dever do cumprimento de todas as normas e procedimentos da
segurança interna.
Compreende-se, que os moradores se envolvam em conhecer
de que maneira está sendo conduzida a Gestão de Segurança no
local. Quem são os funcionários que compõem este quadro funcional da segurança
em seu residencial, e como este processo de segurança funciona. Pois dessa forma pode-se
familiarizar e se integrar a rotina de trabalho do controlador de acesso, vindo
a comprovar a real necessidade, ou não de toda a burocracia no controle de
acesso, podendo participar das reuniões com a comissão de segurança do condomínio,
fazendo suas solicitações com conhecimento de causa.
Romero (2014, p.
21), complementa:
Portanto, cada condômino deve se interessar por qual empresa seus
porteiros foram contratados, pois muitas delas não possuem uma mínima estrutura
para assessorá-los e treiná-los. Porteiros devem ser diferenciados dos demais
empregados, pelo fato de suas atribuições serem totalmente diferente das
demais, são eles que tomarão conta da segurança do prédio.
Acredita-se que o
intuito desse estudo é deixar esclarecido que a implementação de uma triagem na
portaria é de fato uma “ferramenta” de suma importância para a inibição e
mitigação das ações criminosas, desde que ocorra a conscientização da
responsabilidade, de que todos são engrenagens de um único sistema, onde um
depende da contribuição do outro para apresentar um serviço satisfatório, e por
consequência, provedor da tão almejada sensação de segurança nos condomínios.
5 CONCLUSÃO
Constata-se que, a sociedade brasileira está sendo
acometida e envolvida pela segregação que é ocasiona pela insegurança ou
sensação de insegurança, sendo traduzida na forma de violência: furtos, roubos,
assaltos, agressões, seqüestros entre outros. Sendo exigido na atualidade com
mais ênfase a presença da segurança privada, com gestores especializados,
profissionais operacionais capacitados, legislações, normatizações e aparatos
tecnológicos adequados; para o restabelecimento da ordem, ou seja, da sensação
de segurança.
O estudo bibliográfico em questão
aborda com o objetivo de investigar a segurança em condomínio: a importância do
controle de acesso. Desenvolvido com embasamento em “ponto de vistas”, parecer
e pesquisa de campo de diversos autores especializados em segurança privada e
até mesmo em segurança pública; as informações absorvidas permitem identificar
que o controle de acesso é uma estratégia muito eficiente, entre tanto, algumas
medidas necessariamente deverão ser adotadas para sua eficácia.
Acredita-se ser inegável que a equipe
profissional de controle de acesso, tem uma responsabilidade muito grande no
pleno êxito do objetivo principal (sensação de segurança), pois o sucesso
depende bastante de sua atenção, dedicação e procedimentos. Toda via, será a
soma do controle de acesso com o desempenho de cada um da comunidade
condominial, que trarão resultados satisfatórios ao residencial.
Detecta-se que, não é o bastante
possuir toda uma parafernália eletrônica como: portão eletrônico, catracas, tags, smart card, sensores biométricos, sistema de CFTV e muitos outros
dispositivos acessórios de triagem de acesso, se antes de tudo, não houver
investimentos na qualificação, capacitação e valorização do profissional que
irá gerenciar o controle de acesso, pois, será ele possivelmente o primeiro e
principal contra ponto para a desmotivação das ações de criminosos.
Verifica-se pontos que contribuem
muito para a satisfação no sistema implantado, pois o gestor de segurança e
seus profissionais de operação precisam estar em “sintonia” e comprometidos no relacionamento
profissional entre si, e para com os demais da comunidade habitacional.
Buscando um relacionamento ético, transparente e de simpatia com os moradores,
almejando a contribuição de cada um no tocante a segurança, ou seja,
proporcionando a eficiência do controle de acesso no condomínio.
Percebe-se que as dificuldades de
relacionamentos entre o quadro de funcionários da portaria, com moradores,
visitantes, empresas terceirizadas e funcionários, acaba sendo um dos
principais pontos de vulnerabilidade para ações criminosas, juntamente com a
desqualificação dos funcionários responsáveis pela triagem (manipulação de
equipamentos, execução e normatizações de procedimentos).
Para Dias (2013, p. 09):
Existem alguns fatores
que podem agir de uma forma direta para o sucesso ou para o fracasso de uma
idéia. Primeiro: Esta idéia deve se fazer conhecida, principalmente por aqueles
que podem de alguma forma contribuir para promoção desta idéia. [...] precisa
haver uma boa aceitação. Existem idéias que são excepcionais, mas, porém, não
tem poder de aceitação. Desta forma torna-se difícil de ser promovida.
Neste sentido cabe aos gestores de
segurança, administradores, síndicos, zeladores e comissão de segurança do
condomínio a responsabilidade e a ciência que existe uma dificuldade de
relacionamento entre o controle de acesso e seus usuários. Pois, não basta
apenas implantar um controle de acesso, isso é fato, mas também adotar medidas
complementares que promova uma política democrática de aceitação e apoio ao
sistema implantado para a segurança habitacional.
REFERÊNCIAS
A SEGURANÇA DO CONDOMÍNIO COMEÇA PELOS
MORADORES. 2015. João Pessoa. Disponível em: <http:// www.admcostadosol.com.br/?fb_comment_id=866308570109294_869743689765782#!Aseguran%C3%A7adocondom%C3%ADniocome%C3%A7apelosmoradores/c1sxt/5558b4090cf23d01649f98e0>.
Acesso em: 16 mai, 2016.
BARBOSA, M. A. A importância do controle de acesso. Perfil News, 2015. Disponível
em:
<http://www.perfilnews.com.br/noticias/brrasil-mundo/a-importancia-do-controle-de-acesso-em-condominios-fechados>.Acesso
em: 13 mai; 2016.
BRASIL, Presidência da República: Código Penal Brasileiro.1943.
CONTRERAS, L. C; DOLCI, M. R. L. Série cidadania- Guia do Condomínio. 2. ed. São Paulo: Globo, 2007.
DIAS, E. Formação e qualificação dos profissionais da Segurança Condominial:
a importância da eficiência e eficácia dos profissionais de segurança condominial.
1. ed. Campinas, SP: Clube de Autores, 2013.
GODO Y,
J. E. Técnicas de Segurança em
Condomínios. São Paulo: Senac, 2005.
HOLL, M. Jornal da Segurança. 246. ed. São Paulo: 2015.
KREMER, R. Jornal dos Condomínios: Segurança é questão de atitude. 2015.
167.ed. Florianópolis. Disponível em:
<http://www.condominiosc.com.br/media/k2/attachments/JCONDOMINIOS_167_SITE.pdf>.Acesso:
13 mai; 2016.
LAKATOS, E. M ; MARCONI, M. A. Fundamentos de metodologia científica. 7.
ed. São Paulo: Atlas, 2010.
MUNIS, S. L. G. Defenda-se da violência: como combater a violência e suas causas.
Rio de Janeiro: Brasport, 2006.
PRADELLA, W. B. Os 10 mandamentos de uma gestão predial. 1. ed. São Paulo:
Baraúnas, 2015.
QUEIROZ, L. F. Condomínio em Foco: questões do dia a dia. Curitiba: Bonijuris,
2012.
RESPONSABILIDADES DOS CONDÔMINOS.
2015. São Paulo. Disponível em: <http:// www.facebook.com/grupoiron/posts/543266909163232>.
Acesso em: 26 mai; 2016.
ROMERO, G. B. Condomínio Seguro: 75 maneiras de se proteger. 1. ed. São Paulo:
Biblioteca 24 Horas, 2009.
ROMERO, G. B. Proteja-se no Seu Condomínio: 75 maneiras. 1. ed. São Paulo: Clube
de Autores, 2014.
SEGURANÇA EM CONDOMÍNIOS: equipamentos
adequados e porteiros bem treinados são essenciais para garantir a tranquilidade
entre moradores. 2015. São Paulo: Disponível em:<http://www.poliserviceservicos.com.br/segurancaemcondominiosequipamentosadequados-e-porteiros-bem-treinados-sao-essenciais-para-garantir-a-tranquilidadeentremoradores/>.
Acesso em: 18 mai, 2016.
SILVA, J. P. Segurança empresarial & residencial. Curitiba: Torre de Papel,
2003.
SOUZA, M. B. Controle de Acesso: conceitos, tecnologias e benefícios. 1. ed. São
Paulo: Sicurezza, 2010.