CONCEITOS
BÁSICOS DE TOXICOLOGIA INDUSTRIAL
Este artigo foi preparada com o propósito de fornecer uma certa
quantidade de conhecimentos para aqueles profissionais que sem um treinamento
específico, em toxicologia industrial, podem ser chamados para descobrir e
interpretar dados que são na sua maioria de natureza médica.
Acreditamos que com a devida interpretação das informações aqui
contidas, os profissionais das áreas de: segurança, medicina e higiene do
trabalho terão um acréscimo de idéias a respeito do vasto campo que é a
Toxicologia Industrial e a sua amplitude no mundo dos processos industriais e
químicos que estão a nossa volta.
1) DEFINIÇÃO DE TOXICIDADE.
Toxicidade “é a
característica de uma molécula química ou composto em produzir um efeito nocivo
e/ou doença, uma vez que alcança um
ponto suscetível dentro ou na superfície do corpo”.
Já o “Perigo toxicológico é
a probabilidade que a doença pode ser causada através da maneira pela qual
esteja sendo utilizada a substância”.
2) TERMOS IMPORTANTES RELACIONADOS A TOXICIDADE:
Aguda: este termo será
empregado no senso médico para significar “de curta duração”. Quando aplicada
para materiais que podem ser inalados ou absorvidos através da pele, será
referida como uma simples exposição de duração medida em segundos, minutos ou
horas. Quando aplicada para materiais que são ingeridos, será referida
comumente como uma pequena quantidade ou dose.
Crônica: este termo será usado em
contraste com aguda, e significa de
longa duração. Quando aplicada para materiais que podem ser inalados ou
absorvidos através da pele, será referida como períodos prolongados ou repetitivos
de exposição de duração medida em dias, meses ou anos. Quando aplicada para
materiais que são ingeridos, será referida como doses repetitivas com períodos
de dias, meses ou anos. O termo “crônico”
não se refere ao grau (mais severo) dos sintomas, mas se importará com a
implicação de exposições ou doses que podem ser relativamente perigosas, a não
ser quando estendidas ou repetidas após longos períodos de tempo (dias, meses
ou anos). Nesta apostila o termo “crônico”
inclui exposições que podem também ser
chamadas de “sub-agudas”, como por exemplo algum ponto entre aguda e crônica.
Local: este termo se refere ao
PONTO de ação de um agente e significa que a ação ocorre no ponto ou área de
contato. O ponto pode ser pele, membranas mucosas, membranas dos olhos, nariz,
boca, traquéia, ou qualquer parte ao longo dos sistemas respiratório ou
gastrointestinal. A absorção não ocorre necessariamente.
Sistêmico: este termo se refere
para um ponto de ação diferente que o ponto de contato e pressupõe que ocorreu
absorção. É possível, entretanto, para agentes tóxicos ser absorvidos através
de canal (pele, pulmões ou canal gastrointestinal) e produzir manifestações posteriores
em um daqueles canais que não são um resultado do contato direto original.
Desta maneira é possível para alguns agentes produzir efeitos perigosos em um
simples orgão ou tecido como o resultado de ambas as ações “local e sistêmica”.
Absorção: um material é dito ter
sido absorvido somente quando tenha alcançado entrada no fluxo sangüíneo e
conseqüentemente poder ser carregado para todas as partes do corpo. A absorção necessita que a substância
passe através da pele, membrana mucosa, ou através dos alvéolos pulmonares
(sáculos de ar dos pulmões). Também pode ser produzido através de uma agulha
(subcutânea, intravenosa, etc...) mas esta não é de muita importância em
Higiene Industrial.
3) CLASSIFICAÇÃO DE TOXICIDADE.
Uma explanação das classificações de toxicidade é dada como nos
seguintes parágrafos baixo citado:
3.1) Unknown (Desconhecido): esta designação é dada
para substâncias que caem em uma das seguintes categorias:
(a)
Informações toxicológicas não puderam ser encontradas na
literatura e em outras fontes.
(b)
Apenas informações limitadas (baseadas em experimentos com
animais) estavam disponíveis, mas na opinião de peritos estas informações não
podem ser aplicadas para exposição humana. Em alguns casos esta informação é
mencionada tanto que o leitor poderá saber que algum trabalho experimental foi
desenvolvido.
(c) Informações de dados
foram omitidos por serem de validade questionável.
3.2) 0 (Não tóxico): esta designação é dada
para materiais que caem em uma das seguintes categorias:
(a)
materiais que não causam risco algum sob qualquer condição de uso.
(b) materiais que produzem efeitos tóxicos em humanos somente sob-
condições muito fora do comum ou através de dosagem excessivamente alta.
3.3) Levemente tóxico:
(a) Aguda local.
Materiais que em uma única exposição durante segundos, minutos ou horas causam
apenas efeitos brandos na pele ou membranas mucosas indiferente da extensão da
exposição.
b)
Aguda sistêmica. Materiais que podem
ser absorvidos pelo corpo por inalação, ingestão ou através da pele e que
produzem somente efeitos brandos seguido de uma única exposição durante
segundos, minutos ou horas; ou seguido de ingestão de uma única dose,
indiferente da quantidade absorvida ou da extensão de exposição.
(b)
Crônica local. Materiais que em exposições
contínuas ou repetitivas, estendendo-se durante períodos de dias, meses ou anos
causam apenas danos leves para a pele ou membrana mucosa. A extensão de
exposição pode ser grande ou pequena.
(d) Crônica sistêmica.
Materiais que podem ser absorvidos pelo corpo por inalação, ingestão ou através
da pele e que produz somente efeitos brandos seguidos de exposições contínuas
ou repetitivas durante dias, meses ou anos. A extensão da exposição pode ser
grande ou pequena.
Em geral aquelas substâncias classificadas como sendo levemente
tóxicas, produzem mudanças no corpo humano que são prontamente reversíveis e
que irão desaparecer ao término da exposição, mesmo com ou sem tratamento
médico.
3.4) Moderadamente
tóxico:
(a) Aguda local.
Materiais que podem em simples exposição durante segundos, minutos ou horas,
causar efeitos moderados na pele ou membranas mucosas. Estes efeitos podem ser
o resultado de segundos de exposição intensa ou exposição moderada durante
horas.
(b) Aguda sistêmica.
Materiais que podem ser absorvidos pelo corpo por inalação, ingestão ou através
da pele e que produzem efeitos moderados seguidos de simples exposição durante
segundos, minutos ou horas, ou seguidos de ingestão de uma única dose.
(c)
Crônica local. Materiais que em
exposições repetitivas ou contínuas, estendendo-se a períodos de dias, meses,
ou anos causam danos moderados para a pele ou membranas mucosas.
(d)
Crônica sistêmica. Materiais que podem
ser absorvidos pelo corpo por inalação, ingestão ou através da pele e que
produzem efeitos moderados seguidos de exposição contínua ou repetitivas,
estendendo-se por períodos de dias, meses ou anos.
Aquelas substâncias classificadas como sendo moderadamente tóxico
podem produzir mudanças irreversíveis, bem como, reversíveis no corpo humano.
Estas mudanças não são tão severas como ameaçar a vida ou produzir séria
incapacidade física permanente.
3.5) Severamente tóxico:
a) Aguda local. Materiais que em uma simples exposição
durante segundos ou minutos causam danos para pele ou membranas mucosas de
severidade suficiente para ameaçar a vida ou para causar danos físicos
permanentes ou até desfiguração.
b) Aguda sistêmica. Materiais que podem
ser absorvidos pelo corpo por inalação, ingestão ou através da pele e que podem
causar danos de severidade suficiente para ameaçar a vida, seguido de uma
simples exposição durante segundos, minutos ou horas, ou seguido de ingestão de
uma simples dose.
c) Crônica local. Materiais que em exposições contínuas ou repetitivas,
estendendo-se por períodos de dias, meses ou anos podem causar danos a pele ou
membranas mucosas de severidade suficiente para ameaçar a vida ou para causar
danos físicos permanentes ou até desfiguração (mudanças irreversíveis).
4) Crônica sistêmica. Materiais que podem ser absorvidos pelo corpo através de
inalação, ingestão ou através da pele e que podem causar morte ou sérios danos
físicos, seguidos de exposições contínuas ou repetitivas de pequenas
quantidades durante períodos de dias, meses ou anos.
5) DEFINIÇÃO DE TOXICOLOGIA.
Em termos simples, “toxicologia
pode ser definida como a ciência da ação de venenos em organismos vivos”.
“Toxicologia Industrial é relacionada com o organismo humano e consequentemente está coligada
ao campo da medicina”. Desde que a medicina não pode ser considerada uma
ciência exata como a química, física ou matemática, o fenômeno da toxicologia
não pode sempre ser previsto com precisão ou explicado com base nas leis da
física ou química. Este fato, que não pode ser previsto, frequentemente reduz
as conclusões e decisões para opinião melhor do fato. Genericamente falando, “Toxicologia Industrial é relacionada com
os efeitos de substâncias que penetram em alguma parte do corpo humano”.
6) DEFINIÇÃO DE VENENO.
“O veneno pode ser considerado como
substância que causa danos para os tecidos vivos, quando aplicados em doses
relativamente pequenas”. Não é sempre fácil “fazer
uma distinção entre substâncias venenosas e não venenosas”.
A consideração mais importante quando definimos o “termo veneno, é relacionar a quantidade ou
dosagem a partir da qual o produto se torna perigoso”.
6.1) DOSAGEM EFETIVA.
Certas substâncias podem
causar danos quando aplicadas diretamente sobre a pele. Entre os fatores
que são relacionados com dosagem efetiva, os mais importantes são:
(1) Quantidade ou concentração do material.
(2) Duração da exposição.
(3) Estado de dispersão (tamanho da partícula ou estado físico,
por exemplo: pó, fumos, gás, etc...).
(4) Afinidade ao tecido do corpo humano.
(5) Solubilidade nos fluidos dos tecidos humanos.
(6) Sensibilidade dos órgãos ou tecidos do corpo humano.
Obviamente existem possibilidades de grandes variações em qualquer
um destes fatores.
6.2) MÉTODOS DE
EXPRESSÃO DE DOSAGEM EFETIVA.
Threshold Limit Values -TLV (Valor do
Limite de Tolerância) - formalmente é a concentração máxima permitida. Nos Estados
Unidos, o Valor Limite de Tolerância (TL ou TLV) colocado pela Conferência
Americana de Higienistas Industriais Governamentais têm recebido uma aceitação
muito grande. De acordo com a Conferência (ACGIH) estes valores representam
condições sob as quais é acreditado que aproximadamente todos os trabalhadores
podem estar expostos, dia após dia, sem efeitos adversos. Muitos dos Valores
Limite de Tolerância se referem à concentrações de média ponderada no tempo
para um dia normal de trabalho, mas alguns são níveis que não devem ser
excedidos em nenhum momento.
Próximo dos valores relatados para os TLV’s estão os chamados
padrões de concentrações aceitáveis promulgados pela Associação de Padrões
Americanos (ASA). De acordo com a ASA, estes padrões são designados para
prevenir “(1) mudanças indesejáveis na estrutura ou bioquímica do corpo; (2)
reações funcionais indesejáveis, que podem não ter efeitos perceptíveis na
saúde; (3) irritações ou outros efeitos sensores adversos”.
Para gases e vapores o Valor limite de Tolerância é comumente
expresso em partes por milhão (ppm), que é. partes de gás ou vapor por milhão
de partes de ar.
Para fumos e névoas, e para algumas poeiras, o Valor Limite é
comumente dado por miligrama por metro cúbico (mg/m3) ou por 10
metros cúbicos de ar.
Para algumas poeiras, particularmente aquelas contendo silica, o
Valor Limite é comumente expresso como milhões de partículas por pé cúbico de ar.
A aplicação literal do Valor Limite é perigosa pelas seguintes
razões:
a) a grande maioria de
Valores Limites publicados são baseados tanto em especulação, opinião ou
experiências limitadas em ratos, camundongos, porcos da Índia ou outros animais
de laboratório. Em muitos poucos casos, os valores foram estabelecidos
firmemente em base de exames em seres humanos, correlacionados com observações
ambientais adequadas.
b) Concentrações de
materiais tóxicos ou perigosos, em qualquer ambiente de trabalho, raramente
permanecem constante durante um dia de trabalho. A ocorrência de “ondas” é bem
conhecida.
c) Exposições industriais
freqüentemente envolvem misturas em vez de apenas um composto. Muito pouco se
sabe sobre os efeitos de misturas.
d) Indivíduos variam
tremendamente na sua sensibilidade ou susceptibilidade para substâncias
tóxicas. Os fatores que controlam esta variação não são bem entendidos. Não
deve ser assumido que condições seguras para uma pessoa serão condições seguras
para todos indivíduos.
e) Existe talvez uma
tendência em considerar uma substância meia tóxica em relação a outra se o
Valor Limite for duas vezes maior.
f) Um simples valor do
Valor Limite de Tolerância é comumente dado para substâncias que ocorrem na
forma de sais ou compostos de diferentes solubilidades ou de diferentes estados
físicos (por exemplo: chumbo, mercúrio).
g) Valor Limite pode ser
escrito em instrumentos legais (leis e códigos) e desta maneira usados para
diversos propósitos.
Se as limitações acima estão entendidas e aceitas, o Valor Limite
publicado pode ser empregado com grandes vantagens práticas. A principal
utilização é em conexão com o desenho de sistemas de ventilação. Os engenheiros
de ventilação devem ter uma figura concreta (valor limite de contaminante
permitido) para servir como a base de desenvolvimento do sistema de ventilação.
Não deve ser assumido, entretanto, que o atendimento da concentração abaixo do
Valor Limite publicado necessariamente irá prevenir todos os casos de
envenenamento ocupacional; ou deve ser assumido que concentrações que são
excedidas aos limites dados terão necessariamente como resultados casos de
envenenamento. O conceito conhecido como Lei de Haber, que envolve o produto da
concentração e tempo (C x T = K), expressa um índice de grau do efeito tóxico.
Este também, pode ser mal-entendido, desde que o relativo efeito de grandes
doses em curtos períodos de tempo podem suportar pequena relação para o efeito
de pequenas doses durante um longo período de tempo.
Dose Letal Mínima e
Teste LD50.
Em toxicologia experimental é comum a prática de determinar a
quantidade de veneno por unidade de peso do corpo de um animal experimental,
que terá um efeito fatal. (Uma escala comumente usada é de miligrama de veneno
por Kilograma de peso do corpo). A quantidade por peso do corpo que irá causar,
mesmo uma única morte em um grupo de animais é conhecida como a dose letal mínima (MLD).
A expressão mais comumente utilizada em experiências de
toxicologia industrial é a quantidade que irá matar metade de um grupo de
animais. Esta é conhecida como o Teste
LD50 (Dose Letal de 50%), que representa 50 % de fatalidade.
Range Finding Test
(Teste de descobrimento de escala)
Este método para determinar e expressar o grau de toxicidade de
produtos químicos utilizados na indústria foi desenvolvido primeiramente por
H.F. Smyth Jr., e seus colaboradores. Sua maior utilidade é no teste de novos
produtos onde não existem dados toxicológicos. A base deste teste é a
comparação da potência de um composto desconhecido com a do material mais
familiar. Isto é possível desde que haja um número de produtos químicos com
dados toxicológicos extensivos razoavelmente já disponíveis. Por esta técnica
uma certa quantidade de valiosas informações podem ser obtidas entre um espaço
de cerca de três semanas.
Hazard Rating (Razão de
Perigo)
Este termo é usado em livros para indicar quando um material é
levemente, moderadamente ou severamente tóxico, ou até mesmo se não é tóxico. É
obviamente um método simples e grosseiro, mas servirá como um guia direto para
o risco envolvendo exposição à vários produtos, até que informações mais
recentes e completas estejam à disposição. A Razão do Perigo de produtos
químicos industriais é baseada na interpretação de todas as informações
disponíveis, particularmente Valor Limite de Tolerância, LD50, Teste de
descobrimento de escala, bem como, na experiência humana.
7) TOXICOLOGIA POR ANALOGIA.
Por causa da escassez de informações toxicológicas de muitos
compostos químicos utilizados na indústria, existe frequentemente uma tendência
em assumir que compostos que possuem características químicas próximas, terão
propriedades tóxicas similares. Enquanto isto pode ser verdade para um número
limitado de substâncias, este fato não pode significar uma verdade universal.
Como mencionado em outra parte, muitos produtos químicos quando
absorvidos pelo corpo sofrem uma série de mudanças (processos de desintoxicação)
antes deles serem excretados.
Os produtos intermediários dependerão grandemente da estrutura
química do material original, e pequenas diferenças na estrutura pode resultar
produtos intermediários ou finais totalmente diferentes. Este princípio é muito
bem ilustrado na caso do benzeno e tolueno; estes produtos são quimicamente
muitos próximos, mas os metabolismos são diferentes e o grau de toxicidade é
também muito diferente. “Toxicologia por
analogia” pode ser muito perigosa e enganosa.
8) CLASSES DE SUBSTÂNCIAS TÓXICAS.
Substâncias tóxicas ou perigosas encontradas na indústria podem
ser classificadas em várias maneiras. Uma classificação simples e útil é dada
abaixo, junto com definições adotadas pela Assossiação de Padrões Americanos
(ASA).
8.1) Pós (Dusts):
Partículas sólidas geradas por abrasão mecânica tal como,
manuseio, esmagamento, moagem, impactos rápidos, detonação, decreptação de
materiais orgânicos ou inorgânicos tais como rochas, minério, metal, carvão,
madeira, grãos, etc... . Pós não tendem a flocular, exceto sob força eletrostática; eles não difundem no ar,
mas se deslocam sob a ação da gravidade.
8.2) Fumos (Fumes):
Partículas sólidas geradas pela condensação a partir do estado
gasoso, geralmente após volatilização de metais fundidos (como exemplo) e
sempre acompanhados por uma reação química como a oxidação. Os fumos floculam e
algumas vezes coalescem.
8.3) Névoa (Mists):
Gotículas de líquidos suspensos geradas pela condensação de
substâncias do estado gasoso para o líquido, ou pela passagem do líquido para
um estado disperso, como pela ação de spray, espumação e atomização.
8.4) Vapores (Vapors):
O estado gasoso de uma substância que se apresenta normalmente no
estado sólido ou líquido e que pode mudar para estes estados através de redução
de temperatura ou aumento de pressão. O vapor difunde no ambiente.
8.5) Gases (Gases):
Normalmente fluidos sem forma que ocupam todo espaço de
confinamento e que podem ser mudados para o estado líquido ou sólido somente
através da combinação de efeitos de redução da temperatura e aumento da
pressão. O gás difunde no ambiente.
Esta classificação não inclui, obviamente, as categorias de
sólidos e líquidos que podem ser perigosos, nem contem agentes físicos (tais
como temperatura, pressão, ruído, etc...). Os últimos, estritamente falando,
não podem ser considerados substâncias. Agentes vivos, tais como bactérias,
fungos e outros parasitas compreendem outro grupo de “substâncias” que não será
colocado neste trabalho.
9) VIAS DE ABSORÇÃO.
No sentido fisiológico, um material é tido como absorvido somente
quando ele tenha consiga entrada na corrente sangüínea e conseqüentemente tenha
sido carregado para todas as partes do corpo. Algo que foi engolido e que é
posteriormente excretado mais ou menos sem mudanças nas fezes não foi
necessariamente absorvido, mesmo que possa ter permanecido no sistema
gastrointestinal por horas ou mesmo dias.
A Toxicologia Industrial
se refere primeiramente com três rotas de absorção ou portas de entrada que os
materiais podem utilizar para atingir a corrente sanguínea: a pele, o trato
gastrointestinal e os pulmões.
9.1) Absorção através da
Pele. Antes
da introdução de métodos modernos de tratamento da sífilis, uma parte do padrão
de terapia consistia no tratamento com mercúrio. A efetividade dependia do fato
que certas formas de mercúrio podem ser absorvidas através da pele intacta.
Agora é reconhecido que absorção pela pele pode ser um fator significante em
envenenamento ocupacional por mercúrio, bem como, um número de outras doenças
industriais. No caso de metais além do mercúrio, entretanto, a entrada através
da pele é relativamente sem importância, exceto para alguns compostos
organometálicos, como chumbo tetraetila.
A Absorção pela Pele tem como sua maior importância a relação com
solventes orgânicos. É geralmente reconhecido que quantidades significantes
destes compostos podem entrar no sangue através da pele tanto como resultado de
contaminação direta acidental ou quando o material tenha sido espirrado sobre
as roupas. Uma fonte adicional de exposição é encontrada na prática muito comum
de usar solventes industriais para remoção de graxas e sujeira das mãos e dos
braços, em outras palavras, para propósitos de lavagem. Este procedimento,
incidentalmente, é uma grande fonte de dermatites.
9.2) Absorção
Gastrointestinal. O simples fato que algo tenha sido colocado na boca e engolido,
não significa necessariamente que tenha sido absorvido. Naturalmente quanto
menos solúvel o material é, menor é a possibilidade de absorção. No passado tem
sido comum a prática de atribuir certos casos de envenenamento ocupacional a
hábitos sem higiene por parte da vítima, particularmente falta de lavagem das
mãos antes de alimentar-se. Não há dúvidas que alguns materiais tóxicos,
utilizados na indústria, podem ser absorvidos através do trato intestinal, mas
é agora genericamente acreditado que com certas exceções esta rota de entrada é
de menor importância. Um caso ocorrido no Brasil, há alguns anos, em Franca
(SP) teve como rota de penetração de um agente tóxico (chumbo) o trato
gastrointestinal. Foi constatado que as vítimas, algumas fatais, colocavam
pregos para sapatos nos lábios, estando desta maneira ingerindo quantidades
muito elevadas de chumbo que se encontrava presente nos pregos. Ingestão
acidental de quantidades perigosas de compostos venenosos em uma única dose tem
também sido registrada nos últimos anos. De maneira em geral pode ser dito que
a absorção intestinal de venenos industriais é de menor importância e que a
teoria de envenenamento das “mãos sujas” tem sido desacreditada.
9.3) Absorção através
dos pulmões. A inalação de ar contaminado é de longe o mais importante meio
pelo qual os venenos ocupacionais ganham entrada no corpo. É seguro estimar que
pelo menos 90 por cento de todo envenenamento industrial (excluindo dermatites)
pode ser atribuído à absorção através dos pulmões. Substâncias perigosas podem
estar suspensas no ar na forma de pós, fumos, névoa ou vapor, e podem estar
misturados com o ar respirável no caso de verdadeiros gases. Desde que um
indivíduo, sob condições de exercício moderado irá respirar cerca de 10 metros
cúbicos de ar no curso normal de 8 horas de trabalho diário, é prontamente
entendido que qualquer material venenoso presente no ar respirável oferece uma
séria ameaça.
Felizmente todos os materiais estranhos que são inalados, não são
necessariamente absorvidos pelo sangue. Uma determinada quantidade,
particularmente que está em um estado muito bem dividido, será imediatamente
exalada.
Outra porção do material particulado respirado é captada pela
mucosa que se localiza na passagem do ar (traquéia) e é subsequentemente
expelido junto com o muco. Nesta conexão é necessário ser mencionado que algum
muco pode ser, conscientemente ou inconscientemente, engolido, desta maneira
aumentando a oportunidade para absorção intestinal. Outras partículas são
captadas por algumas células que podem entrar na corrente sanguínea ou ser
depositadas em vários tecidos ou órgãos. Gases verdadeiros irão passar
diretamente pelos pulmões até o sangue, da mesma maneira como o oxigênio no ar
inspirado. Por causa do fato que a grande maioria dos venenos industriais
conhecidos podem em um certo tempo estar presente como contaminante atmosférico
e verdadeiramente constituir uma ameaça potencial à saúde, programas
diretamente relacionados a prevenção de envenenamento ocupacional, geralmente
dão mais ênfase à ventilação para redução do perigo.
9.4) Acúmulo e excreção.
Algumas substâncias tóxicas podem ser retidas ou acumuladas no
corpo por períodos de tempo indefinidos, sendo excretadas vagarosamente por
períodos de meses ou anos. Chumbo, por exemplo, é acumulado primeiramente nos
ossos e o mercúrio nos rins. Pequenas quantidades podem ser acumuladas em
outros órgãos ou tecidos.
O material particulado quando inalado pode ser fagocitado e
permanecer em nódulos no plasma regional, onde pode ter pequenos efeitos como
no caso de pó de carvão, ou produzir mudanças patológicas como no caso da
sílica e Berílio.
A excreção de agentes tóxicos toma parte através dos mesmos canais
como faz a absorção, isto é, pulmões, intestino e pele, mas os rins (urina) são
os maiores órgãos excretores para muitas substâncias. Suor, saliva e outros
fluidos podem participar com uma pequena extensão no processo excretor. Gases e
vapores voláteis são comumente excretados pelos pulmões, através da exalação.
Isto pode ser usado como uma medida de absorção anterior (exemplo: bafômetro).
Muitos compostos orgânicos não são excretados sem mudanças, mas
passam pelo que é conhecido como biotransformação. O processo pelo qual isto ocorre é também chamado “Mecanismo de
Desintoxicação”. O novo composto resultante, ou metabólito, pode ser
encontrado na urina e é usado como evidência da absorção de uma substância
próxima.
9.5) Suscetibilidade Individual.
O termo “suscetibilidade
individual” tem sido há muito tempo usado para expressar o fato bem
conhecido que sob-condições semelhantes de exposição a substâncias
potencialmente perigosas, existe normalmente uma variação acentuada na maneira
em que indivíduos irão responder. Alguns podem não mostrar evidencias de intoxicação sejam quais forem; outros
podem mostrar sinais de envenenamento brando, enquanto outros podem apresentar
danos severos ou até mesmo fatais.
Em termos comparativos pouco se tem ou é conhecido sobre os
fatores que são responsáveis por estas variações. É acreditado que diferenças
na estrutura anatômica do nariz pode estar relacionada com diferentes graus de
eficiência na filtragem de poeiras perigosas no ar inspirado. Infecções prévias
nos pulmões, particularmente a tuberculose, são conhecidas como aceleradores da
suscetibilidade da silicose.
A maioria dos toxicologista acredita que obesidade é um fator de
predisposição importante entre pessoas que estão sujeitas às exposições ocupacionais
a solventes orgânicos e produtos relacionados. Idade e sexo também são
acreditados a participar como parte e doenças anteriores podem ser
significativas.
Outros fatores possíveis relacionados com a suscetibilidade
individual são ainda menos compreendidos que aqueles apenas mencionados.
Testes científicos comprovam que as diferentes razões de execução
na forma de trabalho de trabalho (velocidade), resulta em variações na razão de
respiração, no pico da respiração e na razão do pulso podem tomar parte também.
O acionamento dos “cílios
pulmonares podem ter alguma importância neste processo”.
“A permeabilidade dos
pulmões pode influenciar a absorção e a eficiência dos rins pode controlar a
razão pela quais os materiais tóxicos são excretados”. Mas a natureza
subjacente destas variações de possibilidades não é conhecida. “Desde que o fígado atua uma grande parte na
desintoxicação e excreção de substâncias perigosas, funcionamento subnormal
deste órgão pode conduzir a uma maior suscetibilidade”.
Existe uma considerável literatura propondo mostrar que fatores
nutricionais pode ter algo relacionado com suscetibilidade a envenenamento
ocupacional. A maioria do material publicado é talvez não científico e
inconvincente, mas poucos relatórios sugerem fortemente que realmente existe
uma relação entre a natureza da dieta e a suscetibilidade ao envenenamento.
Existe ainda, não como evidência substancial, que a adição de
concentrados de vitaminas, leite ou comidas especiais tem qualquer valor
protetivo, mas quando as dietas são deficientes em algum dos elementos
nutricionais essenciais parece que o envenenamento é mais comum de ocorrer.
Existe considerável evidência que indulgência de álcool etílico irá aumentar
significativamente a possibilidade de envenenamento ocupacional ocorrer,
particularmente por solventes orgânicos.
9.6)
Efeitos Crônicos e
Agudos.
A Toxicologia Industrial
é geralmente relacionada com os efeitos de exposições de baixo grau (sub-letal)
que são contínuas por períodos maiores de meses ou até anos. É verdade que
problemas toxicológicos não são raramente apresentados como o resultado de
acidentes onde criou-se rapidamente uma exposição volumosa de concentrações
opressivas de produtos tóxicos.
O envenenamento agudo que resulta pode causar inconsciência,
choque ou colapso, inflamação severa dos pulmões ou mesmo morte súbita. O
entendimento da natureza da ação do agente opressor pode ser de grande valor no
tratamento de envenenamento agudo, mas em alguns casos a única aplicação do
conhecimento tóxicológico será para estabelecer a causa da morte.
A detecção de quantidades minuto de agentes tóxicos na atmosfera e
nos fluidos do corpo (sangue e urina) e o reconhecimento dos efeitos de
exposição para pequenas quantidades de venenos estão entre as principais
tarefas do toxicologista industrial. As manifestações de envenenamento crônico
são sempre tão sutil que o julgamento mais perspicaz é necessário na ordem de
detectar e interpreta-las. As mais refinadas técnicas de análise química e de
patologia clínica são chamadas para participar, envolvendo estudos do ambiente
de trabalho e dos indivíduos expostos.
Na ordem de demonstrar que envenenamento crônico industrial tem
ocorrido ou é uma possibilidade é necessário mostrar que um agente perigoso
está presente em concentrações significativas, que o mesmo tem sido absorvido,
e que foi produzido, no subjeto exposto, distúrbios compatíveis com o
envenenamento pela substância suspeita. Concentrações significantes são
comumente expressadas em termos de limite de tolerância. A absorção de
substância pode ser provada demonstrando sua presença no sangue ou urina em
concentrações acima que as encontradas em pessoas não expostas, ou pela
detecção de certos produtos metabólicos nos excrementos. Para provar que
distúrbios tenham ocorrido em um subjeto exposto pode ser necessário a
aplicação de todos os procedimentos de diagnósticos utilizados na medicina,
incluindo a história médica, exames físicos, contagem sangüínea, análise da
urina, estudos de raios X, e outras medições.
Uma pequena quantidade de produtos químicos largamente utilizados
na indústria, notavelmente chumbo e benzeno, irão produzir mudanças no sangue
logo nos primeiros estágios de envenenamento. Outros produtos químicos,
particularmente hidrocarbonetos clorados, não dão evidências tão cedo de sua
ação.
Metais pesados como o mercúrio e chumbo produzem seus efeitos
crônicos perigosos através do que é conhecido como “ação cumulativa”. Isto
significa que através de um período de tempo o material que é absorvido é
somente parcialmente excretado e que suas quantidades aumentam acumulativamente
no corpo. Eventualmente a quantidade se torna grande suficiente para causar
distúrbios fisiológicos. Compostos voláteis não acumulam no corpo mas
provavelmente produzem seus efeitos tóxicos crônicos, causando uma série de pequenos
danos para um ou mais orgãos vitais.
9.7)
Lugar de ação de venenos.
Uma breve menção já têm sido feita do fato que diferentes venenos
agem em diferentes partes do corpo. Muitas substâncias podem produzir uma ação
local ou direta sobre a pele. Os fumos e poeiras e névoas originadas de
ácidos fortes, alguns dos gases de guerra e muitos outros produtos químicos tem
um efeito direto irritante nos olhos, nariz, peito e vias aéreas superiores.
Se os mesmos alcançam os pulmões os mesmos podem gerar uma reação
inflamatória severa chamada de pneumotite química. Estes efeitos locais são da
maior importância quando em conexão com envenenamento(s) agudo(s).
Mais importante para o toxicologista industrial são os também
chamados efeitos sistêmicos. Efeitos sistêmicos ou indiretos ocorrem quando uma
substância tóxica tem sido absorvida na corrente sanguínea e distribuída
através do corpo.
Alguns compostos como o arsênico, quando absorvido em quantidades
tóxicas, podem causar distúrbios em várias partes do corpo: sangue, sistema
nervoso, fígado, rins, e pele. O benzeno, em outra mão, parece afetar apenas um
órgão, a saber, a medula espinhal formadora de sangue.
O monóxido de carbono causa asfixia pelo impedimento da função
normal da hemoglobina do sangue que é transportar oxigênio dos pulmões para
todos os tecidos do corpo. Mesmo que a deficiência de oxigênio ocorra em todas
as partes do corpo humano, o tecido cerebral é o mais sensível,
consequentemente as manifestações mais rápidas são aquelas que causam danos no
cérebro.
O entendimento de que órgão ou órgãos podem ser danificados, e a
natureza e as manifestações dos danos causados pelos vários compostos, está
entre as mais importantes funções do toxicologista industrial.
A nível celular, agentes tóxicos podem agir na superfície ou no
interior da célula, dependendo dos receptores ou locais de ligação. um exemplo
familiar é a afinidade química do arsênio e mercúrio com grupos sulfidril (S-H)
em matéria biológica.
9.8)
Absorção e envenenamento.
Como mencionado anteriormente, com a exceção dos irritantes
externos, substâncias tóxicas geralmente são absorvidas pelo corpo e
distribuídos através da corrente sangüínea na ordem para o envenenamento
ocorrer. Em outras palavras, envenenamento comumente não ocorre sem absorção.
Na outra mão, absorção não resulta necessariamente ou sempre em envenenamento.
O corpo humano é provido de um sistema elaborado de mecanismos de proteção e é
hábil para tolerar uma presença surpreendente e graus de muitos materiais tóxicos.
Alguns materiais estranhos são excretados sem alterações através da urina e das fezes. Gases tóxicos, seguindo
absorção, podem ser eliminados através dos pulmões. Alguns compostos químicos
vão através de processos do metabolismo e são excretados de uma forma alterada.
Alguns destes processos são conhecidos como mecanismos de desintoxicação. Em
alguns casos o produto intermediário no processo de desintoxicação pode ser
mais tóxico que a substância original, como por exemplo, ácido fórmico e formaldeído
a partir do álcool metílico.
Desde que a absorção necessita preceder ao envenenamento, a
questão sempre surge onde a linha de divisão entre absorção e envenenamento é
para ser desenhada. A resposta para esta questão frequentemente vincula uma
dificuldade considerável. Não há dúvida que quando a absorção alcança um ponto
onde causa enfraquecimento da saúde, o envenenamento ocorreu.
Saúde enfraquecida manifesta por si só a presença de estrutura
alterada, funções alteradas, química alterada, ou uma combinação destes. Estes
enfraquecimentos, em turno, são resultados de sintomas anormais, físico anormal
ou descobrimentos através de testes de laboratórios, ou combinação dos mesmos.
Quando absorção produziu ambos: sintomas anormais e descobrimentos
objetivos anormais, não há dúvida que o envenenamento ocorreu. Na opinião de
muitos estudiosos, absorção que produz evidência objetiva de estrutura alterada ou função deve também
ser chamada envenenamento, mesmo que não haja sintomas subjetivos anormais.
Quando sintomas subjetivos constituem a única base para distinção
entre absorção e envenenamento, a distinção se torna uma matéria de opinião
médica requerendo uma avaliação pessoal.
10) CARATERÍSTICA E DICAS DE ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR ENVOLVENDO
EMERGÊNCIAS DE ENVENENAMENTO AGUDO POR SUBSTÂNCIAS E/OU PRODUTO PERIGOSOS.
10.1) Tratamento de
emergência em envenenamentos agudos.
Envenenamento agudo pode ser o resultado da entrada na corrente
sangüínea de grande quantidade ou dose concentradas de um veneno, através de:
(a) respiração
(inalação),
(b) ingestão,
(c) absorção pela
pele,
(d) Injeção
(hipodérmica ou intravenosa).
É obvio que a rota de entrada irá influenciar o tipo de tratamento
de emergência.
Em cada caso de envenenamento agudo, é necessário assistência
médica imediata. O nome e telefone direto do médico ou médicos, o hospital mais
próximo e o serviço de ambulância devem ser colocados próximos aos telefones de
emergência apropriados.
Se a polícia, corpo de bombeiros e companhias de água e energia
elétrica necessitarem atuar na emergência, os telefones também devem ser
colocados com os demais telefones do parágrafo acima.
Cada estabelecimento industrial, não importa o tamanho, deve ter
pelo menos uma pessoa treinada para emergências, durante todo o tempo, que é
responsável no caso de uma emergência ocorrer por envenenamento. Este indivíduo
deve ser treinado e preparado com os tipos de emergência particular que pode
enfrentar.
Primeiros socorros inadequados podem ser até mais perigosos do que
nenhum socorro.
A pronta ação é sempre importante, mas, existem relativamente
poucos casos em que um atraso de segundos ou minutos terão um significativo
valor no resultado final.
Quando possível, uma amostra do veneno suspeito, ou do recipiente
de onde o mesmo veio, deve ser preservado para servir de base para tratamento
médico, para a polícia ou médico legal.
10.2) Procedimentos
gerais.
Os procedimentos aqui descritos são genéricos. Para produtos
específicos um procedimento apropriado deve ser previsto, sendo que para tanto
pode ser empregado os modelos aqui indicados.
a) Inalação
1 - remova a vítima da área contaminada. As pessoas de resgate
deverão estar devidamente equipadas e protegidas com equipamentos de proteção
respiratória adequados à situação.
2 - mantenha a vítima com temperatura morna, não quente e quieta.
Deitado com as costas no chão é normalmente a melhor posição.
3 - se a respiração parou, forneça respiração artificial.
4 - administre oxigênio se estiver disponível.
5 - mantenha as vias respiratórias abertas. Examine a boca
verificando se há dentadura ou goma de mascar. Caso haja, retire-as.
b) Ingestão
1 - verifique que o estômago foi esvaziado provocando vômitos.
Isto deve ser feito mesmo que tenham se passado horas após a ingestão do
veneno.
Exceções: quando foi
ingerido produtos químicos corrosivos tais como ácidos fortes ou alcalinos
cáusticos, ou quando a vítima está tendo convulsões ou está inconsciente.
2 - dilua o veneno administrando líquidos em qualquer de uma das seguintes formas:
·
Água potável: 3 a 4 copos;
·
Água branda (sabão): 2 a 3 copos;
·
Água morna com sal de cozinha: uma colher de mesa para cada copo
grande;
·
Leite: 3 a 4 copos.
Se estes fluídos forem vomitados, o que é desejável, as doses
devem ser repetidas diversas vezes.
3 - dê a vítima um “antídoto universal”. Uma mistura de pó de
torrada queimado (carvão), chá forte e leite de magnésia, irá absorver e
neutralizar muitos venenos. (Um pedaço de torrada queimada e quatro colheres de
mesa de leite de magnésia em um copo de chá forte.)
d)
Contato com a pele.
1 - dilua a substância contaminante com grandes quantidades de
água. A melhor maneira é feita através de chuveiro, mas também pode ser feito
com uma mangueira, baldes ou outro método. A água deve estar ligeiramente
quente se possível.
2 - remova as roupas contaminadas. Aqueles que estiverem
socorrendo a vítima devem proteger sua
própria pele com luvas, se possível.
3 - queimaduras químicas nos olhos devem ser tratadas com grandes
quantidades de água ou com uma solução fraca de bicarbonato de soda (uma colher
de chá para 1 litro de água limpa).
d) Venenos injetados
1 - a absorção pode ser retardada pela aplicação de um torniquete
acima do ponto da injeção se o mesmo é nas pernas ou braços. O torniquete não
deve ser tão apertado que impeça o fluxo do sangue arterial.
2 - excreção pode ser acelerada pela administração de grandes
quantidades de água ou outros fluídos.
3 - observe atentamente para determinar qual é a natureza do
veneno para que o antídoto correto possa ser ministrado.
REFERÊNCIA(S) BIBLIOGRÁFICA(S):
Manual do Curso de Intervenções
em Emergências com Produtos e/ou Substâncias Perigosas (MCIEPSP) da Secretária Nacional de Segurança Pública (SENASP) do Ministério da Justiça (MJ).
AUTOR DO RESUMO E CONPILAÇÃO DE
DADOS/INFORMAÇÕES.
FERREIRA. ANDRÉ LUIZ PADILHA.
MBA em
Recursos Humanos.
Tecnólogo
em Gestão de Segurança Privada.
Analista
de Riscos em Segurança Empresarial & Corporativa.
Técnico
de Segurança do Trabalho (curso em andamento).
13)
CONTATOS.
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